sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRICANA - (O Direito à Verdade como respeito à memória)

Holocaustos brasileiros (Transcrição)
A desgraça africana e da raça negra porém não para aí. Além dos holocaustos do tráfico negreiro e do colonialismo, novos holocaustos do negro vem a ocorrer nos países que receberam escravos. No caso brasileiro, por exemplo, um milhão de negros morreu somente na Guerra do Paraguai, onde eles eram colocados nas frentes das batalhas, como verdadeiras buchas de canhão.
Na mineração do ouro, nas Minas Gerais dos primeiros séculos coloniais, estima-se que morreram cerca de 500.000 escravos africanos. E na mão dos feitores dos senhores escravocratas da cana, do café, etc., quantos negros haverão morrido em torturas, tentativas de fugas frustradas ou até mesmo por suicídio? Nossa indignação e revolta continuaram crescendo quando começamos a ver sob um ângulo novo, desenhado não através do ensino oficial ou dos livros escolares que não nos informaram nada a respeito, e sim através de pesquisas e leituras que nos propusemos fazer, sobre a realidade da contribuição que o escravo africano deu para o desenvolvimento do Brasil colonial.
Todos nós brasileiros, brancos ou negros, somos educados aceitando a idéia de que a mão de obra escrava foi importante para nossa lavoura e nossa pecuária. E só. Nada lemos em nossos livros escolares sobre a contribuição dos escravos na mineração e na metalurgia do ouro, do cobre, do ferro e do bronze. E em muitas outras atividades nos campos industrial (tecelagem, fabricação de instrumentos, etc..) e da prestação de serviços.
"Finalmente, é importante sublinhar a importância de um museu desta natureza no processo de aprendizagem da história social e cultural do Brasil. Importância também no processo de formação de cidadãos responsáveis, capazes de conviver com a diversidade que é uma das características fundamentais da cultura e do povo brasileiro. Um museu prolonga e completa a escola por seus recursos didáticos menos livrescos e menos abstratos. Deve ficar claro que não se trata de uma galeria de arte, nem de um cemitério, mas sim de um centro de formação e de reciclagens históricas"
Nota: Parafraseando, as sanções de sangue, foram substituídas por verdadeiro banimento moral e social dos filhos da Diáspora, relegados a viverem na masmorra social, representadas pelas favelas. Seria a escravidão e seus efeitos deletérios, algo que se protrae no tempo, como uma caixa de Pandora, ou seja, um mal que não pode ser desfeito? Ou devemos crer que existe um remanscente de esperança? Sem dúvida que sim, pois um povo submetido por séculos a tão cruel atrocidade, deixa claro que, não obstante as perdas avassaladoras, nnunca desistiu da luta, pelo digno direito a um lugar ao Sol.

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...