quarta-feira, 30 de maio de 2012

TURISMO CULTURAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL (Luiz Antônio Bolcato Custódio)

(Transcrição) Uma das alternativas para a valorização do patrimônio cultural é o seu reconhecimento o reconhecimento público por parte de comunidades e visitantes. O reconhecimento de valores, importância e significados passa, necessariamente, por um processo educativo, de caráter continuado e permanente. Partindo desse pressuposto, as informações, conteúdos e subsídios referentes aos bens culturais devem estar previstos e disponíveis na educação formal, na rede escolar, integrados aos processos curriculares.
Em uma versão não formal, essas informações também podem ser acessadas por meio de atividades educativas complementares, vinculadas a pontos de peculiar interesse como museus, monumentos, centros históricos, sítios históricos e arqueológicos, devidamente preparados para tanto.
No Brasil, o tema que trata da relação entre ações educativas e patrimônio cultural, é denominado genericamente de educação patrimonial educação para o patrimônio por meio de estratégias próprias de envolvimento para o reconhecimento da importância dos bens patrimoniais e de sua preservação como referência para memória coletiva. A educação patrimonial além de ser estratégica para valorização do patrimônio é chave para o seu conhecimento.
Outra atividade que pode gerar efeitos educativos semelhantes é o turismo cultural, uma modalidade que utiliza o patrimônio material e imaterial como suporte, recurso ou referência, assim como as diversas indústrias culturais.
No âmbito do patrimônio, tanto as atividades educativas, quanto as de turismo cultural, atividades profissionais especializadas, passam por processos específicos de planejamento que envolvem pesquisa e documentação assim como métodos para sua implementação a fim de viabilizar a plena fruição e valorização do legado patrimonial ou das manifestações culturais. Contemporaneamente muitas são as estratégias, mídias e ferramentas disponíveis para utilização nessa área. Da mesma forma também estão os conceitos e os aspectos éticos que orientam a programas, projetos e ações, envolvendo diretrizes ou referências propostas por organismos e instituições locais, nacionais e internacionais, além de fatores legais.
Dentre as ferramentas utilizadas para apresentação de bens culturais, está a interpretação de bens, monumentos ou sítios, considerada indispensável para qualificar uma visita. As distintas formulações dos projetos interpretativos partem do principio básico de que a educação é una ação interativa de comunicação que envolve o conhecimento mútuo entre educador e educando, estabelecendo diálogos e relações entre as partes por meio de conteúdos específicos.
Na área do patrimônio parte-se do princípio de que os bens culturais – os próprios objetos – possuem uma carga concentrada de informação e referencia. E, portanto, possuem capacidade ou potencial de fornecer informação o que possibilita e permite distintas leituras e investigações. A preparação de bens culturais usando as técnicas de interpretação é, em muitos casos, uma das responsáveis pelo turismo cultural, podendo ser utilizada como estratégia básica e integrada para seu desenvolvimento. A utilização da interpretação no Brasil, no entanto, ainda é relativamente incipiente, com aplicações pontuais, restritas e localizadas. A ação integrada entre a educação, a cultura e o turismo pode viabilizar tanto a preservação do patrimônio quanto promover cidadania e desenvolvimento local. (http://migre.me/9hZ7g)

O "Escravo Paraty"

terça-feira, 29 de maio de 2012

Mitos da Conquista (Transcrição)

O mito do paraíso/idade de ouro
Se nos reportarmos à época do descobrimento da América, veremos que tal acontecimento traz em seu bojo uma tarefa “sui-generis” para o europeu, qual seja, a de compreender a nova realidade encontrada e de dela dar notícia. Mas, como falar de algo que não se conhece, senão comparando-o ao já conhecido? Apresentando-se a beleza das novas terras aos olhos do descobridor/conquistador/colonizador como algo ímpar, sua expressão só se torna possível através de comparações com as realidades fantásticas apresentadas pelos relatos dos mitos antigos da tradição judaico-cristãe greco-romana, tais como o do jardim do Éden, da idade de ouro, dos campos Elíseos, do jardim das Hespérides, da fonte da juventude, do velocino de ouro, dos argonautas, do ouro da Cólquida, etc., conhecidos dos homens do século XVI. Assim, a primeira imagem da América liga-se de maneira indelével à mitologia antiga, e as reatualizações de seus mitos ( identifi-cação da América com o paraíso, identificação das “llamas” com ovelocino de ouro, identificação de algumas tribos índias com as Amazonas, criação do Eldorado, por exemplo), efetuadas durante o século XVI no afã de dar a conhecer a realidade do novo continente, passam a ser conhecidas pela denominação de mitos da Conquista da América ou simplesmente por mitos da Conquista. Remontando aos gregos, verificamos que a problemática referente ao “mito” surge pela primeira vez, no âmbito da literatura escrita, em Homero e Hesíodo. A palavra “mythós”, nestes dois poetas, de-signa o ato da fala ou da palavra pronunciada.Como no mundo antigo grego o sujeito de todo o ser e aconte-cer são os deuses, podemos dizer que o mito é a palavra cujo sujeito são os deuses, portanto, a palavra inaugural ou, em outras palavras, o Verbo bíblico ou ainda o “nome/ser”.

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 (http://migre.me/9gZke)

domingo, 27 de maio de 2012

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Caminhos do ouro e da pré-história (Transcrição)

