terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sítio Histórico - Ecológico Caminho do Ouro - O Trajeto

Trajeto Guaratinguetá - Vila Rica - segundo descrição de Antonil (1711), mapa realizado a mando do quarto Capitão General e governador das Minas Luiz diogo Lobo da Silva (entre 1763 e 1768) e Affonso de Taunay (1927).
Guaratinguetá - saída
Guaipacaré - (depois Vila de Nossa Senhora da Piedade, hoje Lorena onde ficavam as famosas roças de Garcia Rodrigues)
Registro - (Piquete)
Conceição do Embaú - (atual Cruzeiro?)
Passa Vinte - (atual Passa Quatro?)
Pinheirinhos
Pouso Alto
Rio Verde - (atual Conceição do Rio Verde?)
Boa Vista -( Perto de onde hoje está Caxambu)
Ingaí - (bifurcação existente na estrada atualmente em Cruzília - corruptela de encruzilhada - leva a esta cidade - mencionada por Antonil)
Grambú - (atual Santana do Garambeú?)
Rio Grande - (atual Piedade do Rio Grande?)
São José Del Rei - (ou S. J. do Rio das Mortes - atual Tiradentes)
Bixinho - (pequeno povoado, atualmente distrito de Tiradentes)
Prados
Lagoa Dourada
Tanque - (?)
Susuhi - (atual São Braz do Suasuí)
Congonhas
Ouro Branco
Ouro Preto - Chegada
Fonte:http://www.paraty.com.br/camou-cron.htm
Nota: Estrada Real de Minas,  cujo traçado, após a transposição  da divisa entre São Paulo e Minas, pelo Alto da Serra, Meia Lua, Garganta do Sapucaí adentra-se ao território de Marmelópolis. 
 Faz-se necessário esclarecer que o acesso a cidade de Passa Quatro davá-se via Registro (Piquete), percorrendo o Vale do Embaú, alcançando a Vila de Conceição do Embaú, em demanda da Garganta do Embaú transpondo a Serra,  pelo Registro da Mantiqueira.
Mapa do caminho http://www.cp2_parati.blogger.com.br/mapa.JPG
Quando André João Antonil na descrição do Roteiro do caminho da vila de São Paulo para as Minas Gerais e para o rio das Velhas, não faz referência a Pouso Alto, afirmando que "Dos Pinheiros se vai às estalagens do rio Verde .." "Daí caminhando três ou quatro dias, pouco mais ou menos, até ao jantar, se dá na afamada Boa Vista", não esta falando exatamente do Alto Sapucaí, cuja a descrição dos Pinheiros, aparcem no Roteiro de André de Leão na descrição de Grymmer?  Uma vez que no roteiro do caminho velho da cidade do Rio de Janeiro para as Minas Gerais dos Cataguás e do rio das Velhas, passando os ribeiros, "com oito dias mais de sol a sol, chegaram ao rio das Velhas" . Ou seja, em se tratando do caminho Velho, via Garganta do Embaú, passando os ribeiros não existe outra opção senão seguir em demanda dos rios das Velhas, não se havendo de cogitar em qualquer hipóses das paragem do Rio Verde? (Fonte Antonil, André João, Cultura e Opulência do Brasil Por suas Drogas e Minas,  Edusp - Editora da Universidade de São Paulo, 2007, pág. 256/262.)
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Parafraseando: Esse mapa  da Capitania de São Paulo de 1766, foi elaborado com particular atenção aos limites com  Minas Gerais, restando definitivamente esclarecido que existiam duas alternativas de caminhos, à partir do Núcleo Embrião de Piquete, via Alto da Serra, Gartanta do Sapucaí, desfiladeiro de Itajubá, hoje Bairo Boa Vista, (Meia Lua), e Conceição do Embaú. Todas as dúvidas surgidas na analises dos roteiros à partir da Vila da Piedade, resultam do desconhecimento do roteiro do Caminho Geral do Sertão, ou seja, em demanda do Alto Sapucaí. Caminho trilhado e identificado no que tange a toponímia Alto da Serra,  por Anthony Knivet em 1597 (montanha coberta de floresta), André de Leão em 1601 (Raiz do Monte), Padre Vigário João de Faria em 1695 (Amantiqueira Quadrilheira), em cujo ponto de travessia da referida, (via Alto da Serra), desembocando na região pertencente hoje a Marmelópolis-MG,  foi instalado o Registro de Itajubá.   Por uma questão de lógica, relativamente ao roteiro do caminho da vila de São Paulo para as Minas Gerais e para o rio das Velhas,  é possível chegar em três dias ao pé da Serra, não sendo necessário transpor os ribeiros antes e subir a serras sobreditas, isto é, somente se o Caminho  seguido for via Garganta do Sapucaí. Caso contrário estando no pé da Serra, no Bairro de Itabaquara, ponto de bifurcação dos caminhos, seguindo em demanda da Garganta do Embaú, nesse caso sim,  atravessa se o rio passa vinte e outros;  "e se sobe às serras sobredita; para passar as quais se descarregam as cavalgaduras pelos grandes riscos dos despenhadeiros que se encontram". Restando indubitável, mais uma vez que, estas dificultades estão relacionadas a Garganta do Embaú. ((Fonte Antonil, André João, Cultura e Opulência do Brasil Por suas Drogas e Minas, Edusp - Editora da Universidade de São Paulo, 2007, pág. 256/262.) 
 Bairro do Itabaquara, ponto de bifurcação dos caminhos.




GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...