terça-feira, 29 de maio de 2012

Mitos da Conquista (Transcrição)

O mito do paraíso/idade de ouro
Se nos reportarmos à época do descobrimento da América, veremos que tal acontecimento traz em seu bojo uma tarefa “sui-generis” para o europeu, qual seja, a de compreender a nova realidade encontrada e de dela dar notícia. Mas, como falar de algo que não se conhece, senão comparando-o ao já conhecido? Apresentando-se a beleza das novas terras aos olhos do descobridor/conquistador/colonizador como algo ímpar, sua expressão só se torna possível através de comparações com as realidades fantásticas apresentadas pelos relatos dos mitos antigos da tradição judaico-cristãe greco-romana, tais como o do jardim do Éden, da idade de ouro, dos campos Elíseos, do jardim das Hespérides, da fonte da juventude, do velocino de ouro, dos argonautas, do ouro da Cólquida, etc., conhecidos dos homens do século XVI. Assim, a primeira imagem da América liga-se de maneira indelével à mitologia antiga, e as reatualizações de seus mitos ( identifi-cação da América com o paraíso, identificação das “llamas” com ovelocino de ouro, identificação de algumas tribos índias com as Amazonas, criação do Eldorado, por exemplo), efetuadas durante o século XVI no afã de dar a conhecer a realidade do novo continente, passam a ser conhecidas pela denominação de mitos da Conquista da América ou simplesmente por mitos da Conquista. Remontando aos gregos, verificamos que a problemática referente ao “mito” surge pela primeira vez, no âmbito da literatura escrita, em Homero e Hesíodo. A palavra “mythós”, nestes dois poetas, de-signa o ato da fala ou da palavra pronunciada.Como no mundo antigo grego o sujeito de todo o ser e aconte-cer são os deuses, podemos dizer que o mito é a palavra cujo sujeito são os deuses, portanto, a palavra inaugural ou, em outras palavras, o Verbo bíblico ou ainda o “nome/ser”.

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 (http://migre.me/9gZke)

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

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