Muito antes de a Coroa portuguesa cravar seus postos de fiscalização de metais preciosos na Estrada Real, grupos de paleoíndios deixavam suas marcas nos paredões de pedra da região das Minas Gerais. Formas geométricas, desenhos de animais selvagens e homens gigantes foram pintados por povos nômades até 8.000 anos atrás. Hoje, apesar do incentivo ao turismo nos antigos caminhos do ouro, numerosos sítios arqueológicos das cercanias são excluídos da rota cultural e permanecem desconhecidos, malcuidados e até depredados. Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) vem mapeando estes locais de arte rupestre e já identificou catorze cidades cortadas pela estrada que guardam alguma marca dos povos antepassados.
“Estamos observando as condições e a gestão desses espaços, além do modo como estão sendo inseridos no roteiro turístico”, conta Cristiano Lima Sales, mestrando em História na UFSJ e participante da pesquisa coordenada pela professora Maria Leônia Chaves de Resende. Ele acrescenta que um dos desejos do grupo é que os locais com condições físicas de receber visitação sejam um dia incluídos na rota turística da Estrada Real. Afinal, muitos dos sítios encontrados pelo núcleo são inéditos, ainda nem registrados no Iphan, estando mais sujeitos à ação destrutiva do homem, como a mineração e mesmo o vandalismo.
Este é o caso do município de São Thomé das Letras, onde a equipe localizou doze sítios de arte rupestre, estando dez reconhecidos pelo Iphan e apenas um protegido pela prefeitura e incluído no trajeto turístico da cidade – a Gruta de São Thomé, que fica na área urbana. Devido ao descuido, inscrições de estilos nunca antes estudados correm o risco de desaparecer.
Em Andrelândia, no sul de Minas, por onde também passa a Estrada Real, a situação é bem diferente. Em 1986, um grupo de jovens amantes da Arqueologia levantou dinheiro e comprou doze hectares de terra, cortados por um paredão com 650 pinturas rupestres desenhadas até 4,5 metros de altura. Após adquirir o terreno, fundaram o Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Alto Rio Grande (NPA), uma associação sem fins lucrativos encarregada de fazer a manutenção do local, posteriormente transformado em parque ambiental e aberto à visitação. “Quanto maior a visitação, maior é a conscientização da população a respeito do patrimônio. Isso gera mais preservação, porque as pessoas percebem o quanto aquilo é importante para a nossa História”, diz José Marcos Alves Salgado, arquiteto e conselheiro fundador do NPA.
O Iphan divulga este mês um levantamento sobre os sítios arqueológicos do estado de Minas. Nele, há registros da existência de mais de mil áreas marcadas por povos pré-históricos, sendo 53 delas registradas nas cercanias da Estrada Real. (http://migre.me/9fbFT)

Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos


Foi indicado pela Coroa de Portugal como terceiro governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro (Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases), visando manter a ordem entre os mineiros da região e garantir as rendas da Coroa.
Chegou ao Brasil em Julho de 1717, desembarcando no Rio de Janeiro, onde permaneceu por alguns dias, seguindo viagem por mar até Santos e depois por terra até São Paulo, onde tomou posse da Capitania a 4 de Setembro, em cerimônia na Igreja do Carmo. No final desse mês iniciou visita de inspeção às Minas Gerais
Durante o seu governo no Brasil, herdou de seu pai o título de Conde de Assumar (1718).
Uma de suas ações mais conhecidas na História do Brasil foi a repressão praticada contra aSedição de Vila Rica, popularmente conhecida como Revolta de Felipe dos Santos (1720), onde, após ter simulado concordar com as reivindicações estabelecendo a paz com os revoltosos, ordenou às suas tropas a invasão do arraial, tendo feito deter os cabeças. Felipe dos Santos foi amarrado a um cavalo e arrastado até à morte pelas ruas do arraial, enquanto as casas dos implicados eram incendiadas.
Em 1744 foi nomeado Vice-Rei da Índia, onde derrotou o rajá Bounsoló, com a tomada da Fortaleza de Alorna, pela qual foi lhe dado o título de marquês. (Fonte: http://migre.me/9f6UF)

sábado, 26 de maio de 2012

Entradas e bandeiras

Outras Entradas
1560 - 1561 - Brás Cubas, partindo de Santos, alcançou o planalto e seguiu pelo vale do rio Paraíba do Sul até à serra da Mantiqueira, alcançando o vale do rio das Velhas de onde, a partir de sua foz, teria seguido pelo vale do rio São Francisco até à barra do rio Paranamirim, retornando à Capitania de São Vicente pelo mesmo percurso. (http://migre.me/9eUf5)
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MAPAS DE SANTOS - Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 - Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais.(Fonte: http://migre.me/9eUzr)




Romeiros de Don Viçoso-MG, em romaria com destino à Aparecida do Norte em 13 de maio de 2011, no Alto da Serra após a transposição da Garganta do Sapucaí,  em conformidade com o Mapa.


Cronologia da História da Cidade de São Paulo (Transcrição)


*1513- João Ramalho percorre o litoral paulista, casa com a filha de Tibiriçá e funda a Vila de Santo André da Borda do Campo.Mapa de São Paulo
*1530- O rei D. João III envia Martim Afonso de Sousa como comandante da primeira expedição povoadora ao Brasil. *1531- João Ramalho funda na borda do campo a aldeia de Santo André e lá levanta o pelourinho.
*1532- Martim Afonso passa por toda a costa brasileira e aporta em São Vicente para fundar a cidade que seria a célula mater da nação. Sobe a serra de Paranapiacaba em companhia de João Ramalho e funda a Vila de Piratininga.
*1548- É criado o Estado do Brasil, uma província da monarquia lusitana.
*1549- Chega a salvador o primeiro governador geral do Brasil, Tomé de Sousa, acompanhado do padre Manoel da Nóbrega.
*1553- Manoel da Nóbrega celebra missa campal no local do atual pátio do Colégio dos Jesuítas. Com 19 anos, José de Anchieta, cognominado o Apóstolo do Brasil, chega a Piratininga.
*1554- Em 25 de janeiro, o padre Manoel de Paiva reza a missa campal na frente do Real Colégio de Piratininga, marcando a fundação da cidade. Tibiriçá ergue a sua aldeia na colina onde hoje está situado o conjunto do Mosteiro de São Bento.
*1556- Os jesuítas inauguram em 1o de novembro o conjunto formado pelo colégio, igreja e moradias ao redor destinadas à comunidade que se formava.
*1560- Os moradores da Vila da Borda do Campo transferem-se para a Vila de Piratininga, juntamente com o Pelourinho.
*1599- Chega a São Paulo o 7º governador-geral do Brasil, D. Francisco de Sousa, que passa a comandar as primeiras expedições ao sertão.
*1601- André de Leão chefia uma entrada ao sertão pelo rio Paraíba, transpondo a Serra da Mantiqueira.
*1604- Nicolau Barreto navega pelos rios Tietê e Paraná, atinge o Guaira e retorna com indígenas aprisionados.
*1613- Pero Domingues chefia uma bandeira com o objetivo de levá-la até a foz do rio Amazonas.
*1627- Raposo Tavares comanda uma bandeira para reduzir o domínio dos jesuítas paraguaios e termina por expulsá-los das terras brasileiras.
*1635- Raposo Tavares organiza outra grande bandeira de guerra, novamente contra jesuítas do Paraguai, que haviam invadido os pampas gaúchos.
*1639- Raposo Tavares chefia 150 soldados armados, para auxiliar o conde da Torre, D. Fernando de Mascarenhas em SalvadorBahia.
*1640- Os jesuítas são expulsos pelos paulistas por defenderem a liberdade dos indígenas.
*1651- Fernão Dias Pais é eleito juiz ordinário e presidente da Câmara Municipal de São Paulo e reconstrói a abadia dos beneditinos.
*1653- Os jesuítas retornam a São Paulo após 13 anos de exílio e iniciam a construção do novo conjunto igreja e colégio.
*1673- Anhanguera chefia uma bandeira pelas terras goianas em busca de ouro e abre caminho para a descoberta das minas de Cuiabá.
*1681- Piratininga é elevada à sede de Capitania.
*1700- Borba gato apresenta em São Paulo amostras de ouro para Artur de Sá Meneses.
*1711- D. João VI eleva Piratininga à categoria de cidade com o nome de São Paulo.
*1723- O café chega pela primeira vez ao país, trazido pelas mãos de Melo Palheta.
*1745- São Paulo passa a ser sede de Bispado, concentrando o poder autoritário e de justiça.
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Fonte: http://migre.me/9eTdC
Observação: 
a) Em julho de 1550, de Porto Seguro, o capitão Duarte de Lemos escreveu ao soberano, garantindo-lhe que ali "é a terra onde está o ouro, porque de nenhuma destas partes podem ir melhor a ele que por esta", já que o Peru "está na altura de dezessete graus que é onde esta capitania está (...)". (http://migre.me/9eWmj)


