sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mochila Brasil - Conheça 10 lugares 'insubstituíveis' - Serra da Mantiqueira (SP, RJ e MG) – Brasil

Estudo analisou 78 lugares que englobam 137 áreas protegidas em 34 países. 4 dos 10 estão no Brasil
A revista Science publicou artigo com o resultado da análise de 137 áreas protegidas, em 34 países. Foram pesquisados 78 lugares e 4 dos 10 estão no Brasil.
Estes locais protegem a maioria das populações de 627 espécies de pássaros, anfíbios e mamíferos, incluindo 304 espécies ameaçadas de extinção no planeta. A maioria das áreas citadas estão em regiões de floresta tropical, montanhas e ilhas.
Algumas das áreas citadas no estudo já são designadas como de “excepcional valor universal” pela Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO, como as Ilhas Galápagos (Equador), Parque Nacional Manú (Peru) e os Gates Ocidentais (Índia). No entanto, metade dessas áreas não são consideradas Patrimônio Mundial, o que de acordo com pesquisadores poderia fortalecer a proteção de espécies únicas nessas áreas. É o caso do Parque Nacional das Montanhas Udzungwa, na Tanzânia, o pântano de Zapata, em Cuba, e o Parque Natural Sierra Nevada de Santa Marta, na Colômbia – considerado pelo estudo o lugar mais insubstituível do mundo para as espécies ameaçadas.
Confira a lista.
Nas áreas cuja visitação é permitida*, quem sabe não rola um mochilão?
 
Serra da Mantiqueira (SP, RJ e MG) – Brasil
Serra da Mantiqueira - Região do Pico dos Marins | Foto: Claudio Antonio Barbosa
Serra da Mantiqueira – Região do Pico dos Marins | Foto: Claudio Antonio Barbosa

Ataque de uma Onça Parda no meio da estrada.wmv



Jaguamimbaba, que em tupi quer dizer "onça parda", é como era conhecida entre os nativos brasileiros a porção paulista da Serra da Mantiqueira. O lado mineiro era conhecido como "amanti-kir", que quer dizer, "serra que chora" ou "nuvem que rola", nome que deu origem à atual denominação da serra.
Desde 1597 foi encontrado e explorado o ouro de aluvião, nos riachos da serra, um século antes das grandes descobertas em Cataguases, Cuiabá e Goiás pelos bandeirantes. (Fonte: http://migre.me/gOdal)

domingo, 24 de novembro de 2013

Roteiro Esquecido


De Potosí a Ouro Preto: um esboço comparativo (Transcrição)

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4. A MÃO-DE-OBRA NAS MINAS
A mineração na América espanhola teve sua mão-de-obra baseada no labor indígena, este regime de trabalho por sua vez foi mais bem organizado com o término do período dos, “tempos de exploração e conquista [que] cediam a vez ao assentamento efetivo”. (CARDOSO, 1983, p.79), afim de que fossem desenvolvidos melhores sistemas de extração, o que não ocorreu nos grandes distritos mineiros portugueses uma vez que estes recorreram á escravidão africana, forma de mão-de-obra que já era característica do Brasil havia dois séculos.  Logo, o processo de organização da força de trabalho nas colônias espanholas e portuguesas se passou de maneira distinta. Para que compreendamos esta ação se faz necessário entender que a busca por americanos nativos na América espanhola aconteceu especialmente em regiões nas quais existiam uma população densa e que mais tarde se tornaram núcleos centrais do império espanhol, devido a descoberta de minérios. Entretanto, como a sede pela mão-de-obra era grande pela maioria dos colonizadores, a escravidão foi assim em quase toda parte o primeiro sistema de trabalho, com isso os líderes dos grupos espanhóis reconheceram a necessidade de um sistema de distribuição ou racionamento que fornecesse uma força de trabalho aos poderosos de uma maneira que se evitassem disputas entre os mesmos. Deste modo foi aplicado o chamado sistema de repartimientos  utilizado na Castela da Reconquista que consistia: na divisão pelos reis, das terras e povos conquistados entre os indivíduos merecedores de recompensa. No México e no Peru a força de trabalho denominada  repartimiento mais tarde foi chamada de  encomienda e tinha por finalidade compartilhar de modo mais ou menos amigável a oferta de mão-de-obra com os primeiros colonizadores, no entanto à medida que o tempo passou a  encomienda não se tornou um benéfico feudal, mas um arranjo contratual entre a coroa e o conquistador, no qual este último tinha um número determinado de índios pagadores de tributos que ficava sob seus cuidados materiais e espirituais por parte do clérigo, em troca do direito de extrair quantidades grosseiras e prescritas de trabalho e produtos. Pelo fato deste sistema da  encomienda acarretar questões problemáticas com a coroa e morte de muitos nativos, ficou então estabelecido um novo regime de trabalho em 1570, o chamado recrutamento forçado, que foi denominado na Nova Espanha de  repartimiento e de mita  no Peru (e Quíchua, para os nativos). Este sistema de trabalho (repartimento) antecedia o ano de 1570, pois em 1530 prontamente se tinha nativos sendo enviados para as minas na Guatemala, visto que esta forma de trabalho para os índios se tratava da  mita, regime que já era conhecido e praticado pelos Incas e Astecas (coatequilt). Deste modo, os espanhóis fizeram uso do sistema de  mita já existente que por sua vez consistia em um rodízio que enviava um grupo de  mitayos por cerca de seis ou doze meses para as minas e depois eram substituídos por outros grupos, apesar de muitos  mitayos jamais retornarem. Em oposição a esta forma de trabalho na América Espanhola temos a mão-de-obra escrava usada na extração de minérios na colônia brasileira, a mesma se fez presente ao longo  de todo o processo da economia mineira tanto no ciclo do ouro quanto do diamante. Estes cativos foram introduzidos “introduzidos principalmente pelos difíceis caminhos do sertão vizinho da Bahia, através do porto do Rio de Janeiro e do Caminho das Minas” (OILIAM, 1993, p.44) além da vinda predominante de grupos africanos específicos como os Bantu e Mina. Entretanto com a extração de metais preciosos ocorreu um deslocamento de mão-de-obra indígena (mitayos) na América espanhola e de escravos na América portuguesa das regiões responsáveis pela produção agrícola em direção as regiões mineradoras, isto resultou num déficit de gêneros alimentícios, justamente para aquela população urbana que se constituía em torno destas zonas mineiras, nos dois casos Potosí e Minas Gerais. Outra característica que podemos atenuar é que em ambos os processos de mineração as condições de trabalho resultaram em fortes índices de mortes da mão-de-obra indígena e escrava, por motivos que vão desde doenças até desmoronamento das minas. Também é possível perceber um movimento semelhante por parte da mão-de-obra na América espanhola e portuguesa uma que vez que nesta primeira a  mita levo a muitos mitayos comprarem sua saída da minas com seus  curacas ou aos empregados, o que chegava a alguns casos ser vantajoso, já que a quantia que os  mitayos pagavam para evitar o regime de trabalho era maior que o valor da prata por eles produzidos. No caso da escravidão das Minas Gerais, temos uma ampliação das perspectivas de ascensão do escravo e também de liberdade do trabalho nas minas, por meio das alforrias que cresceram consideravelmente neste período. (Fonte: Maria Lúcia Bezerra da Silva Alexande   http://migre.me/gKuef)

