À procura do ouro e pedras preciosas seguiam os bandeirantes, desde o primórdio da história colonial, rumo ao interior. Depois de descobertas as minas de ouro, a grande invasão do território mineiro se fez, principalmente, pelo caminho do Rio de Janeiro e São Paulo, chamado de Caminho Geral do Sertão. Do Rio de Janeiro iam os viajantes por mar até Parati onde começava o caminho por terra, atravessando a Serra do Mar, juntando-se à terra paulista, em princípio Taubaté, e depois em Pindamonhangaba. Fundidos os caminhos num só, seguia este para as minas, atravessando a Serra da Mantiqueira na Garganta do Embaú e Passa-Trinta (hoje, Passa Quatro). O Caminho Geral do Sertão continuava por lugares onde hoje se situam as cidades de: Itanhandu, Santana do Capivari, Consolação, Pouso Alto, Boa Vista, Baependi, Conceição do Rio Verde, Cruzília, Ingaí. Seguia-se a travessia do Rio Grande, pouco depois de passar por Ibituruna, a do Rio das Mortes, chegando-se até o arraial do Rio das Mortes, atual cidade de São João Del Rey. Fonte: http://migre.me/62NDZ
Parafraseando: Os caminhos de São Paulo e Paraty que fundiam-se em um só, em Pindamonhangaba, passou mais tarde a ter como ponto de conexão o caminho via Cunha que chegava em Guaratinguetá. Por conseguinte, seguindo esse para as minas, objetivando a travessia da Serra da Mantiqueira eram duas as opções, uma vez que o caminho se bifurcava no espaço colonial de Piquete-SP. Neste caso poderia-se seguir pelo Vale do Embaú em busca da Garganta do mesmo nome (Mapa n.º 1). Ou seguir em direção alto da Serra da Mantiqueira, em demanda da região do Alto Sapucaí, Caminho Geral do Sertão (Mapa n.º 2).
N.º 1 - Registro (Piquete-SP), Conceição do Embaú (Cruzeiro-SP)
N.º 2 - MAPAS DE SANTOS
Fonte: Carta
corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da
Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. Alto da Serra, espaço colonial, núcleo embrião de Piquete. (http://migre.me/aWncu)