b) 1560 - 1561 - Brás Cubas, partindo de Santos, alcançou o planalto e seguiu pelo vale do rio Paraíba do Sul até à serra da Mantiqueira, alcançando o vale do rio das Velhas de onde, a partir de sua foz, teria seguido pelo vale do rio São Francisco até à barra do rio Paranamirim, retornando à Capitania de São Vicente pelo mesmo percurso.

c) Devido ao movimento crescente na Trilha dos Tupiniquins que, de São Vicente, dava acesso ao Caminho do Peabiru, Tomé de Sousa proibiu o trânsito nessas vias, ameaçando com a pena de morte os infratores. (http://migre.me/9eWgL)




Definido o roteiro do II Rallye Internacional 1000 Milhas Históricas Brasileiras (Transcrição)

Concorrentes percorrerão 1.619 km em quatro dias, passando pelas mais famosas estradas da história brasileira.
Faltando apenas um mês para a realização da 2ª edição do Rallye Internacional 1000 Milhas Históricas Brasileiras, os organizadores do MG Club do Brasil já completaram o levantamento do roteiro da prova que tem a chancela da FIA-Historic (Federação Internacional de Automobilismo) e homologação da FIVA (Federação Internacional de Veículos Antigos). 
A competição com percurso de 1.619 km será disputada em quatro dias passando por algumas das mais famosas estradas da história brasileira, como a Estrada dos Tropeiros, e parte do Caminho Novo e do Caminho Velho Real. A largada será no dia 21 de junho no Shopping Iguatemi, em São Paulo (SP).
"O grande desafio serão as descidas das serras e as curvas em forma de "grampo de cabelo". Os carros que tem mais de 30 danos de fabricação precisam estar com seus freios em dia e, se possível, com fluídos tipo DOT5, para não ferver e perder a frenagem no final destas serras íngremes", alerta Luis Cezar Ramos Pereira, piloto de rallye e diretor da prova. 
No primeiro dia os mais de 50 competidores utilizando carros clássicos fabricados entre 1919 e 1980 vão seguir pela Rodovia Ayrton Senna, Rodovia Dutra e descendo a serra de Taubaté a Ubatuba pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP 125), de onde seguem pela Rodovia Rio-Santos até Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.
No dia seguinte, a prova segue pela Rodovia Rio-Santos até a subida da serra para Lidice, pegando a Estrada dos Tropeiros (SP 068), ligando Bananal a Queluz, depois segue pela subida da Serra de Itamonte (ao lado do Pico das Agulhas Negras), desce a Serra de Passa Quatro (Itanhandu-Cruzeiro), sobe a serra de Cruzeiro a Piquete, seguindo pela Rodovia BR 383 até Caxambu, em Minas Gerais.
"São mais de 3 mil curvas, a grande maioria para a direita, mas as estradas estão ótimas. Algumas zonas de controle exigirão dos competidores uma velocidade entre 40 a 50 quilômetros por hora. Parece pouco, mas subindo ou descendo serras, ou até mesmo em estradas estreitas e sinuosas, é um desafio muito grande. O competidor tem que manter a mesma velocidade, sem frear e se isso acontecer, tem que compensar e atingir a meta", prossegue Luis Cezar.
O terceiro dia marca o retorno, saindo de Caxambu para Cambuquira, Três Corações, Varginha, Boa Esperança, Campos Gerais (atravessando parte da represa de Furnas), Alfenas (novamente atravessando parte da represa de Furnas), Paraguaçu, Machado, Pouso Alegre, Cachoeira de Minas, São Bento do Sapucaí, subindo a Serra da Pedra do Baú, até chegar a Campos do Jordão, no estado de São Paulo.
Neste mesmo dia haverá uma etapa noturna, descendo a Serra da Pedra do Baú até São Bento do Sapucaí, passando por Sapucaí Mirim e subindo a serra antiga de Campos do Jordão.
No quarto e último dia, os competidores saem de Campos do Jordão e depois de descerem a serra seguem pela Rodovia Dutra e Rodovia Ayrton Senna até entrarem em São Paulo, para receberem a bandeirada de chegada no Shopping Iguatemi.
"As paisagens de todo o roteiro são deslumbrantes, tanto no litoral até Angra dos Reis, como as montanhas fluminenses, paulistas e mineiras. Vamos passar e revisar os caminhos da História do Brasil, com pontos fantásticos e até mesmo por caminhos de bucaneiros e piratas. Estamos aliando a competição com turismo, história e entretenimento", encerra o Diretor da Prova.

