quarta-feira, 30 de maio de 2012

TURISMO CULTURAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL (Luiz Antônio Bolcato Custódio)

(Transcrição) Uma das alternativas para a valorização do patrimônio cultural é o seu reconhecimento o reconhecimento público por parte de comunidades e visitantes. O reconhecimento de valores, importância e significados passa, necessariamente, por um processo educativo, de caráter continuado e permanente. Partindo desse pressuposto, as informações, conteúdos e subsídios referentes aos bens culturais devem estar previstos e disponíveis na educação formal, na rede escolar, integrados aos processos curriculares.
Em uma versão não formal, essas informações também podem ser acessadas por meio de atividades educativas complementares, vinculadas a pontos de peculiar interesse como museus, monumentos, centros históricos, sítios históricos e arqueológicos, devidamente preparados para tanto.
No Brasil, o tema que trata da relação entre ações educativas e patrimônio cultural, é denominado genericamente de educação patrimonial educação para o patrimônio por meio de estratégias próprias de envolvimento para o reconhecimento da importância dos bens patrimoniais e de sua preservação como referência para memória coletiva. A educação patrimonial além de ser estratégica para valorização do patrimônio é chave para o seu conhecimento.
Outra atividade que pode gerar efeitos educativos semelhantes é o turismo cultural, uma modalidade que utiliza o patrimônio material e imaterial como suporte, recurso ou referência, assim como as diversas indústrias culturais.
No âmbito do patrimônio, tanto as atividades educativas, quanto as de turismo cultural, atividades profissionais especializadas, passam por processos específicos de planejamento que envolvem pesquisa e documentação assim como métodos para sua implementação a fim de viabilizar a plena fruição e valorização do legado patrimonial ou das manifestações culturais. Contemporaneamente muitas são as estratégias, mídias e ferramentas disponíveis para utilização nessa área. Da mesma forma também estão os conceitos e os aspectos éticos que orientam a programas, projetos e ações, envolvendo diretrizes ou referências propostas por organismos e instituições locais, nacionais e internacionais, além de fatores legais.
Dentre as ferramentas utilizadas para apresentação de bens culturais, está a interpretação de bens, monumentos ou sítios, considerada indispensável para qualificar uma visita. As distintas formulações dos projetos interpretativos partem do principio básico de que a educação é una ação interativa de comunicação que envolve o conhecimento mútuo entre educador e educando, estabelecendo diálogos e relações entre as partes por meio de conteúdos específicos.
Na área do patrimônio parte-se do princípio de que os bens culturais – os próprios objetos – possuem uma carga concentrada de informação e referencia. E, portanto, possuem capacidade ou potencial de fornecer informação o que possibilita e permite distintas leituras e investigações. A preparação de bens culturais usando as técnicas de interpretação é, em muitos casos, uma das responsáveis pelo turismo cultural, podendo ser utilizada como estratégia básica e integrada para seu desenvolvimento. A utilização da interpretação no Brasil, no entanto, ainda é relativamente incipiente, com aplicações pontuais, restritas e localizadas. A ação integrada entre a educação, a cultura e o turismo pode viabilizar tanto a preservação do patrimônio quanto promover cidadania e desenvolvimento local. (http://migre.me/9hZ7g)

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...