 

Uma breve história das Entradas e Bandeiras (Transcrição)

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As entradas de Martim Afonso de Sousa (1530-1532)
"As primeiras expedições lusitanas, baseadas em provas incontrastáveis, na fase inicial de nossa História, e em demanda do interior, com o fito de descobrimento de minas ou com outro intuito, devem-se à arma de Martim Afonso de Sousa, e foram em número de três". (MAGALHÃES, 1978, p. 17).


Martim Afonso de Sousa
Martim Afonso de Sousa (1490/1500-1571) embora fosse de descendência bastarda do rei Afonso III de Portugal, Martim se tornara um respeitado nobre e militar do reino. Atuou em expedições em África, nas Índias e no Brasil. Assumiu cargos importantes, incluindo o cargo de governador da Índia entre 1542 e 1545. Em 1530, Martim fora enviado ao Brasil no comando de quatro naus e cerca de quatrocentos homens no intuito de realizar entradas a fim de procurarem por sinais de riquezas minerais. Os relatos de sua missão foram escritor pelo seu irmão Pero Lopes de Sousa (1497-1539) o qual escrevera o Diário da navegação da Armada que foi à terra do Brasil em 1530. Pelos relatos dados por Pero, em 30 de abril de 1531 a expedição aportou na baía de Guanabara, onde Martim ordenou que quatro marujos fossem explorar a região, os mesmos num prazo de 60 dias percorreram 23 léguas. Porém, o relato de Pero aponta o contrário e de certa forma um tanto exagerado. Pero Lopes diz que os quatro marujos teriam percorrido 230 léguas em dois meses, onde teriam encontrado um "rei indígena" o qual os acompanhou na viagem de volta, entregando para o capitão cristais, e dizendo que havia ouro e prata no rio de nome Paraguai.
O problema desta história como aponta Magalhães é que ela pouco improvável. O historiador Derby chegou a dizer que se essa distância tenha sido realmente percorrida que é pouco provável, os quatro portugueses teriam chegado no que hoje é o estado de Minas Gerais. Acerca dos cristais, estes provavelmente foram cristais de quartzo, mas o problema reside acerca do rio Paraguai, pois essa região ainda estava sendo explorada pelos espanhóis e os portugueses naquela época sabiam muito pouco a respeito. Provavelmente Pero Lopes ou se equivocara com o nome do rio ou apenas mencionou um suposto boato.
"Duvidamos muito de que quatro portugueses, sem guias indígenas (exceto na volta) e sem intérprete, se houvessem aventurado a um embrenhamento tão profundo e nosso hinterland. Não é brincadeira palmilhar no curto espaço de 60 dias, 130 léguas sobre serras matagosas e 100 em região campestre, logo após a estação das águas". (MAGALHÃES, 1978, p. 17).
(Fonte:Blog Seguindo os Passos da História  http://migre.me/gKt7B
).
Observação: Não foram percorridas somente 23 Léguas.  Mas algo em torno de  um pouco mais que 100 Léguas.

sábado, 23 de novembro de 2013

Saiba mais sobre a primeira mina de ouro do Brasil (Transcriçao)

O pico do Jaraguá, na zona oeste de São Paulo, já foi o lugar que recebeu as antenas de TV da cidade. Muito antes disso, era o cenário da primeira mina de ouro do Brasil colônia. A exploração do minério chegou ao extremo sul do país quase dois séculos antes de descobrirem metais preciosos e diamantes na futura Minas Gerais. Texto Marcus Lopes | Ilustração Eduardo Belga | 05/12/2012 16h40.
A busca pelo ouro e outras riquezas minerais norteou as primeiras aventuras ibéricas no Novo Mundo. Na carta enviada ao rei de Portugal informando sobre o descobrimento do Brasil, Pero Vaz de Caminha lamentava o fato de não ter encontrado ouro ou prata nas novas terras. Anos depois, o governador-geral Martim Afonso de Sousa enviou expedições mata adentro em busca de metais e pedras preciosas. Sem sucesso. Mais sorte deram os espanhóis, que acharam prata no Peru, em 1545. No Brasil, as boas notícias só começaram após o início da colonização do planalto. As primeiras descobertas de ouro não foram em Minas Gerais, mas no Pico do Jaraguá, em São Paulo. Conhecido por ser o ponto mais alto da região metropolitana, com 1 135 m de altitude (o que justifica as antigas antenas de televisão espetadas no cume), hoje as pessoas escalam o morro em busca de um mirante para ver a paisagem da capital paulista. No final do século 16, porém, elas eram atraídas por outra beleza: a do ouro.