Artur de Sá Meneses (Transcrição)

De novo nas Minas
Em 25 de agosto de 1700 encontramos outra vez o governador em
Parati, ali se demorando oito dias para ordenar preparativos do que seria sua última expedição a Minas Gerais: reuniu pessoal e animais. Há diversos atos seus expedidos sobre mercadorias, fazendas, mercadores e ouro em pó. Vai para Taubaté, ficando ali 18 dias, recebendo reforço de Domingos da Silva Bueno,Matias Barbosa da Silva e um Terço de índios da aldeia real de São Miguel sob a conduta de seu maioral, o capitão João Veloso de Siqueira, índio que havia recebido notavel educação dos padres da Companhia. Partiu para Guaratinguetá, ali ficou quatro dias, e depois 23 dias no Ribeirão do Carmo. Para a terrível travessia da serra da Mantiqueira, encontrou ranchos e pousadas dispostas pelos indios que há mais de um ano se ocupavam da viagem; a comitiva se dividiu em Congonhas, a maior parte tomando a vereda à esquerda, sobre o Rio das Velhas, rumo aos descobertos de Borba Gato, e o Gov vindo para o Itaverava, rumo ao Carmo, a tempo de assistir às medições do ribeiro de João Lopes de Lima. Na volta, esteve no arraial dos Bandeirantes ou do Carmo. Depois, permaneceu no Rio das Velhas, dizem que de novembro de 1700 até 25 de abril de 1701. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.http://migre.me/9eksq)
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Mapa: Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/9ekHW)



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Do borrão às aguadas: os engenheiros militares e a representação da Capitania de São Paulo (Transcrição)

O controle das terras descobertas demandou um novo tipo de profissional2. Embrenhar‑se nas terras do novo mundo, mapeá‑las e estabelecer sistema de defesa eficiente implicou em novos procedimentos, técnicas e instrumentos. A partir do século XVII, os engenheiros militares roubaram a cena, ofuscando a figura dos cosmógrafos que haviam protagonizado o processo de expansão ultramarina. Os engenheiros militares, especializados em questões de guerra, na fundação de cidades e também no mapeamento de grandes superfícies terrestres, tornaram‑se imprescindíveis no processo de conhecimento, ocupação, definição e controle dos territórios descobertos no ultramar. Mais de duas centenas deles atuaram no Brasil entre os séculos XVI e XVIII. É difícil imaginá‑los em campo, trabalhando em meio à densa floresta, calor inclemente e insetos. Circulavam em canoas ou no lombo de mulas, transportando instrumentos do porte dos relógios de pêndula, telescópios, quadrantes e teodolitos, bem como uma sofisticada tralha e muitos mantimentos. Nessas condições, eles participaram ativamente do processo de conquista e colonização das Américas portuguesa e espanhola (Figura 1). As capitanias de São Vicente e de Santo Amaro – convertidas no século XVIII em Capitania de São Paulo – gozaram da presença de alguns engenheiros militares. Longos períodos de ausência foram interrompidos por permanências temporárias, em resposta a demandas geopolíticas estratégicas, vitais para a sobrevivência da Coroa portuguesa em solos meridionais. Na longa duração, a trajetória de alguns profissionais em solos paulistas nos dá a medida dos interesses metropolitanos aqui em jogo. (http://migre.me/9dKDa).
Nota: No que diz respeito ao estabelecimento de sistema de defesa eficiente, resta definitivamente comprovado que, o Núcleo Embrião de Piquete, era rigorosamente vigiado. A assertiva encontra fundamento na descrição do roteiro de viagem do Padre Vigario João de Faria Fialho, ao citar expressamente o monte de Amantequira quadrilheira. Em se tratando de sinonimia, estamos falando do Alto da Serra, em conformidade com mapas oficiais, local permanentemente vigiado, pelos então chamados  milicianos, incluindo-se os capitães do mato,  designações mais aceitas pelos Paulistas. Estamos falando de um caminho que se constituia em verdadeiro segredo de Estado.  Assim sendo as impresições do roteiro de Andre João Antonil se justificam, não obstante estar suas fontes provavelmente, relacionadas com o potentato dos Garcias Rodrigues.  
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Carta corográfica - Capitania de S. Paulo, 1766 - Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. http://migre.me/9dMz2
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Roteiro das minas de Ouro, que descobriu o Padre Vigario João de Faria e seus parentes, e do que mais que tem em si os Campos (Defronte da Villa de Taubaté) 3 ou quatro dias de viagem, se achou o Rio de Sapucahi, e descendo de Taubaté para a Villa de Guaratinguitá tomando a Estrada Real [sic] do Sertão 10 dias de jornada com cargas para a parte do Norte sobre o monte de Amantequira quadrilheira d [...] Rio Sapucahi achou o Padre Vigario João de Faria, seu cunhado o Capitão Antonio Gonçalves Vianna, o Capitão Manuel de Borba, e Pedro de Aros em 3 ribeiros pinta muito boa, e geral de ouro de lavagem, de que trouxe a amostra delle a esta cidade, e das campinas de Amantequira 5 dias de jornada correndo para o mesmo Norte, e estrada G [...] tão, fica o serro da Boa Vista donde começam os Campos Geraes té confinar com os da Bahia advertindo que a dita Boa Vista serão 15 dias de jornada pouco menos com cargas ao Rio Grande, cujas cabeceiras nascem dos morros, e serros de Juruoca, defronte dos quaes até o Rio dos Guayanás, e um monte chamado Ebitipoca, tem 10 leguas de comprido pouco menos [...] de cascat [...] do, e defronte do mesmo Juruoca p [...] min[...] de O [...] pouco mais ou menos estão umas serras escalvadas nas quaes achou o Padre Vigario Faria, safiras [...] em viveiros de pedras cravadas; entre esta distancia [...] muitos montes escalvados pelos campos, e muitos Rios, u [...] se chama Baepindi, que se diz haver nelle metal, pe [...] Bartholomeu da Cunha, e [...] de minas de crystaes bons finos, grandes, e pequenos, e [...] indo pela mesma parte do norte se acharão
[...] escalvados, e Campos Geraes acima [...] que todos mostram ter haver (sic) por muitas experiencias que se tem feito, que por falta de mineiros se não descobre: esta quantidade de campos e capões é regada com muitos Rios uns grandes outros pequenos, em que não pode faltar ouro de lavagem, que por não ter logar não fiz exame, e são os ditos campos fertilissimos de toda a casta de caça, fructas agrestes c [...] e da Ressaca do Catagoás, e Serro de Juruoca [...] tudo confina uma cousa com outro ha de vir sair dos Campos Geraes o caminho para o Rio de Janeiro.

