domingo, 27 de março de 2011

PIQUETE PASSAGEM PARA PARA ÀS MINAS - TRANSCRIÇÃO - BRASIL - HISTÓRIA POR VALTAIRE SCHILLNG

O século do ouro
A corrida do Ouro
“Selvas, montanhas e rios estão transidos de pasmo,
É que avançam , terra adentro, os homens alucinados (...)
Que a sede de ouro é sem cura, e, por ela subjugados, os homens matam-se e morrem, ficam mortos, mas não fartos”
Cecília Meirelles - Romanceiro da Inconfidência
A notícia da descoberta do metal precioso no interior do Brasil, o maior manancial até então encontrado em toda história ocidental, provocou a primeira corrida do ouro da história moderna (achados só superados depois pelo da Califórnia em 1848 e o do Yukon em 1890). Antonil observou que a “cada ano vêm nas frotas quantidades de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, muitos índios de que os paulistas se servem.” Foi tamanho o fluxo que o rei D.João V, resolveu, por lei de 1720, controlar a saída dos seus súditos com medo do despovoamento das aldeias e dos campos portugueses. Não evitou porém que, ao longo do século 18, 800 mil deles viessem parar nos garimpos. Os navios “da Repartição do Sul” dirigidos ao porto do Rio de Janeiro, passaram a ser vigiados e vistoriados, terminando por adotar-se as licenças especiais e o passaporte em 1709 como uma maneira de refrear o fluxo dos aventureiros.
Mesmo na colônia a disparada em massa dos moradores em direção às minas provocou alarme das autoridades. Gente vinha de Taubaté, de Guaratinguetá, de Santos, do sertão da Bahia, e de mais de longe ainda. Em 1702, o governador-geral do Brasil, D.Rodrigo Costa comunica ao rei D.Pedro II que a situação tornava-se calamitosa, constatando que as capitanias achavam-se quase desertas porque seus moradores “esquecendo-se totalmente da conservação das próprias vidas e segurança dos seus mesmos domínios”, rumavam para os garimpos. Chegavam lá pessoas de todas as condições, homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, clérigos e religiosos de várias instituições (os padres foram convidados a se retirarem das Minas em 1738). Iniciava-se a ocupação do interior do Brasil. A população naquele século decuplicou, atingindo a mais de 3 milhões de habitantes, sendo que 650 mil concentravam-se na área das minas. 

PIQUETE NO CAMINHO DO OURO, NO CAMINHO DA HISTÓRIA, MUNDO VELHO E A URGENTE NECESSIDADE DE UM NOVO E INADIÁVEL APODERAMENTO DA SIGNIFICAÇÕES DOS REFERENCIAIS DE IDENTIDADE, PERTENCIMENTO.

Pertencimento (Ana Lúcia Amaral)
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Pertencimento, ou o sentimento de pertencimento é a crença subjetiva numa origem comum que une distintos indivíduos1. Os indivíduos pensam em si mesmos como membros de uma coletividade na qual símbolos expressam valores, medos e aspirações. Esse sentimento pode fazer destacar características culturais e raciais.
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A sensação de “pertencimento” significa que precisamos nos sentir como pertencentes a tal lugar e ao mesmo tempo sentir que esse tal lugar nos pertence, e que assim acreditamos que podemos interferir e, mais do que tudo, que vale a pena interferir na rotina e nos rumos desse tal lugar.
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Por outro lado, esse sentimento de pertencimento tem relação com a noção de participação. Na medida em que o grupo se sente ator da ação em curso, o que for sendo construído de forma participativa desenvolverá a co-responsabilidade, pertencendo os resultados a todos desse grupo, pois conterá um pouco de cada um.
http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Pertencimento

quarta-feira, 23 de março de 2011

MANIFESTO DO EXÉRCITO DE UM HOMEM SÓ, PATRONO SÃO MIGUEL ARCANJO, DEFENSOR DA FÉ:

“A Ancestralidade é nossa via de identidade histórica, sem ela, não sabemos o que somos e nunca saberemos o que queremos ser(4)

