terça-feira, 27 de setembro de 2011

Programa das Nações Unidas para O desenvolvimento - Reportagens - Estrada Real busca dobrar turismo até 2008 Para ampliar a visitação à rota histórica de Minas Gerais, projeto está estruturando uma rede de empresários em cinco pólos da região


Crédito: Instituto Estrada Real / Divulgação
     Conheça o projeto



ALAN INFANTE
da PrimaPagina
Um projeto que está estruturando uma rede de empresários em cinco pólos mineiros pretende melhorar a infra-estrutura turística e dobrar a visitação à Estrada Real — um trajeto histórico pelo qual era escoado o ouro das minas no século 18. A idéia é aproximar proprietários de empreendimentos como hotéis, restaurantes, operadoras de turismo e lojas de souvenirs para promover a cooperação, ajudá-los a aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos e a desenvolver pacotes voltados a novos públicos. A ação, que teve início em julho do ano passado, tem como meta elevar a taxa de ocupação dos hotéis na região de 30% para 60% até o final de 2008.
A iniciativa é resultado de uma parceria entre o IER (Instituto Estrada Real), o PNUD e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que pretendem investir US$ 3,4 milhões para consolidar as redes em alguns núcleos: Ouro Preto, São João Del Rei, Santa Bárbara, Serra do Cipó e Diamantina. Os locais foram escolhidos por se destacarem como os principais destinos turísticos da Estrada Real — que se estende por 1,4 mil quilômetros e passa por 177 municípios nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
A rede terá como objetivo assessorar os empresários a profissionalizarem a estrutura básica do turismo para que, posteriormente, eles tomem a frente das ações de melhoria, segundo Jean Pierre Sensevi, consultor do BID no projeto. “Vamos entregar a eles o básico para depois eles mesmos liderarem as ações. Queremos oferecer serviços de elaboração de sites, de central de reservas, para melhorar o atendimento”, afirma. De acordo com ele, a rede deve ganhar vida própria e servirá como um instrumento ao qual os empresários poderão recorrer quando precisarem de auxílio. “O empresário terá que pagar uma taxa para se tornar membro da rede e, a cada serviço que ele contratar, terá que pagar uma taxa”, adianta.
Um dos primeiros benefícios gerados pela rede deve ser o desenvolvimento de novos pacotes com vistas a atrair turistas de outras regiões. O projeto elaborou uma estratégia para que, em dois anos, a Estrada Real seja uma das opções de destino no mercado europeu, segundo Sensevi. “Quase ninguém conhece a Estrada Real, a não ser em Minas Gerais. Os visitantes vêm principalmente de Belo Horizonte e um pouco de Brasília”, diz. De acordo com ele, o plano é que, até julho deste ano, pacotes com viagens para a região sejam oferecidos em diversas partes do Brasil e em países vizinhos, como a Argentina. “Com a experiência adquirida com os turistas paulistas e cariocas, vamos desenvolver dois ou três produtos para oferecer aos turistas europeus”, destaca.
A ingresso no mercado europeu pode ser uma boa solução para impulsionar o turismo na Estrada Real, já que a região conta com muitos atrativos que atendem ao gosto dos turistas da Europa, segundo o consultor. “Primeiro o espaço — falar que eles vão para um Estado do tamanho da França, que tem muito verde, muita água. Depois, a figura do mineiro, que é uma figura autêntica”, avalia. “Além disso, tem outros atrativos. Os alimentos orgânicos, por exemplo, estão na moda na Europa. Eles pagam uma fortuna por um quilo de tomate. Mas aqui é tudo natural e é barato. Essas balas de mel feitas artesanalmente, por exemplo, é uma coisa que quase não existe mais lá, e é muito barato”, completa.
Para desenvolver esses pacotes voltados a públicos específicos, o projeto contratou consultores norte-americanos e europeus. “Eles estão na Serra do Cipó avaliando o circuito de ecoturismo, onde começa, onde acaba, o que tem. Há um outro fazendo o circuito das águas”, conta Sensevi. Segundo ele, esse trabalho é fundamental para ampliar o número de visitantes. “Eles estão procurando produtos para determinados clientes. Não adianta fazer um pacote sobre teatro na Serra do Cipó, porque ninguém vai visitar”, frisa.
A criação dos novos pacotes, aliada à maior divulgação da Estrada Real e à melhoria da infra-estrutura da região, fará com que o projeto consiga ampliar o turismo e consolidar a rede, prevê Sensevi. “Já conseguimos reunir mais de 250 empresas nos cinco núcleos e esse número deve aumentar”, sustenta. Além de empresas, as prefeituras podem participar da rede, desde que cumpram exigências como manter uma central de informações turísticas aberta nos fins de semana. 
Fonte da trascrição-http://migre.me/5MTCR 

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

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