Muito antes do ciclo do ouro ocorrido em Minas Gerais, no século 18, o Jaraguá atiçava a cobiça dos mineradores por abrigar jazidas do minério. Não só ali, mas em outros pontos da atual Grande São Paulo, como a Serra da Cantareira, Guarulhos e Santana de Parnaíba. No Ribeirão das Lavras, região onde séculos depois seria construído o Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica), havia um garimpo que funcionou até o século 19. Depois, os exploradores foram descendo pelo Vale do Ribeira em direção a Paranaguá, no Paraná, e ao norte catarinense. "Onde havia aldeias de índios geralmente havia ouro por perto", explica o arquiteto e historiador Nestor Goulart Reis, professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, que catalogou 150 minas de ouro localizadas entre São Paulo e o norte de Santa Catarina. Para dar conta da movimentação e evitar a sonegação de impostos, no final do século 17, havia três casas de fundição nas capitanias do sul: em São Paulo, Iguape e Paranaguá. Fundadas pela Coroa portuguesa, as casas de fundição eram as responsáveis pela cobrança do "quinto" ¿ o imposto sobre a mineração do ouro. Apenas em terras paulistas foram extraídas 4 650 arrobas de ouro entre 1600 e 1820. É pouco se comparadas às 35,8 mil arrobas produzidas em Minas Gerais entre 1700 e 1820. Mas, se não ganharam em quantidade, os paulistas podem se orgulhar de abrigar as primeiras minas para a exploração do minério na colônia.
"A mineração no Brasil começou em São Paulo, e não em Minas Gerais", explica Goulart Reis. Os primeiros registros sobre o minério começaram logo após a fundação de São Vicente, em 1532. Em cartas à Lisboa, os padres jesuítas relatavam a existência da "itaberaba" (pedra que brilha, em tupi), que os índios traziam do planalto para o litoral. O corsário inglês Thomaz Cavendish, que atacou São Vicente em 1588 e 1591, teria recebido "itaberabas" que os índios trouxeram da Mutinga, local junto ao Rio Tietê, próximo do Morro do Jaraguá. Registros mais consistentes surgiram entre o fim do século 16 e o começo do 17. Em 1604, o garimpeiro sertanista Clemente Álvares informou à Câmara da Vila de São Paulo que desde 1592 vinha explorando ouro nas regiões do Jaraguá e Cantareira. Em 1604, o mercador português Afonso Sardinha, o Velho, declarou, em seu testamento, 800 mil cruzados em ouro em pó (enterrados em botelhas de barro). Já em 1599, época da união ibérica entre Portugal e Espanha, o governador-geral do Brasil, dom Francisco de Sousa, por ordem da Coroa espanhola, passou um período na vila de São Paulo, atraído por notícias de ouro e ferro na região. "O que poderia levar um governador-geral a trocar uma cidade como Salvador, que já tinha 10 mil habitantes, por um lugar que possuía 180 habitantes, entre portugueses e mestiços?", indaga Goulart Reis, que até o fim do ano lançará o livro As Minas de Ouro e a Formação das Capitanias do Sul. Ao explorar o processo de mineração nas capitanias de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre os séculos 16 e 19, o pesquisador trouxe à tona informações pouco conhecidas do público e dos próprios historiadores.