 A INCLUSÃO DE PIQUETE NO CIRCUITO ESTRADA REAL, REPRESENTA UM ATO DE  DESAGRAVO, PELA PRIVAÇÃO DO DIREITO DA COMUNIDADE AO PERTENCIMENTO E APROPRIAÇÃO DE NOSSA MEMÓRIA CULTURAL, "FAZERES" E "QUEFAZERES" DE NOSSA ANCESTRALIDADE,  POR MAIS DE 300 ANOS,  DECORRENTE DO NÃO ACESSO AO POVO PIQUETENSE, AOS REGISTROS VERDADEIROS, NO QUE TANGE  AO 'DIREITO AO CONHECIMENTO DE NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA. UM GENOCÍDIO CULTURAL. "Não se honra a cultura comemorando o genocídio" (Martin Luther King) (1)
 A “MEMÓRIA” COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL DO HOMEM Autor: Romualdo Flávio Dropa
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A adaptação cultural fez dos ser humano uma das espécies mais prósperas no planeta. É esta característica que torna a raça humana tão especial - a capacidade de produzir cultura - faz brotar no homem a necessidade de preservar tudo aquilo que cria e produz. A cultura nada mais é do que o registro da passagem do homem pela face do planeta, registro este gravado em todas as manifestações de seu espírito livre.
Este registro se torna parte integrante dele, uma extensão do homem, na verdade, sua memória. O homem detém o direito de preservar sua cultura e o direito de garantir esta preservação. A ele é inerente o Direito de preservar a sua Memória por meio dos registros que produz. Proteger a integridade da produção cultural do homem é garantir a ele a perpetuação os registros de sua espécie. É garantir um Direito que nasce com ele pelo simples fato de ser homem: o Direito à sua própria história.(2)
Nota: “O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis” - Fernando Pessoa (3)
(1)Fonte: http://migre.me/5OAXZ
(2)Fonte: http://migre.me/5OAZr-/Martin_Luther_King/
(3) Fonte: http://migre.me/5OB98
(4)Fonte: http://migre.me/5OGM6 

PIQUETE NO CAMINHO DO OURO, NO CAMINHO DA HISTÓRIA. A INCLUSÃO DE PIQUETE NO CIRCUITO ESTRADA REAL REPRESENTA O RECONHECIMENTO, BEM COMO, O DEVIDO LUGAR QUE A POPULAÇÃO DESSA PARAGEM , OCUPA NA HISTÓRIA SOCIAL E CULTURAL BRASILEIRA. NÚCLEO EMBRIÃO NASCIDO DE POUSO DENTRO DO CONTEXTO DAS ROÇAS DE BENTO RODRIGUES (FILHO DE FERNÃO DIAS)

NÓS NÃO SOMOS O QUE GOSTARIAMOS DE SER.
NÓS NÃO SOMOS O QUE AINDA IREMOS SER.
MAS, GRAÇAS A DEUS,
NÃO SOMOS MAIS QUE NÓS ÉRAMOS.
Martin Luther King
fonte: http://pensador.uol.com.br/autor/Martin_Luther_King/
fonte:https://picasaweb.google.com/Letypqt/PiqueteSPMinhaTerraNatalMyHometown#5583224812022903778

terça-feira, 22 de março de 2011

Sítio Histórico - Ecológico Caminho do Ouro O Trajeto (1)

Trajeto Guaratinguetá - Vila Rica - segundo descrição de Antonil (1711), mapa realizado a mando do quarto Capitão General e governador das Minas Luiz diogo Lobo da Silva (entre 1763 e 1768) e Affonso de Taunay (1927).
Guaratinguetá - saída
Guaipacaré - (depois Vila de Nossa Senhora da Piedade, hoje Lorena onde ficavam as famosas roças de Garcia Rodrigues)
Registro - (Piquete)
Conceição do Embaú - (atual Cruzeiro?)
Passa Vinte - (atual Passa Quatro?)
Pinheirinhos
Pouso Alto
Rio Verde - (atual Conceição do Rio Verde?)
Boa Vista -( Perto de onde hoje está Caxambu)
Ingaí - (bifurcação existente na estrada atualmente em Cruzília - corruptela de encruzilhada - leva a esta cidade - mencionada por Antonil)
Grambú - (atual Santana do Garambeú?)
Rio Grande - (atual Piedade do Rio Grande?)
São José Del Rei - (ou S. J. do Rio das Mortes - atual Tiradentes)
Bixinho - (pequeno povoado, atualmente distrito de Tiradentes)
Prados
Lagoa Dourada
Tanque - (?)
Susuhi - (atual São Braz do Suasuí)
Congonhas
Ouro Branco  
Ouro Preto - Chegada

domingo, 20 de março de 2011

ORIGEM DE PIQUETE E AS ROÇAS DE BENTO RODRIGUES: O roteiro do caminho contido na Obra de Andre João Antonil, possibilita afirmar que, a realização de lavouras e roças eram privilégios dos descobridores das minas.Todavia não tinha essas roças o propósito de benevolência nem tão pouco caridade. Uma vez que, os produtos eram vendidos por altos preços aos passageiros. Dada a escassez de alimentos, os valores dos produtos eram elevados, ou seja, quanto maior eram as necessidades maiores os valores. As roças coincidiam com as paragem e estalagem, as quais se constituíam de vendas e pousos. Conseqüentemente os três dias demandados para percorrer as Roças de Bento Rodrigues, a partir do porto Guaipacaré garantia-lhe o monopólio e o privilégio nas vendados dos produtos comercializados nesse trecho. Em fim, resta incontrastável que, essas paragem e pousos deram necessariamente origem a núcleos populacionais, assertiva contida no próprio roteiro. Ademais, resta indubitável pelo prestigio que desfrutava junto a coroa, como descobridor das minas que, essa exploração comercial por Bento Rodrigues, teve inicio muito antes da oficialização da concessão da sesmaria. Sendo certo que havendo passado por esse caminho na expedição do pai (Fernão Dias) quando ainda contava com 13 anos de idade em 1674, soube escolher muito bem o que lhe interessava no caminho das 05 serras altas.Ou as plantas a que se refere de propriedade de Garcia Rodrigues, antes de chegar as serras de Itatiaia, não pertencia ao mesmo e indigitado descobridor