Anexo:Cronologia dos descobrimentos portugueses


 
 
Descobrimentos, viagens e explorações portuguesas: datas e primeiros locais de chegada de 1415-1543, principais rotas no Oceano Índico (azul), territórios portugueses no reinado de D. João III (verde) (http://migre.me/9dHjT)
http://www.novomilenio.inf.br/santos/mapas/mapa106ag.jpg 

Mapa - Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. Alto da Serra, limite de divisa entre a Capitania de São Paulo e Minas, Núcleo Embrião de Piquete-SP, "caminho do El Dorado" (http://migre.me/9dILZ) 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

História de Iguape - Apontamentos relativos a Aleixo Garcia (Transcrição)

Este homem audaz, que appareceu como um meteoro, passando através da montanhas e dos rios que interceptavam sua viagem da costa do Brasil aos confins do Imperio dos Incas, desappareceu da mesma forma, deixando um nome que não dove ser olvidado pelos historiadores brasileiros. Ainda que alguns historiadores ponham duvida sobre a veracidade da viagem de Aleixo Garcia, comtudo, esmiuçando o que os outros nos revelam a seu respeito, não podemos deixar de concluir que sua viagem foi veridica e uma das mais arrojadas do século dezesseis.
Partindo da costa do Brasil seis europeus e grande numero de indigenas, para se internarem nos bosques sombrios de um paiz povoado por selvagens, era preciso que o chefe de semelhante expedição fosse de um temperamento ardente e dotado de coragem inquebrantavel.
Fabulosas ou veridicas, as noticias transmittidas dessa viagem e dos resultados obtidos, serviam de incentivo a outros destemidos exploradores do mesmo seculo, excitando as ambições delles, e estimulando-os a penetrarem na vasta região desconhecida do continente sul-americano em procura das immensas riquezas que se contava existirem no poder dos indigenas.
Como procurei demonstrar nos Subsídios para a historia de Iguape, a partida de Aleixo Garcia do porto de São Vicente no anno de 1524 a mandado de Martim Affonso de Sousa, deve ser considerada apocrypha, porquanto nâo podia elle ter sido mandado em exploração pelo dito Martim Affonso de Sousa que sómente no anuo de 1531 chegou á costa do Brasil.
Por tudo quanto diz a historia, devemos inferir que no anno de 1524 os únicos europeus existentes em São Vicente ou seus arredores eram os celebres João Ramalho e Antonio Rodrigues.
Nesta época, nas proximidades de Iguape, existia o bacharel portuguê que foi desterrado no anno de 1501, (e que tudo nos leva a crêr que se chamava Cosme Fernandes) em companhia de Francisco de Chaves e mais alguns castelhanos, não podendo duvidar que estes castelhanos fossem os homens perdidos, da fróta commandada por Juan Dias de Solis que navegava nesta costa no anno de 1508".

YOUNG, Ernesto Guilherme, "Apontamentos relativos a Aleixo Garcia", Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XII, pp. 217-228, 1908.[/ALIGN]
(http://migre.me/9dfIw)

domingo, 20 de maio de 2012

Subsídios para a História da Civilização Paulista (Aureliano Leite Edição Saraiva São Paulo – 1954)

SÉCULO XVII
1714 – Aos 16 de setembro, são estabelecidos as divisas entre as Vilas de Guaratinguetá e São João de el-Rei, comarca do Rio das Mortes, no morro de Caxambu, perto de Baipendi.(
http://migre.me/99AhS)
Nota: O caminho de Guaratinguetá ao Morro Caxambu (Boa Vista), passa pelo Alto da Serra, Núcleo Embrião de Piquete-SP.

São Paulo (cidade)

Período colonial
Fundação de São Paulo, quadro de 1913 de Antônio Parreiras.A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em 25 de janeiro de 1554 com a construção de um colégiojesuíta por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. AZEVEDO MARQUES, Manuel Eufrásio, Província de São Paulo, Editora Itatiaia, 1980 Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha, por finalidade, acatequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de "Serra de Paranapiacaba".O nome "São Paulo" foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme informou o padre José de Anchieta em carta aos seus superiores da Companhia de Jesus:O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando, na visita de Mem de Sá, governador-geral do Brasil, à Capitania de São Vicente, este ordenou a transferência da população da Vila de Santo André da Borda do Campo, que fora criada por Tomé de Sousa em 1553, para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga", local alto e mais adequado (uma colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para melhor se proteger dos ataques dos índios. Desta forma, em 1560, a Vila de Santo André da Borda do Campo foi transferida para a região do Pátio do Colégio de São Paulo e passou a se denominar Vila de São Paulo, pertencente à Capitania de São Vicente. Pátio do Colégio, no [[Centro Histórico de São Paulo. Neste local, foi fundada a cidade, em 1554. O prédio atual é uma reconstrução feita na segunda metade do século XX, tendo, como modelos, o colégio e igreja jesuítas que foram erigidos no local em 1653.]]São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, o litoral e se mantinha por meio de lavouras de subsistência. São Paulo foi, por muito tempo, a única vila no interior do Brasil. Esse isolamento de São Paulo se dava principalmente porque era dificílimo subir a Serra do Mar a pé da Vila de Santos ou da Vila de São Vicente para o Planalto de Piratininga. Subida esta que era feita pelo Caminho do Padre José de Anchieta.PRESTES DE ALBUQUERQUE, Júlio, No Rancho de Paranapiacaba, Casa Mayença, São Paulo, 1922 Mem de Sá, quando de sua visita à Capitania de São Vicente, proibira o uso do "Caminho do Piraiquê" (hoje Piaçaguera), por serem, nele, frequentes os ataques dos índios.Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais, donatário da Capitania de São Vicente, transferiu a capital da Capitania de São Vicente para a Vila de São Paulo, que passou a ser a "Cabeça da Capitania". A nova capital foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos públicos.Por ser a região mais pobre da colônia portuguesa na América, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo interior do país à caça de índios porque, sendo extremamente pobres, os paulistas não podiam comprar escravos africanos. Saíam, também, em busca de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas Gerais, na década de 1690, fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo. Foi criada, então, em 3 de novembro de 1709, a nova Capitania Real de São Paulo e Minas do Ouro, quando foram compradas, pela coroa portuguesa, a Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de seus antigos donatários. Em 11 de julho de 1711, a Vila de São Paulo foi elevada à categoria de cidade. Logo em seguida, por volta de 1720, foi encontrado ouro, pelos bandeirantes, nas regiões onde se encontram hoje a cidade de Cuiabá e a Cidade de Goiás, fato que levou à expansão do território brasileiro para além da Linha de Tordesilhas. ELLIS JÚNIOR, Alfredo, O Bandeirismo Paulista e o Recuo do Meridiano, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1934. Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo econômico paulista da cana-de-açúcar, que se espalhou pelo interior da Capitania de São Paulo. Pela cidade de São Paulo, era escoada a produção açucareira para o Porto de Santos. Nessa época, foi construída a primeira estrada moderna entre São Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena. (http://migre.me/99scO)