Os jesuítas, por exemplo, foram donos de minas de ouro descobertas em fazendas da Companhia de Jesus em São Miguel Paulista, Santo Amaro e Embu-Guaçu. As lavras nesses locais foram abandonadas após a expulsão dos jesuítas pelo marquês de Pombal, em 1759. A mão de obra utilizada nas lavras das capitanias do sul era a indígena, que usava métodos rudimentares de mineração, como o bateiamento. Porém, com uma novidade: eram assalariados. "Essa ideia de que todo índio era escravo é mentira", diz Reis. O pagamento era feito com utensílios de ferro (anzóis, enxadas e machadinhas), novidade trazida pelos portugueses. Junto com a exploração do ouro surgiu outra atividade econômica importante na São Paulo seiscentista: a busca por ferro. "Desde os primeiros tempos da colonização houve em São Paulo uma atividade mineradora constante, e não foi só de ouro", explica o jornalista Jorge Caldeira, autor de O Banqueiro do Sertão. No livro, Caldeira conta a trajetória do padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), um negociante paulista que emprestava dinheiro aos exploradores do ouro e virou banqueiro.
Filho de um industrial da época, também chamado Guilherme Pompeu de Almeida, o padre almejava um posto na Companhia de Jesus, mas casou-se com uma índia e virou um dos maiores capitalistas da época. Para ter uma ideia da riqueza, em sua casa em Araçariguama, nos arredores de Santana de Parnaíba, havia 100 camas para abrigar os hóspedes, cada uma com um penico de prata embaixo.
Segundo Caldeira, a febre do ouro no sul do Brasil ainda é pouco conhecida. "Estuda-se pouco o período e com certo preconceito", diz. Ele cita a ideia de que São Paulo era, no século 17, uma capitania pobre, com comércio ralo e praticamente desabitada. "Havia uma economia dinâmica e um mercado interno importante", diz Caldeira, citando o pai do padre Guilherme, dono de uma fundição na região conhecida como Morro do Voturuna, em Santana de Parnaíba. "Ele produziu ferro em escala suficiente pra tornar-se um dos homens mais ricos de São Paulo sem nunca ter de exportar nada, atendendo apenas ao mercado interno e, eventualmente, ao Rio de Janeiro". Já o filho padre deixou em testamento para os jesuítas uma fortuna que incluía 115 kg de prata. Goulart Reis concorda com Caldeira: "Em 1700, as capitanias do sul possuíam a mesma quantidade de vilas e cidades do norte, que englobava a Bahia e Pernambuco". "Isso se deve à mineração, ao trigo e ao comércio." Em dois anos de pesquisas, Reis cruzou informações e transportou para o livro dados curiosos: o nome Bonsucesso, por exemplo, só aparecia em áreas de mineração. É o caso do bairro com esse nome em Guarulhos. A partir de 1697, com a descoberta de lavras em Minas Gerais, a mineração no sul começou a entrar em decadência. "Decaiu, mas não acabou", diz Goulart Reis, citando minas ativas no Vale do Ribeira e no entorno de Curitiba até o fim do século 18. No Jaraguá e na Cantareira, o garimpo ocorreu até o começo do século 19, assim como no interior do Rio Grande do Sul. (Fonte: http://migre.me/gKmL1)
Nota: Entre outras considerações, ainda que não tenha sido feito referência no texto,  deve se ter em conta a constatação histórica, quanto ao ouro encontrado na Serra de Jaguamimbaba por Afonso Sardinha o Velho, quando então temos: "Em 1604, o mercador português Afonso Sardinha, o Velho, declarou, em seu testamento, 800 mil cruzados em ouro em pó (enterrados em botelhas de barro).  No que diz respeito a referida Serra de Jaguamimbaba, resta absurdo o entendimento prevalecente no que tange a localização do relevo, como sendo em Guarulhos-SP. Ao mesmo tempo que, reconhecidamente o citado relevo, Jaguamimbaba, seja identificado como topônimo relacionado ao lado Paulista da Serra da Mantiqueira, enquanto, "Amantiqueira" descrição da época, se constituía no lado Mineiro.  Nestas condições estamos falando respectivamente  do lado paulista e mineiro da Serra em questão.  Restando impossível em definitivo, cogitar de qualquer relação designativa de Serra da Mantiqueira, em especial Serra de Jaguamimbaba,  com a cidade de Guarulhos. Ademais, parafraseando, em 1599, época da união ibérica entre Portugal e Espanha, o governador-geral do Brasil, dom Francisco de Sousa, por ordem da Coroa espanhola, ao passar um período na vila de São Paulo, foi por estar atraído por notícias de ouro e ferro na região, quando então temos comprovado que a expedição de Andre de Leão enviada ao Sertão,  entrou pelo Vale do Paraíba, transpondo a Serra da Manqueiira, entrando pelo alto Sapucaí, via Alto da Serra, espaço colonial de Piquete, lado paulista, (Serra de Jaguamimbaba),  seguindo pela localidade reconhecida como sendo a região  da Minas de Itajubá, (Serra da Mantiqueira),  lado Mineiro. Ou Afonso Sardinha o Velho não realizou suas incursões submetido as ordem do mesmo governador-geral do Brasil à época.  Em definitivo,  não sem tempo, faz-se necessário lebrar, a cronologia da mineração no Brasil, isto é, em 1595. foi organizada a primeira expedição ao interior do Brasil à procura de ouro, até a bacia do Rio Sapucaí, a partir de Parati, em incursão de Martim de Sá" (fonte:Brasil - Geologia, Recursos Minerais, Hidricos e Mineração http://migre.me/gKpmY).
Obs: A atividade siderúgica conincidiu com o governo de D. Francisco de Souza, sétimo Governador Geral do Brasil, depois nomeado, em 1608, governador e capitão-geral das Capitanias do Sul (Espirito Santo, Rio de Janeiro, e São Vicente) e Superintendente das Minas. (Varela, Alves Gonçalves, Atividade científica na "Bela e Bárbara" Capitania de São Paulo (1796-1823 - São Paulo,2009, p 142.

sábado, 16 de novembro de 2013

Avaliação Técnica e Histórica das Enchentes em Itajubá - MG (Transcrição)