Roteiro do Caminho da vila de São Paulo para as Minas Gerais e para o rio das Velhas.
         Gastam comumente os paulistas, desde a Vila de São Paulo até as minas gerais dos Cataguás, pelo menos dous meses, porque não marcham de sol a sol, mas até o meio dia, e quando muito até uma ou duas horas da tarde, assim para arrancharem, como para terem tempo para descansar e de buscar alguma caça ou peixe, aonde o há, mel de pau e outro qualquer mantimento. E, desta sorte, aturam com tão grande trabalho.
         O roteiro de seu caminho, desde a Vila de São Paulo até a serra de Itatiaia, aonde se divide em dous, um para as minas do Caeté, ou ribeirão de Nossa Senhora do Carmo e do Ouro Preto e outro para as minas do rio das Velhas, é o seguinte, em que se apontam os pousos e paragens do dito caminho, com as distâncias que tem e os dias que pouco mais ou menos se gastam de uma estalagem para a outra, em que os mineiros pousam e, se necessário, descansam e se refazem do que hão mister e hoje se acha em tais paragens.
         No primeiro dia, saindo da vila de São Paulo, vão ordinariamente a pousar em Nossa Senhora da Penha, por ser (como eles dizem) o primeiro arranco de casa, e não são mais do que duas léguas.
Daí, vão à aldeia de Itaquecetuba, caminho de um dia.
Gastam, da dita aldeia, até a vila de Moji, dous dias.
         De Moji vão às Laranjeiras, caminhando quatro ou cinco dias até o jantar.
         Das Laranjeiras até a vila de Jacareí, um dia, até as três horas.
         De Jacareí até a vila de Taubaté, dous dias até o jantar.
         De Taubaté a Pindamonhangaba, freguesia de Nossa Senhora da Conceição, dia e meio.
         De Pindamonhangaba até a vila de Guaratinguetá, cinco ou seis dias até o jantar.
         De Guaratinguetá até o porto de Guaipacaré, aonde ficam as roças de Bento Rodrigues, dous dias até o jantar.
         Destas Roças até o pé da serra afamada de Amantiqueira, pelas cinco serras muito altas, que parecem os primeiros muros que o ouro tem no caminho para que não cheguem lá os mineiros, gastam-se três dias até o jantar.
         Daqui começam a passar o ribeiro que chamam de Passavinte, porque vinte vezes se passa e se sobe às serras sobreditas, para passar as quais se descarregam as cavalgaduras, pelos grandes riscos dos despenhadeiros que se encontram,e assim gastam dous dias em passar com grande dificuldade estas serras, e daí se descobrem muitas e aprazíveis árvores de pinhões, que a seu tempo dão abundância deles para o sustento dos mineiros, como também porcos monteses, araras e papagaios.
         Logo, passando outro ribeiro, que chamam Passatrinta, porque trinta e mais vezes se passa, se vai aos Pinheirinhos, lugar assim chamado por ser o princípio deles; e aqui há roças de milho, abóboras e feijão, que são as lavouras feitas pelos descobridores das minas e pro outros, que por aí querem voltar. E só disto constam aqueles e outras roças nos caminhos e paragens das minas, e, quando muito, têm de mais algumas batatas.Porém, em algumas delas, hoje acha-se criação de porcos domésticos, galinhas e frangões, que vendem por alto preço aos passageiros levantando-o tanto mais quanto é maior a necessidade dos que passam. E daí vem o dizerem que todo o que passou a serra de Amantiqueira aí deixou dependurada ou sepultada a consciência.
Dos Pinheirinhos se vai à estalagem do Rio Verde, em oito dias, pouco mais ou menos, até o jantar, e esta estalagem tem muitas roças e vendas de cousas comestíveis, sem lhe faltar o regalo de doces.
Daí, caminhando três ou quatro dias, pouco mais ou menos, até o jantar, se dá na afamada Boa Vista, a quem bem se deu este nome, pelo que se descobre daquele monte, que parece um mundo novo, muito alegre: tudo campo bem estendido e todo regado de ribeirões, uns maiores que outros, e todos com seu mato, que vai fazendo sombra, com muito palmito que se come e mel de pau, medicinal e gostoso. Tem este campo seus altos e baixos, porém moderados, e por ele se caminha com alegria, porque têm os olhos que ver e contemplar na prospectiva do monte Caxambu, que se levanta às nuvens com admirável altura.
         Da Boa Vista se vai à estalagem chamada Ubaí, aonde também há roças, e serão oito dias de caminho moderado até o jantar.
         Do Ubaí, em três ou quatro dias, vão ao Ingaí.
         Do Ingaí,em quatro ou cinco dias, se vai ao Rio Grande, o qual, quando está cheio, causa medo pela violência com que corre, mas tem muito peixe e porto com canoas e quem quer passar paga três vinténs e tem também perto suas roças.
         Do Rio Grande se vai em cinco ou seis dias ao rio das mortes, assim chamado pelas que nele se fizeram, e esta é a principal estalagem aonde os passageiros se refazem, por chegarem já muito faltos de mantimentos E, neste rio, e nos ribeiros e córregos que nele dão, há muito ouro e muito se tem tirado e tira, e o lugar é muito alegre e capaz de se fazer nele morada estável, se não fosse tão longe do mar.  Desta estalagem vão em seis ou oito dias às plantas de Garcia Rodrigues.
         E daqui, em dous dias, chegam à serra Itatiaia.
Desta serra seguem-se dous caminhos: um , que vai a dar nas minas gerais do ribeirão de Nossa Senhora do Carmo e do Ouro Preto, e outro, que vai a dar nas minas do rio das Velhas, cada roçarias de milho e feijão, a perder de vista, donde se provêem os que assistem e levam nas minas.