sábado, 19 de maio de 2012

FENÍCIOS NO BRASIL. " Apollinaire Frot, pesquisador francês, percorreu longamente o interior do Brasil, coletando inscrições fenícias nas serras de Minas Gerais...."

Um pouco da história dos Fenícios
Os fenícios estabeleceram-se nas margens orientais do Mediterrâneo, na fina e fértil faixa situada entre o mar e os montes Líbano e Antilíbano. A pequenez de seu território, a presença de vizinhos poderosos, e a existência de muita madeira de cedro (boa para a construção naval), nas florestas das montanhas, parecem ter sido fatores adicionais que orientaram a civilização fenícia para o mar. Construiram frotas numerosas e poderosas. Visitaram as costas do norte da África e todo o sul da Europa, comerciaram na Itália, penetraram no ponto Euxino (mar Negro) e sairam pelas Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar), tocando o litoral atlântico da África e chegando até as ilhas do Estanho (Inglaterra).
Comerciando sempre, construiram entrepostos e armazéns ao longo de suas rotas. Quando podiam saqueavam e roubavam, mas evitavam os inimigos poderosos, que preferiam enfraquecer mais pelo ouro do que pela espada. Seus agentes e diplomatas não eram estranhos a quase todas as guerras travadas na época, e delas tiravam bom proveito. Fizeram o périplo africano, seguindo em sentido inverso ao caminho que percorreria Vasco da Gama muito mais tarde. E as provas se acumulam para confirmar que atravessaram o Atlântico e visitaram o novo continente. Os fenícios navegavam utilizando a técnica de orientação pelas estrelas, pelas correntes marinhas e pela direção dos ventos, e seguindo esses indícios seus capitães cobriam vastas distâncias com precisão. Já eram influentes por volta do ano 2000 a.C., mas seu poder cresceu com Abibaal (1020 a.C.) e Hirã (aliado de Salomão). Biblos, Sidon e Tiro foram sucessivamente capitais de um império comercial de cidades unidas antes pelos interesses, costumes e religião do que por uma estrutura política mais rígida.
Sobre o Brasil - O Brasil está repleto de indícios comprobatórios da passagem dos fenícios, e tudo indica que eles concentraram sua atenção no nordeste. Pouco distante da confluência do rio Longá e do rio Parnaíba, no Estado do Piauí, existe um lago onde foram encontrados estaleiros fenícios e um porto, com local para atracação dos "carpássios" (navios antigos de longo curso).
Subindo o rio Mearim, no Estado do Maranhão, na confluência dos rios Pindaré e Grajaú, encontramos o lago Pensiva, que outrora foi chamado Maracu. Neste lago, em ambas as margens, existem estaleiros de madeira petrificada, com grossos pregos e cavilhas de bronze. O pesquisador maranhense Raimundo Lopes escavou ali, no fim da década de 1920, e encontrou utensílios tipicamente fenícios.
No Rio Grande do Norte, por sua vez, depois de percorrer um canal de 11 quilômetros, os barcos fenícios ancoravam no lago Extremoz. O professor austríaco Ludwig Schwennhagen estudou cuidadosamente os aterros e subterrâneos do local, e outros que existem perto da vila de Touros, onde os navegadores fenícios vinham a ancorar após percorrer uns 10 quilômetros de canal. O mesmo Schwennhagen relata que encontrou na Amazônia inscrições fenícias gravadas em pedra, nas quais havia referências a diversos reis de Tiro e Sidon (887 a 856 a.C.).
Schwennhagen acredita que os fenícios usaram o Brasil como base durante pelo menos oitocentos anos, deixando aqui, além das provas materiais, uma importante influência lingüística entre os nativos.
Nas entradas dos rios Camocim (Ceará), Parnaíba (Piauí) e Mearim (Maranhão), existem muralhas de pedra e cal erguidas pelos antigos fenícios.
Apollinaire Frot, pesquisador francês, percorreu longamente o interior do Brasil, coletando inscrições fenícias nas serras de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia. As inscrições reunidas são tantas que "ocupariam vários volumes se fossem publicadas", segundo declaração do próprio Frot. Sua tradução faz referência às obras dos fenícios no Brasil, à atividade comercial que aqui vinham exercer e ao afundamento da Atlântida. Algumas inscrições revelam que, em virtude dos abalos sofridos, os sobreviventes da Atlântida foram para o norte da África fundar os impérios do Egito e várias nações do Oriente Médio. Falam ainda do dilúvio bíblico que, segundo eles, não foi universal, mas apenas um cataclisma local, na Mesopotâmia, fato esse que os cientistas aceitam hoje em dia. A condição de potência econômica, de cujo comércio as demais dependiam, deu à Fenícia uma certa estabilidade que lhe permitiu existir tanto tempo sem possuir fortes exércitos. Sobreviveu à hegemonia egípcia, síria e assíria, e depois também ao domínio persa. Eis que finalmente chegou um elemento racialmente estranho, na forma dos invasores da Europa, e a Fenícia finalmente baqueou, primeiro sobre a invasão dos gregos de Alexandre magno e depois debaixo do poderio das legiões romanas.
Com a guerra, interrompeu-se o comércio, e as colônias e entrepostos distantes, abandonados à própria sorte, começaram a ser destruídos pelas populações locais. Naquelas regiões, por demais afastadas para permitir a volta à metrópole, as populações regrediram a um estado primitivo. Isto é apenas teoria, mas explicaria os selvagens louros e de constituição física diversa que encontramos em algumas tribos indígenas brasileiras da Amazônia. Explicaria também a pele clara e o grande número de vocábulos fenícios no linguajar dos índios tiriós.
Cartago, a maior das colônias da Fenícia, sobreviveu e prosperou até herdar da antiga metrópole o comércio pelo mar. É Heródoto que nos conta que "o Senado de Cartago baixou decreto proibindo sob pena de morte que se continuassem fazendo viagens para esse lado do Atlântico" (Américas) "já que a contínua vinda de homens e de recursos estava despovoando a capital".
E há, finalmente, a famosa inscrição da Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, bastante conhecida: Aqui Badezir, rei de Tiro, primogênito de Jetbaal.   (Fonte:http://migre.me/99hiT )
Nota: (Transcrição) - Descoberta reforça tese de que os polinésios participaram do povoamento da América e desembarcaram no continente séculos antes do que os europeus.
Pesquisa genética revela que DNA de índios botocudos é da Polinésia Na época da colonização portuguesa, diversos grupos indígenas que ocupavam as regiões onde hoje se encontram os estados de Minas Gerais e Espírito Santo receberam o nome genérico de “botocudos”, em referência aos botoques que utilizavam para ornamentar o rosto – aqueles grandes discos de madeira que alargavam a boca e as orelhas. Apesar de terem sido muito numerosos naquela época, hoje estão praticamente extintos. “As populações humanas primitivas exploraram extensivamente o planeta”, disse a autora Anna-Sapfo Malaspinas ao site EurekAlert. “As versões de apostila dos eventos da colonização humana – o povoamento das Américas, por exemplo – precisam ser reavaliadas utilizando dados genômicos”, afirmou. A pesquisadora também colaborou com outro artigo publicado na mesma edição do periódico que oferece uma explicação embasada na genética e na arqueologia ao mistério dos genes polinésios dos botocudos do Brasil. Fonte: http://migre.me/vkwJh