2.2 - Um pouco da história do Rio Sapucaí e de Itajubá De acordo com MORAES (2003), a primeira informação da existência do Rio Sapucaí foi em 1530, mas somente em 1596 se deu de fato o conhecimento e o descobrimento do rio pelo sertanista João Pereira Botafogo, no local abaixo de Carmo do Rio Claro. Outros se vangloriaram em ser os primeiros a pisarem nas barrancas do Rio Sapucaí, assim relacionados: 1597 - Martim de Sá, Afonso Sardinha e Antony Knivet; 1681 - D. Rodrigo de Costa Branco; 1692 - Bartolomeu da Cunha; 1695 - aventureiros paulistas; no século XVII- Diogo Gonçalves Laço e Francisco  Proença; 1723 - Padre João da Silva Coualo; 1737 - Cypriano José Rocha. A história do rio Sapucaí deixa uma pergunta, quanto ao seu descobrimento: O rio Sapucaí foi descoberto de montante para a jusante ou de jusante para a montante? As citações históricas deixam esta dúvida. Ainda de acordo com MORAES (2003), esta dúvida se dá em função do relato do documento de Cypriano José da Rocha, após 141 anos do descobrimento feito por João Pereira Botafogo, no qual ele informava ao  Governador interino da Capitania, Sr. Maninho de Mendonça de Pina e Proença, o seguinte: "O rio Sapucaí, só conhecido pela tradição dos antigos paulistas, fiz descobrir pelos sertões destas minas, por diligências e despesas minhas, até que pessoalmente vi as suas margens e passei em canoa que mandei fazer. O rio abundante de águas, maior em muitas partes que o Rio Grande, porém de vagarosa corrente. Mandei explorá-lo para as suas cabeceiras, acharam disposições de ouro e também me informaram que navegando três dias comunicaram com as minas de Itagyba 2." (MORAES – 2003) “O fato de Cypriano José Rocha ter se feito descobridor do rio Sapucaí não invalida a presença e o conhecimento dos paulistas de TaubatéGuaratinguetá e de outras cidades, nas margens desse rio. Um documento de 1695 relata que "a três ou quatro dias de viagem deve estar o rio Sapucaí e descendo a dita vila de Guaratinguetá, tomando a estrada Real do sertão, dez dias de jornada para o norte da Amantiquira, quadrilheira do mesmo Sapucaí.” (MORAES – 2003) Voltando ao ano de 1597 e, após o descobrimento do rio, começaram os aventureiros, bandeiras e outros a procurar pedras preciosas, ouro e outras oportunidades para enriquecimento. A expectativa do ouro nas cabeceiras dos rios Verde e Sapucaí motivaram muitas pessoas a integrarem bandeiras e uma delas se sobressaiu, a de Martins de Sá, que Juntamente com Antony Knivet, partindo do Rio de Janeiro passou por Parati, transpuseram a Serra da Mantiqueira, alcançara os altos dos campos, região hoje de Campos do Jordão. Ainda em 1597, Antônio Sardinha, junto com o alemão Glimmer, desceram a região do Sapucaí e vislumbraram a grandeza do rio e da região, fizeram diversos relatórios e documentários. Existe uma relação comparativa, no depoimento de Cypriano José Rocha, entre o rio Sapucaí e o rio Grande, fazendo-nos crer que o rio foi descoberto de baixo para cima, por meio da seguinte colocação: "É um rio abundante de águas, maior muitas partes que o rio Grande, porém de vagarosa corrente" (MORAES – 2003). A alguns lugares, ao longo do rio Sapucaí, chamavam de 'BRAÇO FORTE', e este nome era dado em virtude do rio ser mais largo, mais profundo e portador de maior quantidade de águas que o Rio Grande, tornando-o mais importante. Em alguns lugares, o rio era chamado de SAPUCAY GRANDE, que era para diferenciar do rio Sapucaí-Mirim. A presença de entradas e bandeirantes e aventureiros paulistas, que adentraram no Sul de Minas, em particular a vistas da tão decantada minas de Itagyba que começava a impressionar, por causa do ouro existentes em suas paragens, se dava pelos caminhos de Guaratinguetá (por cima, pela serra da Amantiquira) e por baixo, pelo rio Sapucaí. Por volta de 1700, o rio era muito conhecido e a febre do ouro contaminava os paulistas. Os caminhos, picadas e matas intransponíveis tomavam o rio a única entrada e saída da região: por conseguinte, houve a implantação de taxas de direito de passagens pelos rios Verde, Sapucaí e Piranguinho, tornando esta tributação muito rendosa para os poderes constituídos. Apontamentos existentes na Prefeitura de Campanha-MG, indicam que o Rio Sapucaí era bastante usado para transportar ouro das minas de Itagyba (Delfim Moreira) para a cidade de Buenos Aires, na Argentina. Muitos boatos circulavam, por conta dos aventureiros paulistas, que insinuavam que as minas do Itagyba estavam se exaurindo; por outro lado, contavam glórias da quantidade de ouro destas.  O desvio do ouro de Soledade de Itajubá3, a evasão de impostos e a proibição do governo de São Paulo que impedia os mineiros de trabalhar nas lavras do Sul de Minas, por questões limítrofes, motivaram a presença do ouvidor Cypriano José Rocha. Em janeiro de 1819, tomou posse no cargo de vigário de Delfim Moreira (então Soledade de Itajubá) o Padre Lourenço da Costa Moreira. Encontrou o arraial em plena decadência. O ouro já estava extinto nos garimpos e nas catas, não se pensava mais em mineração. Além disso, não gostou da topografia e do clima do lugar e expôs que a má localização da aldeia era desfavorável ao seu desenvolvimento. Convidou seus paroquianos a descerem a serra, rumo ao Sapucaí, à procura de um lugar aprazível e de melhores condições para nele instalar nova capela. Cerca de 80 famílias aceitaram o convite do pastor e, na manhã de 18 de março de 1819, puseram-se todos a caminho. Fonte: http://migre.me/gE7xg
 O rio Sapucaí foi descoberto de montante para a jusante ou de jusante para a montante? De montante para a jusante a partir do Alto da Serra, espaço colonial de Piquete-SP, quando então alcançava-se a localidade de Solidade de Itajubá, região compreendida hoje pelos Muncipios de Marmelópolis-MG e Delfim Moreira-MG. Pssagem  designada ainda como desfiladeiro de Itajubá, Garganta do Sapucapi, Caminho Geral do  Sertão. Fonte: http://migre.me/gE81R

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Visitantes do Brasil colonial (séculos XVI-XVIII) (1933)

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Pedro Taques (irmão único de D. Francisca Taques) passou ao Brasil feito secretário deste Estado, em companhia de D. Francisco de Souza, sétimo governador-geral do mesmo Estado em 1591. Depois de residir na cidade da Bahia até 1598, teve D. Francisco de Souza ordem de El-Rei Felipe de Castela para passar a São Paulo a fazer entabular as novas minas de ouro, que já os paulistas Afonso Sardinha e Pedro Sardinha, seu filho, haviam descoberto em 1597 na serra de Jaguamimbaba (hoje se conhece pela nomenclatura de Mantiqueira), e na de Jaragoá e Vuturuna; e com efeito se achou D. Francisco de Souza em São Paulo em novembro de 1599 e com ele o secretário Pedro Taques. Fonte: http://migre.me/gDQoB
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TRANSMANTIQUEIRA - Pablo Bucciaelli e Pedro Alex

Arte: Elias Luiz
 Fonte: http://migre.me/gDIqB
Observação: O mapa do caminho do ouro em um camparativo com o Mapa da rota transmantiqueira, possibilita entender o traçado do caminho de transposição da Serra da Mantiqueira, pelo desfiladeiro de Itajubá, Garganta do Sapucai, Alto da Serra de Jaguamimbaba,  a Partir de Piquete-SP, (latitude 22° 36' 50" S 45° 10' 33") entrando por Marmelópolis-MG (latitude 22° 26' 56" S 45° 09' 54" ), que segue em direção a Virginea-MG, (latitude 22° 19' 58" S 45° 05' 31")
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Rotas de tropeiros


Fonte: http://abrasoffaong.blogspot.com.br/2011/06/tropeiros-da-vacaria.html

MAPAS DE SANTOS
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais.