PIQUETE DA PANGEA (4): NO CAMINHO DO OURO, NO CAMINHO DA HISTÓRIA, NO CAMINHO DOS HOMENS DA PRÉ-HISTÓRIA.

                                      Para  reflexão sobre os homens da pré-história  faz-se necessário transcrever trecho do artigo : "Arqueologia,  A fascinante pré-história de Minas Gerais  do Prof. André Prous pesquisador do Museu de  História Natural/UFMG" (1) no sentido que:
                                      COMO ERA A VIDA ANTIGAMENTE
                                    "Os homens da pré-história mineira não moravam em cavernas, apenas aproveitavam casualmente as suas partes abrigadas, porém iluminadas, para se proteger das chuvas ou do sol quente. Esses abrigos eram específicos para rituais, peregrinações, moradias temporárias em excursões de caça, execução de pinturas e sepultamento, esclarece o arqueólogo Gilmar P. Henriques Júnior. Os locais planos, protegidos das enchentes e próximos a rios tornaram-se os prediletos para o estabelecimento de aldeias de horticultores. Em zonas mais frias, o sul de Minas e o Alto São Francisco (Pains e Arcos), faziam casas subterrâneas. Escavavam o solo a três metros de profundidade, abrindo valas de até 20 metros de diâmetro, e recobriam o local com um teto".
                                      Por outro lado, apenas para nos restringirmos a região do Sul de Minas, tomei conhecimento, logo que cheguei para trabalhar em Extrema-MG,  um  dos principais pontos de transposição da Serra da Mantiqueira no período colonial, da existência de um Sitio Arqueológico denominado pedra do Indio,  que se constitui em inscrições rupestre. 
                                      No que se refere aos pontos de transposição da Serra da Mantiqueira,  reiteradas pesquisas, ao citarem a "Localização e extensão" dessa Serra afirmam (3) 
                                    Localização e extensão: "O maciço da Serra da Mantiqueira possui aproximadamente 500 km de extensão e se inicia próximo à cidade paulista de Bragança Paulista e segue para o leste delineando as divisas dos três estados brasileiros até a região do Parque Nacional do Itatiaia onde adentra Minas Gerais até a cidade de Barbacena. A partir daí, uma continuação pode ser considerada, pois a mesma desvia para o norte até a Serra do Brigadeiro, no leste de Minas Gerais, chegando a aproximar-se do Parque Nacional do Caparaó.
Seu ponto culminante é a Pedra da Mina com 2.798 m na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo e seu ponto de transposição mais baixa é a Garganta do Embaú por onde passaram os bandeirantes durante suas incursões ao interior de Minas Gerais".                                     
 (1) Fonte Minas Faz Ciência Nº 11 (jun a ago de 2002)- http://migre.me/eJ8dN
 (2) Informações sobre a Pedra do Índio Extema-MG  http://migre.me/eJ8i2
 (3) Blog Serra da Mantiqueira http://migre.me/eJ8yW
 (4) A Pangea foi um supercontinente que englobava todos os actuais continentes antes de se iniciar a deriva continental há cerca de 200 milhões de anos http://migre.me/eJ8rZ

HOJE 20 DE MARÇO, FAZ 300 ANOS QUE LIVRO DO SÉCULO 18 LEILOADO EM LONDRES TRAZ REFERÊNCIAS A PARATY, BEM COMO AO NÚCLEO EMBRIÃO QUE VEIO A DAR ORIGEM A PIQUETE

