OS DESBRAVADORES ARROJARAM-SE aos perigos das
Áreas Proibidas, a partir dos contrafortes da Mantiqueira. Conheceram a
selva inóspita, cravaram os mourões nos vales e encostas. Nada impediu o
avanço rio acima: nem a correnteza, nem o sumidouro. A região pouco a
pouco é devassada, a conquista se faz pedaço por pedaço.
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À PROCURA DO OURO e pedras preciosas, seguiram os
bandeirantes, desde os primórdios da historia colonial, rumo ao
interior. Da baia da Guanabara teria saído, em abril de 1531, a primeira
expedição a tocar a Mata das Minas Gerais. Pandia Calógeras1
tentou reconstituir-1he o roteiro, e Derby admitiu a possibilidade da
entrada. Eram quatro portugueses a explorar o sertão da costa do Rio de
Janeiro. Conta-nos Pero Lopes de Sousa, em seu Diário, que eles, durante
sessenta dias, andaram cento e quinze léguas pela terra, sessenta e
cinco delas por montanhas e cinqüenta por um campo muito grande. Basilio
de Magalhães duvidava de que apenas quatro homens pudessem aventurar-se
a tão profundo embrenhamento. Impossível, porém, nunca seria que,
transposta a serra dos órgãos, houvessem os desbravadores vadeado o
Paraíba, pisando a terra mineira. 1
De pontos diferentes outros buscaram ainda as cabeceiras do São Francisco, partindo ora do norte, *ora do sul.
Estimulados por cartas
régias, a prometerem honrarias e prêmios aos descobridores de riquezas,
acompanhavam os cursos dos rios maiores e de seus afluentes.
Contornaram, nas investidas, os Sertões do Leste, atual Mata Mineira e
neles penetraram
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Já a bandeira de Fernão Dias Pais
assumiria um papel de empresa permanente, no dizer de Afonso de Taunay.
Em sua rota, fundava povoados, plantando roças, edificando pousadas e
deitando raízes de colonização. Tangenciando o curso do Paraíba, invadiu
o território mineiro pela garganta do Embaú. A bandeira, em seu
pioneirismo, levaria a descoberta do ouro.
Dela também nasceria o caminno das Minas de Cataguá e do rio das Velhas.11
Ao trajeto refere-se Antonil, nos princípios do século XVIII. Marchando
de sol a sol, pelo mais áspero dos picadões, conseguia-se alcançar as
Minas Gerais em menos de trinta dias. Do Rio de Janeiro fazia-se então a
derrota, por via marítima, até Parati.12 Depois, por uma
vereda, chegava-se no vale do Alto Paraíba. Assim o descreveria
Andreoni: "De Parati a Taubaté. De Taubaté a Pindamonhangaba. De
Pindarnonhangaba a Guaratinguetá. De Guaratinguetá às roças de Garcia
Rodrigues. Dessas roças ao Ribeirão, com oito dias mais de sol a sol, chegava-se ao rio das Velhas."13
Porém a Mata não tinha qualquer
vinculo com o Caminho Velho. Receberia, no século seguinte, os
sesmeiros das minas decadentes, mas graças a outro roteiro.
Assim, em fins do século XVIII,
Garcia Rodrigues Pais, filho de Fernãoo Dias, dispõe-se a abrir a
estrada que encurtasse a viagem da Capital do Sul às Regiões das Minas. A
oferta foi aceita pelo Governador Artur de Sá. No Caminho Velho estavam
as suas roças – nas cabeceiras do rio Paraopeba – onde o picadão
começou a ser aberto em 1688.
Fonte: http://migre.me/6jgWX
Nota: Ainda que a obra em questão trate do Sertões do Leste, resta claro que, as inúmeiras tentativas de entrada para o Sertão, tanto pelo Leste quanto pelo Norte, restaram infrutiferas. A assertiva encontra fundamento no reconhecimento das entradas pelo Sul, a exemplo da Bandeira de Fernão Dias, como definidoras de caminhos, vindo a dar origem em especial, ao caminho das Minas de Cataguá. Outra prova no sentido que, o caminho pelo Sul, foi prioritariamente escolhido em detrimento aos caminhos do Norte e Leste, foram as Bandeiras que entraram pelo Sertão, durante o Gorverno de Dom Francisco de Souza, que deixou a Bahia para vir organizá-las à partir de São Vincente, de cuja Capitania foi o sétimo Governador, oportunidade em que, Andre de Leão em 1601, adentrou ao Sertão, vindo aportar na "Raiz do Monte." Em fim, quando surgem as referências geográfica e toponímicas tais como; tangenciar o Paraiba, contraforte da Mantiqueira, neste caso constituido pelas cinco serras altas, Roças de Bento Rodrigues, em conformidade com a descrição de Andre João Antonil, Raiz do Monte do roteiro de Glymmer, estamos falando do Núcleo Embrião de Piquete. Primeiro caminho de regular acesso ao Vale do Rio Verde e Sapucaí, as Minas de Cuiba, descobertas em 1719 pelos Paulistas, Minas de Goiás descobertas em 1725. Ou o destino do ouro dessas Minas em um primeiro momento, não era também, Rio de Janeiro via Paraty? Assim como era a localidade, Caminho para Serras das Vertentes e para cabeceiras do Rio São Francisco etc.
Nota: Ainda que a obra em questão trate do Sertões do Leste, resta claro que, as inúmeiras tentativas de entrada para o Sertão, tanto pelo Leste quanto pelo Norte, restaram infrutiferas. A assertiva encontra fundamento no reconhecimento das entradas pelo Sul, a exemplo da Bandeira de Fernão Dias, como definidoras de caminhos, vindo a dar origem em especial, ao caminho das Minas de Cataguá. Outra prova no sentido que, o caminho pelo Sul, foi prioritariamente escolhido em detrimento aos caminhos do Norte e Leste, foram as Bandeiras que entraram pelo Sertão, durante o Gorverno de Dom Francisco de Souza, que deixou a Bahia para vir organizá-las à partir de São Vincente, de cuja Capitania foi o sétimo Governador, oportunidade em que, Andre de Leão em 1601, adentrou ao Sertão, vindo aportar na "Raiz do Monte." Em fim, quando surgem as referências geográfica e toponímicas tais como; tangenciar o Paraiba, contraforte da Mantiqueira, neste caso constituido pelas cinco serras altas, Roças de Bento Rodrigues, em conformidade com a descrição de Andre João Antonil, Raiz do Monte do roteiro de Glymmer, estamos falando do Núcleo Embrião de Piquete. Primeiro caminho de regular acesso ao Vale do Rio Verde e Sapucaí, as Minas de Cuiba, descobertas em 1719 pelos Paulistas, Minas de Goiás descobertas em 1725. Ou o destino do ouro dessas Minas em um primeiro momento, não era também, Rio de Janeiro via Paraty? Assim como era a localidade, Caminho para Serras das Vertentes e para cabeceiras do Rio São Francisco etc.