Interligando a Colônia A ação dos tropeiros no Brasil dos Séculos XVIII e XIX (Transcrição)

O centro produtor de muares
Inicialmente, a criação de mulas para carga se deu nas províncias hispânicas do Prata. Lá, havia já uma tradição na criação de tais animais visto que estes eram levados para os trabalhos nas minas de Potosí. Seguindo a tradição, o governo português utilizou-se disso para incentivar a ocupação de tão problemática região.
Disputada durante anos por guerras entre portugueses e espanhóis, após assinados os acordos de paz, o governo luso tratou de ocupar os terrenos dos atuais Estados do Sul. Assim, a criação de mulas, bois e cavalos em fazendas de núcleos familiares, mas de avantajados tamanhos, foi a solução ideal encontrada pelos governantes.

Conciliando tal necessidade, com a crescente procura por tais animais por parte da zona mineradora, foram criadas as condições ideais para o estabelecimento da cultura da pecuária nesta região. Sendo o ponto inicial das tropas, a mobilização na região começava nos meses de setembro e outubro, quando tais tropas subiam na direção norte aproveitando-se do regime das chuvas, que possibilitava a existência de excelentes pastos durante o caminho para os animais.
  
As grandes rotas  

Os caminhos das tropas foram se tornando gradativamente rotas de passagem e comércio 
"Cada ano subiam do Rio Grande do Sul dezenas de milhares de mulas, as quais constituíam a principal fonte de renda da região. Esses animais se concentravam na região de São Paulo onde, em grandes feiras, eram distribuídos aos compradores que provinham de diferentes regiões. Deste modo, a economia mineira, através de seus efeitos indiretos, permitiu que se articulassem as diferentes regiões do sul do país" (FURTADO, 1979).
Em 1733, passa a primeira tropa de mulas por São Paulo em direção às Minas Gerais. A partir desta data, este é um movimento incessante até aproximadamente 1875, quando as estradas de ferro finalmente suprimem o transporte por mulas nesta região do Brasil.
Fonte:Gabriel Passetti http://www.klepsidra.net/klepsidra4/tropeiros.html
Mapa do caminho do ouro, (caminho dos Tropeiros),  via Registro (Piquete), Conceição do Embaú (Cruzeiro)

domingo, 10 de novembro de 2013

Interligando a Colônia A ação dos tropeiros no Brasil dos Séculos XVIII e XIX (Transcrição)


Mapa da articulação econômica da Colônia em torno da mineração Decadência e renascimento
Tanto as Minas Gerais quanto São Paulo tiveram períodos de glória no século XVIII, decaíram e depois renasceram. Nas Minas, depois do final da era do ouro e dos diamantes, quando não mais era economicamente viável a extração do metal e da pedra preciosa, a região passou a se dedicar intensamente à agricultura e à pecuária.
Tais mudanças foram ocorrendo gradativamente de modo que não interferiram profundamente na ordem social vigente. À medida em que as lavras de ouro foram se fechando, o governo lusitano foi concedendo sesmarias com a obrigação da utilização na pecuária. Desta forma, após a decadência da mineração, a zona das Minas Gerais tornou-se um importante centro agro-pecuário do Brasil, apesar de suas "cidades históricas" não terem mantido a importância que tiveram e terem se estagnado econômica, política, social e culturalmente. Já para São Paulo, foram duas as experiência traumáticas: a derrota na Guerra dos Emboabas, quando perdeu-se o domínio das Minas Gerais tão procuradas; e quando houve a abertura do Caminho Novo juntando diretamente as Minas Gerais como Rio de Janeiro.
Em ambos os casos, a população paulista manteve seu poderio econômico. São Paulo permaneceu sendo o entreposto entre as zonas criadoras e consumidoras de mulas, e também exerceu toda a influência que tinha perdido nas Minas Gerais sobre as minas de Goiás e Mato Grosso. No contato com estas zonas, existiu praticamente um monopólio paulista de comércio - via monções - e uso das lavras.
Posteriormente, com a decadência das minas goianas e mato-grossensses, São Paulo já havia conquistado o posto de principal centro econômico com a produção cafeeira e posteriormente com a produção industrial. (Fonte:http://www.klepsidra.net/klepsidra4/tropeiros.html
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AS COLÔNIAS ESPANHOLAS NA AMÉRICA


Fonte: http://navegandonoestudo.blogspot.com.br/2010/07/as-colonias-espanholas-na-america.html

História de São Paulo - Prof Claudio Recco
PRIMÓRDIOS
A expedição comandada por Martin Afonso de Souza partiu de Portugal em dezembro de 1530, com duas missões, percorrer o litoral brasileiro em busca de novas riquezas e iniciar a colonização das terras. No início de 1532 o grupo comandado por Martin Afonso chegou a São Vicente, onde pretendiam executar a última etapa de sua missão. Entre as diversas razões da escolha estão o clima, o fato de existirem portugueses na região - João Ramalho e Antonio Rodrigues - e ter-se iniciado uma tentativa para se atingir as minas de prata do Peru. (Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=745)

