sábado, 8 de outubro de 2011

(Transcrição) A TOPONÍMIA PARANAENSE NA ROTA DOS TROPEIROS: CAMINHO DAS MISSÕES E ESTRADA DE PALMAS1 Hélio Costa MOREIRA(UEL)2


3.1. Caminho das Tropas Com o advento do tropeirismo no Brasil, a partir de 1732, a atividade econômica mais lucrativa da época que tinha como finalidade a comercialização do gado oriundo da região Sul, conduzidos para as regiões de Sorocaba, de São Paulo e de Minas Gerais, surge a necessidade de abertura de caminhos por onde deveriam transitar os animais. Vários foram os caminhos abertos para passagem das tropas de animais: no litoral do Paraná – Estrada da Graciosa, Caminho do Itupava, Caminho do Arraial e a Estrada de Palmas –, e os caminhos que cortaram os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo – Caminho do Viamão e o Caminho das Missões. No estado do Rio Grande do Sul foram abertas outras variantes desses caminhos para atender regiões afastadas do seu curso principal. O professor Brasil Pinheiro Machado (1963) fez um traçado desses caminhos que serviu de orientação, no território paranaense, para desenvolvimento deste estudo (Anexo 1). Dentre os vários caminhos abertos, escolhemos o Caminho das Missões e a Estrada de Palmas para esta pesquisa. Dentre os 1.788 topônimos pesquisados nos municípios selecionados, 201 foram selecionados por se referirem direta ou indiretamente ao Tropeirismo, que estão relacionados nos Anexos 2 e 3 e que constituem o objeto de análise desta pesquisa.
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b) Locais de pernoite, descanso e engorda dos animais – incluem-se, neste campo, os topônimos que se referem aos locais escolhidos pelo tropeiro chefe para o descanso de homens e dos animais ao final do dia, depois de uma caminhada. Chamavam a essa parada de “bater-estaca”, como sinônimo de acampar, já que era costume, quando chegavam ao local determinado, fincar estacas onde eram amarrados os animais (GOULART, 1961, p. 149).

Fazem parte deste grupo os topônimos formados com as seguintes unidades lexicais:
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ix) piquete como designação de “pequeno potreiro que, perto de uma habitação, é usado para recolher os animais utilizados em serviços diários” (HOUAISS, 2001) apareceu em formação composta no topônimo povoado Piquete Velho (Ipiranga).
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xvii) tapera aparece no designativo ribeirão Tapera (Palmeira) com sentido de “residência ou fazenda, em ruínas, tomada pelo mato; qualquer local destruído, de mau aspecto” (HOUAISS, 2001), muito procurado pelos tropeiros que procuravam se abrigar do mau tempo e se proteger do orvalho e do frio nas noites de inverno.
c) Locais de passagem das tropas:
Veredinha, unidade lexical derivada de vereda que significa “caminho estreito, senda, sendeiro; caminho secundário pelo qual se chega mais rapidamente a um lugar; atalho” (HOUAISS, 2001). Ocorreu no corpus estudado casos de binomeação de topônimos córrego Manchorra ou Veredinha (Palmas e Coronel Domingos Soares).
Fonte: http://migre.me/5SjUf
Nota:                  
Nota: "........a certeza de se estar percorrendo do caminho certo" a)“bater-estaca”, como sinônimo de acampar, b) piquete: “pequeno potreiro que, perto de uma habitação, é usado para recolher os animais utilizados em serviços diários” c) Veredinha: "veredas das brumas das terras ermas" d) Tapera: "tapera de  indios"

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

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