Figura 7. Articulação dos mapas da Capitania de Minas Gerais (ca. 1734-5), referentes à região cartografada pelos padres matemáticos Diogo Soares e Domênico Capassi, com o indicação do Meridiano do Rio de Janeiro (0 ). Há especulações em relação à escolha desta referência, considerada uma estratégia para garantir o sigilo sobre o espaço ocupado pelos portugueses em relação ao Tratado de Tordesilhas. A adoção do meridiano do Rio de Janeiro – e não o de Paris, como era de praxe – causaria confusão nos estrangeiros, principalmente espanhóis. Também convém considerar que a adoção do meridiano mais próximo reduziria a possibilidade de erros (Almeida, 2001, p.138-139; Bicalho, 1999, p.84). Notadamente incompletos, esses quatro mapas não podem ser considerados fruto exclusivo de levantamentos científicos. Diante da extensão territorial cartografada – aproximadamente 550km entre as latitudes 16 30' e 21 30' sul, abrangendo parte do sul da capitania até o rio Araçuaí (Figura 7) –, era simplesmente impossível atender à risca às determinações expressas pelo próprio rei. E, certamente, os jesuítas recorreram a informações de segunda mão, seja pela consulta à cartografia até então produzida, seja por meio de relatos fornecidos por índios, sertanistas e colonizadores, aos quais podem estar relacionados vários dos equívocos registrados nesses mapas.
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Nota: Parafraseando - O estudo cartográfico da conta da grande preocupação das autoridades Portuguesa, relativamente as informações de acesso a serra que resplandece. Região que fora denomidada "America Meridionale." Nesta direção resta claro que, estamos falando do Meridiano originado do tratado de Tordesilha, não obstante a impossibilidade de definir uma correta latitude. Por conseguinte, os registros cartográficos específicos da Capitania de Minas Gerais ao tomar como referência o meridiano de origem (0) que coincide com a cidade do Rio de Janeiro, leva a especulações de estudiosos que a escolha dessa coordenada, resultou de uma estratégia para garantir o sigilo sobre o espaço ocupado pelos portugueses. A leitura correta possibilita identificar que a extensão territorial cartografada, aproximadamente 550km, está entre as latitudes 16 30' e 21 30' sul, abrangendo parte do sul da capitania até o rio Araçuaí. Agora vejamos, somado ao fato de a linha imaginária possibilitar concluir que passa esta coordenada, pelo médio Vale, torna-se oportuno identificar às coordenadas geográficas relativamente ao Núcleo Embrião de Piquete. Ou seja: "Piquete é um município brasileiro do estado de São Paulo, na microrregião de Guaratinguetá e localiza a uma latitude 22º36'49"sul." Incrivelmente mais próxima da linha imaginária do que a cidade de Lorena, com latitude 22º43'51" sul. Em conclusão, quando Alexandre Grymmer e Anthoni Knivet, ao desembarcar no limite de navegabilidade do Rio Paraíba na região do Guaipacaré, afirmando o primeiro que, segue rumo Oeste margeando um rio não navegável e o segundo que, segue rumo Sudoeste, não estamos falando de um caminho que implica na absoluta correção e manutenção de rota em conformidade com o parâmetro adrede citado (entre as latitudes 16 30' e 21 30' sul)? Por outro lado, não obstante a preocupação de se manter o sigilo sobre os territórios da América Portuguesa, resultando em poucos registros cartográfico. É possível identificar outro motivo relativamente aos Franceses, no que diz respeito a tomada do Rio de Janeiro, que não fosse baseado em documentos que os levassem a serra resplandescente. Assim como a reação dos Portugueses contra os tupinambás que, ao se aliaram aos inimigos franceses, foram trucidados ou tiveram que se refugiarem no mesmo sertão, que veio a ser designado como sertão dos índios bravos, na serra de jaguamimbaba, e alto do rio Sapucaí e Verde, caminho geral do s ertão.
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