A PRÉ-HISTÓRIA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA (Transcrição)

ABERTURA E DESENVOLVIMENTO DA PICADA
O caminho para Goiás teve o seu início marcadamente em 1733, cuja “Revista do Arquivo Público Mineiro” (Ano IX, fascs. 3 e 4, pgs. 875-879) diz, através de requerimento dos moradores de S. Domingos de Araxá: “Abrirão uma picada para Goiás, a qual assim ficou chamando”. Este era o caminho novo, dando continuidade ao caminho novo que nos é traçado por Antenil, dá que o caminho velho era o que saía das Minas de Sabará, passando por Pitangui e seguindo daí até a serra da Saudade e Paracatu. Dava-se muita volta, por isso, em 1736 foi permitida a abertura de um outro caminho partindo de Pitangui a Paracatu – buscando um desvio para encurtamento da distância. Temos que levar em conta que em 1733 fora proibida a abertura de caminhos, com exceção feita à picada nova para Goiás. Era grande o interesse pela abertura do caminho, tanto da parte dos sertanistas que investiam na busca de sesmarias, quanto dos mineiros que regorgitavam pela cata do ouro e pedras preciosas. Existia o caminho velho que obrigava a quem saísse de São João Del Rei a dar a volta até as Minas de Ouro Preto e Sabará, para depois seguir viagem a Goiás; aí então é que se deu início à obra. Depois de se conscientizar da necessidade de uma via direta do Rio de Janeiro ou São Paulo a Goiás, é que aconteceram as várias sociedades construtoras do caminho. Ignácio Pamploma, em correspondência oficial, já dizia ao governador de Minas, “que tantas eram as picadas e a tudo iam chamando de picada de Goiás”. E entre esses caminhos que atravessavam a picada, havia um que saindo de Brumado, passava por Oliveira, desviava a Candeias e findava em Piui (Seg, mapa geográfico de José Joaquim da Rocha, de 1778).
No caminho da picada, a tortuosidade, contudo, ia imperando à medida que novas descobertas iam surgindo: agarrado a São Francisco de Paula, Tamanduá, com a cata que deu origem à cidade de Itapecerica e para ali mais tarde foi feito um desvio, mas a descoberta mais importante para a fundação da capela de São Francisco de Paula, foi Piui, como veremos. Daí em diante, cada vez que surgisse um interesse desviante e abrisse uma encruzilhada, o destino era sempre Goiás. É que a picaca, se por um lado levava a evolução a um determinado lugarejo, simples povoado, por entre, deixava a desolação e o despovoamento a muitos outros. – daí os desvios. Havia, é lógico, muitas encruzilhadas que eram feitas por necessidade e não por interesse. Mas com a intensa movimentação e povoação na picada, os índios cataguases foram sendo empurrados cada vez mais para limites outros, distantes de suas antigas aldeias, até que se curvassem ante a imposição civilizadora e se convertessem ao “cristianismo”. Mas, por outro lado, cresciam os quilombos, amancebavam-se os negros com o crime, como no Quilombo Grande de Ambrósio, que por sua vez ficava à margem da picada, próximo a Ibiá. O viajante além de correr os riscos máximos da intempérie, os acidentes topográficos ou geográficos, os animais ferozes, os índios revoltados contra a injunção dos brancos, os assaltantes de estrada (geralmente negros e mulatos) e, principalmente, das febres palustres – tinha ainda a atormentar-lhe os quilombolas pelos caminhos. Apesar de tantos entraves, o caminho continuou, as povoações floresceram e os colonizadores seguiram o rumo da evolução. E eram tantos os quilombos que diversas expedições foram enviadas para destruí-los, principalmente o Quilombo Grande.
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 Fonte:"Daqui de Pitangui"  http://daquidepitangui.blogspot.com.br/2011/04/estrada-real-de-pitangui-em-breve.html
 IBIDEM

Parafraseando: Esse é um mapa da Estrada Real de Minas via direta do Rio de Janeiro ou São Paulo até a Região do Rio das Mortes, São João Del Rei e Tiradentes, dai para Goiás. Sendo certo que após a transposição da divisa entre São Paulo e Minas via Alto da Serra espaço colonial de Piquete, entrava-se pelo território de Marmelópolis-MG.
Parafraseando: Esse é um mapa de Santos de 1776, informando as  vias diretas do Rio de Janeiro ou São Paulo para Goias; a) Entrando  pelo Vale do Paraíba, caminho dos paulistas, via, Alto da Serra (espaço colonial de Piquete) entrando por Marmelópolis-MG, seguia-se até a Região do Rio das Mortes, São João Del Rei e Tiradentes b) Vindo do Rio de Janeiro, após Registro (Piquete-SP) seguindo pelo Vale do Embau, passando pela Vila de Conceição do Embaú, entrando pela garganta do mesmo nome,  até a Região do Rio das Mortes, São João Del Rei e Tiradentes; c) Pelo  caminho de São Paulo, via São João de Atibaia d) Pelo caminho de São Paulo via Mogi das Cruzes.