Hoje 20 de Março de 2011, temos completados 300 anos do confisco da edição da Obra Cultura e Opulência do Brasil, de André João Antonil. Em texto originário da Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa temos a seguinte citação referentemente a Obra: “Foi confiscada e com tal severidade destruída, que dela apenas escaparam três ou quatro volumes, como demonstração do inflexível princípio grandioso de que ninguém mata as idéias” (2). Prezados amigos, eis um ideia magnificamente viva. Ou seja, somente agora passados 300 anos um Instituto (Estrada Real)  reconhece a relevância História de um lugar constituído pelas cinco serras altas, citado em publicação de 06 de Março de 1711. Estamos falando de um Roteiro de Viajem escrito por um Toscano. Estamos no caminho de André João Antonil, documento citado por revista especializada, como sendo os primeiros roteiros turísticos publicados sobre o Brasil, estamos na cinco serras altas. No mesmo roteiro temos a citação do morro Caxambu, na época limite divisório entre a Capitania de São Pulo e Minas, cuja Comarca era Vila de  Guaratinguetá-SP. Se ao Caxambu se refere o roteirista, Caxambu, terá visto no caminho. Tal assertiva, considerando a sinonímia entre Caxambu e Jongo, leva a  concluir que viu esse manifestação da dança rural negra no caminho. Manifestação essa presente e pulsando em nossa comunidade. Vivemos hoje após o transcurso  de três séculos um momento Histórico na direção do resgatado e reconhecimento do devido lugar de uma paragem entre a planície e a montanha que, já fora chamada de "VEREDAS DAS BRUMAS DAS TERRAS ERMAS"  (Rocha Pombo). Piquete no Caminho do Ouro no Caminho da História..
E:\Livro do século 18\Crônicas - Paraty - Acesso, Informação, Turismo_ - paraty_com.mht

sexta-feira, 18 de março de 2011

MENSAGEM AO POVO DE PIQUETE OU QUE, PIQUETENSES SE TORNARAM: PERTENCIMENTO - MINHA HISTÓRIA É MINHA VIDA, TODO HOMEM POR MAIS QUE SE DECLARE CIDADÃO DO MUNDO, TERÁ SEMPRE NA MEMÓRIA UM LUGAR PARA CHAMAR DE SEU, POIS NA MEMÓRIA CULTURAL ESTÁ A SANIDADE," O HOMEM NÃO É UMA ILHA", VIVEMOS EM UM CONTEXTO EM QUE O SENTIDO DE VIVER COMUNIDADE, QUE GARANTE A IDENTIDADE NÃO FOI PERDIDO, ASSIM SENDO, FELIZ É O HOMEM QUE TEM UM LUGAR PARA ONDE VOLTAR, MESMO QUE NUNCA VOLTE!

                                       Prezados amigos o reconhecimento pelo Instituto Estrada Real da relevância Histórica de Piquete, possibilita romper com o ostracismo imposto pela academia no que diz respeito a verdadeira História de nossa comunidade. Fomos vitimados por 300 anos por uma "amnésia social", contando uma História que não era a nossa História. Precisamos apropriarmos de nossa "MEMÓRIA CULTURAL":
                           "A expressão "memória cultural" recupera as crenças, as línguas, as tradições, os modos de vida, os valores e instituições pelos quais uma pessoa e um grupo experimentam sua própria identidade. Por meio dela, o indivíduo pode se sentir livre da "amnésia social", livre do martírio de se auto­ questionar a cerca de si mesmo, de quem é, de onde vem e, pior que isso, para onde vai."(Autor: Romualdo Flávio Dropa **) http://migre.me/44ePm

ROTEIRO DE UM TOSCANO PELAS CINCO SERRAS ALTAS DA AMANTIQUEIRA FAZ 300 ANOS

Em 20 de Março de 2011, tivemos completados 300 anos do confisco da edição da Obra Cultura e Opulência do Brasil, de André João Antonil. Em texto originário da Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa temos a seguinte citação referentemente a Obra: “Foi confiscada e com tal severidade destruída, que dela apenas escaparam três ou quatro volumes, como demonstração do inflexível princípio grandioso de que ninguém mata as idéias” (2). Prezados amigos, eis um ideia magnificamente viva. Ou seja, somente agora passados 300 anos um Instituto (Estrada Real) reconhece a relevância História de um lugar constituído pelas cinco serras altas, citado em publicação de 06 de março de 1711. Estamos falando de um Roteiro de Viajem escrito por um Toscano. Estamos no caminho de Andre João Antonil. Documento citado por revista especializada de Turismo, como sendo os primeiros roteiros turísticos publicados sobre o Brasil. Estamos na cinco serras altas do Roteiro. No mesmo roteiro temos a citação do morro Caxambú, na época limite divisório entre a Capitania de São Pulo e Minas. Se ao Caxambu se refere, Caxambú, terá visto o roteirista no caminho.. Tal assertiva, esta no fato da palavra ser considerada  sinonima, ou seja, Caxambu e Jongo. Desta feita somos  levados a concluir que o roteirista viu ou ouviu sobre  esse manifestação da dança rural negra no caminho. Manifestação essa presente e pulsando em nossa comunidade. Vivemos hoje após o transcurso de três séculos um momento Histórico na direção do resgate e reconhecimento do devido lugar de uma paragem entre a planice e as montanhas que, já fora chamada de "VEREDAS DAS BRUMAS DAS TERRAS ERMAS" (Rocha Pombo). Sérgio dos Santos







quarta-feira, 16 de março de 2011

Estrada Real quer ser declarada Patrimônio da Humanidade (1)

