5. ESTRUTURA DOS REGISTROS. O registro ficava, normalmente, numa
estrada regular, em um "vão de serra", "fecho de
morros" ou desfiladeiro, próximo a um curso de água, que além de
assegurar o abastecimento da repartição, retardava ou dificultava a
passagem dos contribuintes. Os caminhos clandestinos eram vedados e
vigiados por "guardas", postos com funções exclusivamente
repressoras. Aliás, a Coroa estabeleceu também "áreas
proibidas", entre as capitanias (especialmente nas fronteiras de
Minas Gerais), nas quais não era permitido o trânsito ou a residência
a quem quer que fosse. Restringia-se, assim, a possibilidade de
descaminho. O pessoal dos registros se compunha de um Administrador
(representante do Contratador), um Fiel (representante da Fazenda Real),
um Contador e dois ou quatro soldados. Os prédios consistiam na
"casa do registro", nas residências do fiel e do
administrador, no quartel dos soldados, num rancho para os tropeiros
contribuintes e num curral para os animais. A estrada era fechada por um
portão com cadeado. O equipamento era mínimo: livros contábeis,
cofre, balança com pesos, medidas para volumes, armas e utensílios domésticos
Registro - ITAJUBÁ
- Existiu nos arredores de Itajubá-MG, a sudoeste da vila, numa latitude de 22 graus e 36 minutos, durante o período de 1765 a 1820, pelo menos. Integrava o sistema de fiscalização e arrecadação das "entradas" em Minas Gerais, mas também tinha a função de permutar o ouro em pó por moeda. Na "Memórias Históricas da Capitania de Minas Gerais", escrita por volta de 1780, não se menciona "registro", mas uma simples "Guarda de Itajubá", guarnecida por um único soldado. O "Erário Régio", de Francisco Antônio Rabelo, porém, a ele se refere, com as datas de 1765 a 1767, e Teixeira Coelho também alude a ele em 1776. (FONTES : COELHO, in RIHGB, 15:410 - FONSECA, Contagem Perante a História, 48 - RAPM, 1897, 471 - A Coleção da Casa dos Contos de Ouro Preto, 201 e 267. - Códices da Casa dos Contos, 046).
Festa do Tropeiro em Piquete - 2011.
Registro - ITAJUBÁ
- Existiu nos arredores de Itajubá-MG, a sudoeste da vila, numa latitude de 22 graus e 36 minutos, durante o período de 1765 a 1820, pelo menos. Integrava o sistema de fiscalização e arrecadação das "entradas" em Minas Gerais, mas também tinha a função de permutar o ouro em pó por moeda. Na "Memórias Históricas da Capitania de Minas Gerais", escrita por volta de 1780, não se menciona "registro", mas uma simples "Guarda de Itajubá", guarnecida por um único soldado. O "Erário Régio", de Francisco Antônio Rabelo, porém, a ele se refere, com as datas de 1765 a 1767, e Teixeira Coelho também alude a ele em 1776. (FONTES : COELHO, in RIHGB, 15:410 - FONSECA, Contagem Perante a História, 48 - RAPM, 1897, 471 - A Coleção da Casa dos Contos de Ouro Preto, 201 e 267. - Códices da Casa dos Contos, 046).
Nota: O curral para animais nas proximidades dos Registro, são os denominados, piquetes, potreiros, mangueiros, construídos com os recursos disponíveis, tais como pedras para o fechamento, denominada no Sul como cerca de pedra. Utilizada também para definição de divisa. Se a toponímia cerca de pedra, deu origem as mais diversas designações, Piquete está contido nesta lista, no Sertão da Mantiquete, no Setão dos Indios Bravos, Área proibida. O regime cruel e violento que imperava de escravidão, não permite pensar em piquete como estacas, processo elaborado de contenção de animais uma evolução do sistema primitivo. As cercas de pedras foram construidas com sangue, suor e lácrimas do povo negro dessas paragens, durante o periodo colonial.
Origem da foto http://migre.me/5Dfab Festa do Tropeiro em Piquete - 2011.