Jaguamimbaba

Jaguamimbaba, que em tupi quer dizer "onça parda", é como era conhecida entre os nativos brasileiros a porção paulista da Serra da Mantiqueira. O lado mineiro era conhecido como "amanti-kir", que quer dizer, "serra que chora" ou "nuvem que rola", nome que deu origem à atual denominação da serra.
Desde 1597 foi encontrado e explorado o ouro de aluvião, nos riachos da serra, um século antes das grandes descobertas em Cataguases, Cuiabá e Goiás pelos bandeirantes.1(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jaguamimbaba)
Pico do Meia Lua - Garganta do Sapucai - Desfiladeiro de Itajubá - Espaço Colonial de Piquete-SP, Serra de Jaguamimbaba.
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BRASIL : CRONOLOGIA DE 500 ANOS DE MINERAÇÃO               
1595. Organizada a primeira expedição ao interior do Brasil à procura de ouro, até a bacia do Rio Sapucaí, a partir de Parati, em incursão de Martim de Sá. 1597. Primeira tentativa de produção de ferro em escala comercial, em Araçoiaba, por Afonso Sardinha Filho.
(Fonte: http://www.geologiadobrasil.com.br/1494_1803.html) 
 
 
 

domingo, 3 de novembro de 2013

Rota da Liberdade (Transcrição)

Piquete, Guaratinguetá e Cunha fazem parte do roteiro chamado Cultura Afro-brasileira e Caminho do Ouro. Aqui, a intenção é mostrar a expansão cultural negra e também como eram as reações em virtude da presença do negro nos caminhos do ouro. Em Cunha, por exemplo, os guias levam os turistas pelo chamado Caminho da Estrada Real.
Sociedade Escravista e Economia Cafeeira é o nome do quinto roteiro da Rota da Liberdade. Durante três dias, são feitas visitas às cidades de Piquete, São José do Barreiro e Bananal. Nesta viagem, os turistas se aprofundam mais sobre os aspectos da religiosidade afro-brasileiro e a presença cada vez mais forte na economia cafeeira. Fonte: http://migre.me/gwa5C
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Pico do Meia Lua - Alta da Serra -  Caminho Geral do Sertão

Caminho Velho (Transcrição)


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Do mar às minas, ele soma 630 quilômetros. Parte de Paraty, passa pela Serra da Mantiqueira, pelo Circuito das Águas, por antigas vilas transformadas em cidades de médio porte e grande potencial turístico. A parada final é Ouro Preto, ponto central da Estrada Real. Com muitas histórias para contar, o Caminho Velho foi a primeira via aberta oficialmente pela Coroa Portuguesa para o tráfego entre o litoral fluminense e a região mineradora.
Mais de trezentos anos depois dessa história, as 86 cidades que compõem o eixo principal do Caminho Velho resgatam para o turista a possibilidade de viver boas experiências. São localidades que aliam a cultura típica de Minas Gerais, um combinado entre as raízes indígenas, africanas e europeias.
Essa riqueza é responsável por atrativos como a arquitetura única de Ouro Preto, a gastronomia reconhecida internacionalmente de Tiradentes, as grandes estâncias hidrominerais do Circuito das Águas e a cultura latente de Paraty. Muito mais que destinos enquadrados em estilos de turismo, o Caminho Velho conta com uma cultural que encanta os turistas. Da rota de charme à aventureira, há atrativos e caminhos para todos os gostos e, o que dizer do po do sol na mística de Montanha de São Tomé das Letras?
Cidades que compõem o Caminho Velho
Aiuruoca,MG - Alagoa,MG - Andrelândia,MG - Aparecida,SP - Arapeí,SP - Areias,SP - Bananal,SP - Baependi,MG - Barroso, MG - Belo Vale,MG - Cachoeira Paulista,SP - Cambuquira, MG - Campanha, MG - Canas, SP - Carmo de Minas,MG - Carrancas, MG - Casa Grande,MG - Caxambu,MG - Conceição da Barra de Minas,MG - Conceição do Rio Verde,MG - Congonhas, MG - Coronel Xavier Chaves,MG - Cristina,MG - Cruzeiro,SP - Cruzília, MG - Cunha,SP - Delfim Moreira,MG - Desterro de Entre Rios, MG - Dom Viçoso,MG - Dores de Campos,MG - Entre Rios de Minas,MG - Guaratinguetá,SP - Ibituruna,MG - Ingaí,MG - Itamonte,MG - Itanhandu,MG - Itutinga,MG - Jeceaba,MG - Jesuânia,MG - Lagoa Dourada,MG -Lagoinha,SP - Lambari,MG - Lavrinhas,SP - Lorena,SP - Luminárias,MG - Madre de Deus de Minas,MG - Marmelópolis,MG - Minduri,MG - Moeda,MG - Nazareno,MG - Olímpio Noronha,MG - Paraty,RJ - Passa Quatro, MG - Passa Tempo,MG - Pedralva,MG - Pequeri,MG - Piedade do Rio Grande,MG - Pindamonhangaba,SP - Piquete,SP - Potim,SP - Pouso Alto,MG - Prados,MG - Queluz,SP - Resende Costa,MG - Ritápolis,MG - Roseira,SP - Santa Cruz de Minas,MG - São Brás do Suaçuí,MG - São João del-Rei,MG - São José do Barreiro,SP - São Lourenço,MG - São Luiz do Paraitinga,SP - São Sebastião do Rio Verde,MG - São Tiago,MG - São Tomé das Letras,MG - São Vicente de Minas,MG - Seritinga,MG - Serranos,MG - Silveiras, SP - Soledade de Minas,MG - Taubaté,SP - Tiradentes,MG - Tremembé,SP - Três Corações,MG - Virgínia,MG - Wenceslau Braz,MG (Fonte: http://migre.me/gw8oq)
Caminho Geral do Sertão, Região de Fronteira da Serra da Mantiqueira: Registro (Piquete-SP), Marmalópolis-MG, Virginia-MG, Dom Viçoso-MG. Fonte: http://migre.me/gw8IE
 
Fonte do Mapa: sítio histórico-ecológico caminho do ouro - Paraty-RJ
Caminho Velho, Região de Fronteira da Serra da Mantiqueira: Registro (Piquete-SP); Conceição do Embaú (Cruzeiro-SP); Passa Vinte (Passa Quantro-MG); Pinheiros; Paouso Alto-MG  

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...