Transcrição:
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Por sua vez, o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Estrada Real, Eberhard Hans Aichinger, informou que o Instituto trabalha para obter, da Unesco, a chancela de Patrimônio da Humanidade para a Estrada Real, a exemplo do percurso de São Tiago da Compostela, na Espanha, que foi reconhecido em 1992. "A Estrada Real cobre uma área de 76,6 mil km2, equivalente à quarta parte do território italiano, dos quais 17% já estão protegidos. Há 50,5 km de estrada original remanescente e 193 propriedades já tombadas pelo Iphan em 35 municípios", disse Aichinger. Para ele, o tombamento linear seria inviável. Ao final de sua exposição, o dirigente apresentou uma proposta de lei ordinária que atenderia os ideais defendidos pelo Instituto.
Mauro Werkema, da Secretaria de Estado de Turismo, reconheceu o extraordinário impulso ao turismo que a preservação dos bens culturais e arquitetônicos da Estrada Real representaria. Para ele, o turismo é a atividade que mais pode gerar empregos e benefícios para o Estado com o menor investimento. "É preciso definir o empresariamento para vender o produto turismo com qualidade. É preciso desenvolver cadeias produtivas e clusters para atender às necessidades dos turistas estrangeiros", propôs.
O deputado João Leite, em defesa de sua PEC, argumentou que a legislação ordinária e os decretos já emitidos não tiveram força para defender a Estrada Real nem mesmo dentro do Governo, e exemplificou com o asfaltamento do trecho entre Ouro Preto e Ouro Branco, que incorporou ao tráfego pesado as pontes históricas da Rancharia e do Falcão, construídas há mais de 200 anos e hoje ameaçadas por rachaduras.

(1) Fonte: Assembleia de Minas - Comunicação http://www.almg.gov.br/not/bancodenoticias/Not_690407.asp

A INCLUSÃO DE PIQUETE NO CIRCUITO ESTRADA REAL REPRESENTA O RECONHECIMENTO E O DEVIDO LUGAR QUE AS POPULAÇÕES AFRO-INDÍGENAS OCUPARAM NA HISTÓRIA DE ORIGEM DO NÚCLEO EMBRIÃO DE PIQUETE-SP,VALE DO PARAIBA

 "A HISTÓRIA É ESCRITA PELOS VENCEDORES DIZ UM LUGAR COMUM. PENA QUE OS VENCIDOS NÃO SE DÊEM CONTA DE QUE TALVEZ NÃO TENHAM SIDO VENCIDOS"  (Enio Squeff)


quinta-feira, 10 de março de 2011

TRANSCRIÇÃO DE ARTIGO DO JORNAL BRASIL - Circuitos e Roteiros Turísticos Consolidar São Paulo como um importante pólo turístico brasileiro é uma das metas do Governo de São Paulo. Para isso, a Secretaria de Esportes, Lazer e Turismo buscou identificar o potencial turístico do estado e desenvolver o turismo regional.

Rota da Liberdade
Seguindo as orientações da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) o projeto mapeia os passos dos negros americanos pelo Estado de São Paulo. A Rota da Liberdade é formada por seis roteiros:
- O Negro Africano e os Barões do Café: Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba.
- Na Rota da Abolição: Tremembé, São Luiz do Paraitinga e Redenção da Serra.
- Religiosidade e Economia: Piquete, Lorena e Cruzeiro.
- Cultura Afro-brasileira e Caminho do Ouro: Piquete, Guaratinguetá e Cunha.
- Sociedade e Economia Cafeeira: Piquete, São José do Barreiro e Bananal.
- Quilombo e Sítios Arqueológicos: São Sebastião, Ubatuba e Ilhabela.
Fonte pesquisada no dia 10 de maço de 2011 - http://migre.me/41iYG

terça-feira, 8 de março de 2011

A “MEMÓRIA” COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL DO HOMEM Autor: Romualdo Flávio Dropa ** (1)

5.0. O homem e o direito à memória
5.1. Problemática
Se analisarmos, profundamente, hoje o homem é um produto de si mesmo, de sua própria cultura. É um ser superficial, vazio em alguns sentidos, visto que corre o risco de se esquecer de quem é. E esta modernização, cada vez mais acentuada, pode implicar na destruição de valores concretos, visto que se perde, dia a dia, a valorização da tradição, através da qual é possível se preservar a memória. A sua não-conservação e a ausência da tradição levam ao total esquecimento, portanto, à perda do passado. Sem ele o indivíduo não tem identidade, torna-se um ser perdido, à procura de um sentido para aquilo que faz. Em suma, vira um alienado.