OS MUIRAPAQUE (Por Reinaldo Coltinho)

Caros amigos.
O aventureiro inglês Anthony Knivet, marinheiro do corsário ingles Cavedish, que peregrinou pelo Brasil no final do século XVI, se deparou, no vale do sapucaí, interior de Minas gerais, com estranhos indígenas: os muirapaque (gente esperta). Segundo Knivet, eram muito altos, louros e barbados, muito parecidos com os holandeses. Não possuíam qualquer tradição sobre a sua origem ou normas religiosas, praticando inclusive a antropofagia ritual. Suas aldeias eram fortificadas de pedra, barro e madeira. É necessário frisar que no final do século XVI o interior de Minas Gerais ainda não havia sido colonizado. Portanto, estes muirapaque eram seguramente de origem pré-cabralina. No nosso entender, descendentes dos Povos do Mar, que chegaram ao nosso território por volta de 1.200 aC, vindos das regiões nórdicas.   Abraços. (http://migre.me/98E3i)
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Nota: Carta corográfica - Capitania de S. Paulo, 1766: Alto da Serra, Garganta do Sapucaí, Desfiladeiro de Itajubá, Alto da Boa Vista, Meia Lua, um caminho quinhentista contido nos relatos do aventureiro Inglês Anthony Kmivet.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Parte 1 - MINERAÇÃO NO BRASIL COLÔNIA

A Guerra dos Emboabas

O estopim da guerra foi o desentendimento entre Nunes Viana e Borba Gato, que era guarda-mor das Minas e, portanto, representante do poder real. A fim de combater o contrabando do ouro, a Coroa havia proibido o comércio entre as Minas e a Bahia, com exceção do gado. Apesar dessa de­terminação, o comércio proibido continuou, sob a liderança de Nunes Viana. Borba Gato de­terminou então a expulsão de Nunes Viana das Minas, mas este não a acatou e foi apoiado pelos emboabas.

Ora, a maior parte das Minas era ocupada pelos emboabas, e os paulistas estavam concentrados no rio das Mortes, de onde os emboabas decidiram, então, desalojá-los. Sendo minoritários, os paulistas se retiraram, mas um grupo deles, com maioria de índios, foi cercado pelos emboabas, que exigiram a rendição, prometendo poupar-lhe a vida caso depusesse as armas. Foi o que fizeram os paulistas. Mas, mesmo assim, foram massacrados no local que ganhou o nome de Capão da Traição.

Expulsos das Minas, os paulistas penetra­ram em Goiás e Mato Grosso, onde novas jazi­das seriam descobertas.

A organização da economia mineira - Havia, basicamente, dois tipos de "empresas" mineradoras: a lavra (grande extração) e a faiscação (pequena extração). A lavra consistia numa exploração de dimensão relativamente grande em jazidas de importância e utilizava amplamente o trabalho escravo. À medida que essas jazidas iam se esgotando e sua exploração tomava-se antieconômica, ocorria o deslocamento das lavras para outras jazidas, deixando o que restara da anterior para a faiscação, praticada por pequenos mineradores.

No Brasil, o ouro encontrava-se depositado na superfície ou em pequenas profundidades: inicialmente exploravam-se os veios (nos leitos dos rios), que eram superficiais; em seguida, os tabuleiros (nas margens), que eram pouco profundos; e, finalmente, as grupiaras (nas encostas), que eram mais profundas. Dizemos, por isso, que predominou o ouro de aluvião, que era depositado no fundo dos rios e de fácil extração, ao contrário das minas de prata do México e do Peru, que dependiam de profundas escavações. A extração do ouro de aluvião era, portanto, mais simples, mas de esgota­mento mais rápido. Por essa razão, mesmo na organização das lavras, as empresas eram concebidas de modo a poderem se mobilizar constantemente, conferindo à atividade mineradora um caráter nômade. Por conseguinte, o investimento em termos de equipamento não podia ser de grande vulto. Seguindo as características de toda a economia colonial, a mineração era igualmente extensiva e utilizava o trabalho escravo. A técnica de extração, por sua vez, era rudimentar e mesmo o número de escravos para cada lavra era reduzido, embora haja notícias de lavras com mais de cem escravos. Na realidade, a manutenção de uma em­presa com elevado e permanente número de escravos era incompatível com a natureza in­certa das descobertas e da produtividade das minas. (Fonte: www.culturabrasil.pro.br)
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Parte 2 - MINERAÇÃO NO BRASIL COLÔNIA