Fonte da transcirção pesquisada no dia 08 de março  de 2011http://migre.me/40LM9

segunda-feira, 7 de março de 2011

ESTRADA REAL: CAMINHO VELHO X CAMINHO GERAL DO SERTÃO

                               
 Quando falamos em Estrada Real devemos ter em conta que, todos os caminhos do ouro eram Estradas Reais. Entretanto, "contrario sensu", não podemos afirmar que todas as Estradas Reais eram originais caminho do ouro. Nesse sentido temos no que diz respeito ao caminho velho que:
"O caminho remonta a uma antiga trilha indígena (peabiru), utilizada pelos Guaianás que, do litoral de Paraty, atingia o vale do rio Paraíba, atravessando a serra do Mar. Por esse Caminho dos Guaianás, avançaram as forças de Martim Correia de Sá (cerca de setecentos portugueses à frente de dois mil indígenas) que, partindo do Rio de Janeiro em 1597, desembarcaram na enseada de Paraty, subindo a serra do Mar para combater os Tamoios, aliados dos corsários franceses naquele litoral."
Em verdade a descrição está relacionada ao Caminho Geral do Sertão em conformidade com o Mapa de Santos,  via Alto da Serra. Por outro lado, quanto ao caminho velho, temos descrito como passou a ser usado esse caminho a partir da descoberta do Ouro:
"A partir da descoberta de ouro no sertão das Minas Gerais, em fins do século XVII, o seu trajeto alcançava a vila do Falcão (atual Cunha), de onde descia alcançando o vale do rio Paraíba (Guaratinguetá), prosseguindo até Vila Rica (atual Ouro Preto), transformando-se no caminho oficial para o ingresso de escravos na região (ida), assim como para o escoamento do ouro das minas (volta), transportado por via marítima de Paraty para Sepetiba, e daí, por via terrestre novamente, pelos domínios da antiga Fazenda de Santa Cruz, até ao Rio de Janeiro, de onde seguia para Lisboa, em Portugal. Esta via estendia-se por mais de 1.200 quilômetros, percorridos, normalmente, em cerca de 95 dias de viagem."
Desta feita, não há dúvida de que a região que veio a dar origem a Piquete, constituia-se de trilhas indigenas, utilizada para transposição da Serra da Mantiqueira, alternativamente pela Garganta do Embaú ou desfiladeiro de Itajubá, Garganta do Sapucaí, cuja presença dos nativos deu origem a Aldeia São Miguel.
Estamos falando de um caminho pré-colonial, em que a utilização resultou no Caminho Velho, camimho Geral do Sertão, Estrada Real e Caminho do Ouro.
A pretensão objetivando negar o reconhecimento e relevância Histórica de Piquete, tem como fundamento uma Estrada Real, além da Freguesia da Piedade que veio a existir muito depois, ou seja:
"Por conta do risco de ataque de corsários, de piratas, e de naufrágios, D. João V (1706-1750) recomendou, em 1728, a substituição do trecho marítimo, entre Sepetiba e Paraty. Por essa razão, em meados do século XVIII já existia uma variedade - o Caminho Novo da Piedade - que, partindo do Rio de Janeiro, pelo caminho para a Fazenda de Santa Cruz, alcançava o vale do rio Paraíba, onde entroncava com o Caminho de São Paulo na altura da atual cidade de Lorena". (1)
Eis a pergunta que não quer calar. Se o caminho velho em especial o caminho geral do sertão, remonta uma trilha indigena utilizada pela primeira vez em 1597, e o Caminho Novo da Piedade resultou de recomendação de D. João V em 1728, pode se afirmar que além da Piedade existia algum caminho até que fosse construido o Caminho Novo da Piedade? Sendo certo que, da recomendação a conclusão do Caminho Novo da Piedade foram muitos anos.
Ademais relativamente ao Caminho Novo, que iniciava no Rio de Janeiro, em nota (23) do artigo "ESTRADAS REAIS NO SÉCULO XVIII: A IMPORTÂNCIA DE UM COMPLEXO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO NA PRODUÇÃO TERRITÓRIAL BRASILEIRO", temos que, em petição de 1710, encaminhada ao Governador da Capitania do Rio de Janeiro os negociantes pedem autorização para continuarem usando o Caminho Velho, em virtude da falta de alimentos que se existente no Caminho Novo (grifo meu) (2).
Apenas para considerar um periodo:
A) a Badeira de Fernão Dias partiu de São Paulo no dia 21 de junho de 1674, em direção ao sertão da Mantiqueira, dando-se o que se chamou a corrida do ouro, pouco tempo após. B) Em 1710 houve a solicitação de continuidade de utilização do Caminho Velho em detrimento ao Caminho Novo. C) Somente em 1728, deu-se a recomendação para construção do Caminho Novo da Piedade. Ou seja, somente depois de mais de meio Século do inico da corrida do ouro cogitou-se do Caminho Novo da Piedade. Conclusão que caminho seria esse contido no roteiro de viagem de André João Antonil,  relativamente às Cinco Serras Altas, senão o caminho em direção ao Núcleo Embrião de Piquete? Resta definitivo que, pela margem direita do paraiba a partir da Freguesia da Piedade, não existia nenhum caminho. Quanto a margem esquerda, oportunamente manifestarei sobre a roubada que os maiorais de Lorena enfiaram Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal, o então, futuro Conde de Assumar que havia embarcado em 17 de Abril de 1717, de Portugal para o Brasil, em razão da nomeação para governador da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro.
Faz-se necessário ainda uma ultima consideração quanto a prévia necessidade de recomendação para abertura do referido Caminho da Piedade, pois, "O livro V das Ordenações Filipinas" que trata das Penas, previa pena de morte para os casos de abertura de caminhos sem autorização da Coroa.

Mapa do Caminho Velho - Via Registro (Piquete), Conceição do Embaú (Cruzeiro)
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Mapa: Apresentando  o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. Alto da Serra, Núcleo Embrião de Piquete-SP.
1) Fonte pesquisada no dia 07 de Março de 2011 - http://www.grutadagratidao.com.br/estradareal1.htm
(2) ESTRADAS REAIS NO SÉCULO XVIII: A IMPORTÂNCIA DE UM COMPLEXO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO NA PRODUÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRO nota 23 http://migre.me/40qEF

ESTRADAS REAIS NO SÉCULO XVIII: A IMPORTÂNCIA DE UM COMPLEXO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO NA PRODUÇÃO TERRITÓRIAL BRASILEIRO (Transcrição de parte do trabalho de Rafael Straforini Universidade do Estado do Rio de Janeiro/FE - Brasil ) (1)

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Sistema de circulação e o controle do território:
Como expressa a historiografia, a mineração de metais preciosos tornou-se a atividade central da política exploratória da América Portuguesa no Setecentos, logo, o seu destino deveria ser, indubitavelmente, os portos da Colônia. O porto de Santos foi o primeiro a ter função de escoar o ouro para a metrópole, dada a proximidade com as minas, a rede de clientelismo que favorecia os “paulistas poderosos" (ANDRADE, 2002) no recebimento dos lotes minerais, bem como na proximidade e acesso que essa praça portuária tinha à vila de São Paulo, que, na ocasião, constituía-se como o principal ponto de entroncamento de vários caminhos e rotas de penetração (ABREU, 1963), resultado da tradição bandeirista. Desses, o caminho do vale do Paraíba que conduzia à Serra da Mantiqueira, após seguir o vale, tornou-se a principal rota de entrada de migrantes, da saída do ouro e do próprio abastecimento das minas nos seus primeiros anos. Era o chamado Caminho Geral do Sertão. Prado Jr. (2000) e Santos (2001), dentre outros autores, utilizaram os relatos de Padre Antonil [16] para descrever a rota paulista que partindo da vila de São Paulo, passava pela Penha, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Laranjeiras, Jacareí, Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Lorena. Transpunha-se a serra da Mantiqueira pela garganta do Embau e, vencida a “cordilheira” o caminho bifurcava-se, indo um dos ramos para as minas de Ribeirão do Carmo e Ouro Preto e o outro para as minas do Rio das Velhas. A esse caminho, juntou-se uma variante que partia do Rio de Janeiro por terra até Sepetiba, seguia por mar até Paraty e daí, subia a Serra do Mar atingindo o planalto nas proximidades da vila bandeirante de Guaratinguetá, seguindo desse ponto em diante pelo mesmo Caminho Geral. Esse caminho do Rio de Janeiro às Minas Gerais, passando por Paraty passou a ser chamado no século XVIII de Caminho Velho.
Nota [16] A obra do Pe. Jesuíta André João Antonil intitulada Cultura e Opulência do Brasil “teve Ordem para que o livro corresse em 06 de março de 1711”, no entanto, em 20 de março do mesmo mês e ano, por Ordem Régia, sua edição foi recolhia e queimada. “Essa medida se deve ao fato de o Governo Português (D. João V) se opor à divulgação das riquezas do Brasil, sobretudo as de natureza mineral, objeto de detalhamento por parte de seu autor. (...) Apenas alguns exemplares escaparam das chamas e, ao que se sabe, existem três no Brasil: dois na Biblioteca Nacional e um outro na Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.” (Sales, 1997, p.11-2)
OBSERVAÇÃO: A partir de Lorena, onde ficavam as roças de Bento Rodrigues, "até ao pé da serra afamada de Amantiqueira, pelas cinco serras muito altas que parecem os primeiros muros que o ouro tem no caminho para que não cheguem lá os mineiros, gastam-se três dias até ao jantar" nas palavras do Pe. Jesuita André João Antonil, possibilita afirmar que o caminho seguido era em direção ao núcleo que veio a dar Origem a Piquete, sendo farta a cartografia nesse sentido.  Piquete no caminho do Ouro, no caminho da História, 20 de Março, faz 300 anos, que citação das Serras de Piquete contido em roteiro Histórico  foi proibida de divulgação pela Coroa Portuguesa.

Fonte: REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES Universidad de Barcelona.
ISSN: 1138-9788. Depósito Legal: B. 21.741-98  Vol. X, núm. 218 (33), 1 de agosto de 2006 http://migre.me/40ozQ

sábado, 5 de março de 2011

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...