São Paulo
A descoberta das minas funcionou como um poderoso estímulo às atividades econômicas em São Paulo. Porém, no início do século XVIII, a sua população mal ultrapassava 15 mil pessoas e uma boa parte dela foi para as minas. Em compensação, recebeu um acréscimo populacional proveniente de Portugal e já no final do século XVIII tinha perto de 117 mil habitantes.
Assim, as lavouras foram se ampliando e multiplicaram-se as atividades manufatureiras. O porto de Santos ganhou súbita importância como porta de entrada para escravos e produtos importados europeus.
Como as minas necessitavam de animais de carga e transporte, alguns paulistas deslocaram ­se para Paranaguá e Curitiba, onde dedicaram à criação. Outros foram buscar na região platina (Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina) o gado muar, essencial para o transporte.
Os caminhos para as minas
Situadas no interior do centro-sul, as minas eram localidades de difícil acesso. De São Paulo aos núcleos mineradores a viagem era de sessenta dias. Ha­via três caminhos de acesso. O que foi aberto por Fernão Dias Pais passava por Atibaia e Bragança e alcançava a Mantiqueira. O outro, saindo de São Paulo, percorria Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Jacareí, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Lorena para chegar às três principais regiões mineradoras: Ribeirão do Carmo, Ouro Preto e rio das Velhas. Um terceiro caminho passava por Mogi-Guaçu e correspondia, grosso modo, ao traçado da Estrada de Ferro Mojiana, hoje desativada.
A Bahia possuía uma ligação com Minas muito anterior à descoberta do ouro. O caminho foi aberto pelos bandeirantes paulistas no século XVII do sul para o norte. A vantagem dessa via era a sua segurança e conforto. Não faltavam pastos para os cavalos, nem alimento para os viajantes. As estradas eram mais largas e podiam ser percorridas sem medo de ataques indígenas.
A Bahia estava apta a se integrar à economia mineira por várias razões: era um centro antigo de colonização e, como tal, tinha uma economia mais bem preparada para atender às demandas de Minas; a sua pecuária havia se expandido para o sertão e pelo rio São Francisco dirigindo-se para as minas; além disso, era um grande centro importador de produtos europeus e tinha a vantagem de estar mais próximo de Portugal do que os portos sulinos.
Como aconteceu com outras regiões, grande contingente de baianos foi atraído pelas mi­nas. Até senhores de engenho abandonaram tudo e se mudaram para lá com todos os seus bens e escravos.
Mas as autoridades coloniais não viam a integração da Bahia na economia mineira com bons olhos. Não interessava ao rei que os baianos abandonassem a economia açucareira. Havia ainda a preocupação com a venda de es­cravos dos engenhos para as minas. Por outro lado, o contrabando do ouro era difícil de ser controlado na estrada de Minas à Bahia. Por isso, a Bahia foi proibida de fazer comércio com as Gerais, exceto no que se refere ao gado. A proibição, entretanto, foi inútil. Contrariando as determinações, os baianos continuaram tão ativos no comércio com as minas quanto os paulistas e os fluminenses.
De qualquer modo, para efeitos legais, o comércio muito intenso mantido pelos merca­dores baianos com as minas era considerado contrabando. E uma das maiores figuras desse contrabando era, justamente, Manuel Nunes Viana, que teve um destacado papel no episódio da Guerra dos Emboabas.
O Rio de Janeiro, no começo, não dispunha de acesso direto às minas, o que dificultava o seu comércio. Mas rapidamente se beneficiou com a abertura do "caminho novo", construído em três anos (de 1698 a 1701) e aperfeiçoado entre 1701 e 1707.
Com a sua abertura, a viagem do Rio para Minas poderia ser realizada em doze ou dezessete dias, conforme o ritmo da marcha. A vantagem do "caminho novo" era óbvia com­parado com o de São Paulo a Minas, no qual se gastavam sessenta dias. E essa vantagem teve importantes conseqüências, pois transformou o Rio no principal fornecedor das minas e na principal rota de escoamento do ouro. São Paulo sofreu os efeitos da nova situação, mas graças à descoberta de minas em Goiás e Mato Grosso as perdas foram contrabalançadas.
Sendo uma economia essencialmente importadora, a mineração dependia do abasteci­mento externo de alimentos, ferramentas, objetos artesanais, incluindo os de luxo, gado, principalmente o muar, para transporte e tração e, finalmente, escravos. Três agentes se encarregaram desse abastecimento: o tropeiro, que trazia alimentos e outras mercadorias; o boiadeiro e os comboieiros, que chegavam com os escravos. (http://migre.me/8WxLq)
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Nota: A logística demandada na preparação da Bandeira do Caçador de Esperaldas, implicou especiamente, no envio antecipado de pessoas objetivando a formação de roças como estrutura para sustento da comitiva. Assim sendo, afirmar que o "caminho aberto" por Fernão Dias Pais, passava por Atibaia, Bragança e atravessava a Mantiqueira, constitui-se em Ignorância crassa. A assertiva encontra elementar fundamento no fato que, havendo estado com Fernão Dias aos 13 anos na empreitada da esmeraldas, assumindo posteriormente a missão de levar a diante o proposito de descobrimento com a morte do pai no Sertão Mineiro. Sendo reconhecido pela Historiografia como descobridor das minas, graças ao potentado dos Dias Paes Leme, Bento Rodrigues, se estabeleceria com suas roças no Caminho dos Paulistas, Caminho Geral do Sertão, no prolongamento do entroncamente com o Caminho Velho, entre o Rio Paraiba do Sul, no limite de sua navegabilidade, (Freguesia de Nossa Senhora  da Piedade) e o contra forte da Mantiqueira (Núcleo Embrição de Piquete), fosse outro o caminho? Sendo certo que, o recebebimento da sesmaria correspondente a roças em 1707, resultou em ato meramente formal, um vez que, já se encontrava no caminho havia mais de 12 anos. Tempos que somados, ou seja, da preparação da expedição e sua partida em 1674 de São Paulo, resultam em mais de 30 anos de conhecimento e dominio do caminho. Aliás, que caminho este, teria aberto Fernão Dias, se comprovamdamente as expedições faziam uso das já existentes trilhas indigenas, em especial a designada como, trilha dos Guainazes em demanda do Sertão Mineiro.
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Foqunte: Carta corográfica - Capitania de S. Paulo, 1766 http://migre.me/979cN

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...