terça-feira, 26 de junho de 2012

OS PRIMEIROS CAMINHOS DO LITORAL AO PLANALTO PAULISTA: um rol de dúvidas, confusões, enigmas e mitos (Antonio Joaquim Andrietta1)

Quando, então, D. João III decidiu enviar para cá seu amigo de confiança e reconhecida competência, Martim Afonso de Souza, entre as intenções de iniciar uma efetiva colonização e  afastar os invasores – empreendimentos que o intrépido capitão logo pôs em ação – incluía-se uma disposição secreta, de avançar por aquelas trilhas indígenas e explorar as riquezas minerais nas terras interiores sob domínio espanhol. Pois até essa disposição real o capitão procurou executar, sem sucesso porém. Chegando em Cananéia em 1531, antes de aportar em São Vicente, enviou uma tropa de 80 homens armados em busca de ouro, subindo a Serra do Cadeado na região do Alto Rio Ribeira de Iguape, mas em combate com os ferozes Carijós toda a expedição foi dizimada. Seriam, então, os Carijós os guardiões de todo o Peabiru, aqui e nas terras do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Do mesmo ramo dos Tupiniquins do litoral vicentino e do planalto paulista, a estes teriam ensinado apenas parte da trilha. Esta poderia chegar a Cananéia, no litoral sul, como continuação daquela que chegava em São Vicente, ou poderia estender-se até lá como um ramal da trilha que de Sorocaba alcançava Botucatu e depois seguia para o Paraná. A Trilha dos  Tupiniquins, tenha havido ou não a ordem governamental de interdição, acabou esquecida e abandonada. Talvez o receio de Tomé de Souza fosse seu possível uso pelos espanhóis, penetrando as terras em disputa, mas é evidente que a ordem não se aplicaria a eles. Independentemente das trilhas indígenas, mais tarde os bandeirantes paulistas se incumbiram de encontrar as tão decantadas riquezas minerais, desbravar o interior das terras do Brasil de Portugal e até fazer recuar mais para Oeste o marco divisório de Tordesilhas. Além do mais, a ligação litoral-planalto, pelos dois caminhos, havia cumprido seu papel e perdeu importância. A determinante geográfica foi decisiva para que o desenvolvimento paulista se desse no planalto, em sua região central, ao contrário de todas as províncias litorâneas (à exceção do Paraná que até 1853 pertenceu à província paulista). O litoral não tinha riquezas minerais. A exígua faixa de terra entre o mar e a serra, a baixa produtividade do solo e a umidade determinaram a falência da cultura canavieira na orla vicentina. O porto de São Vicente foi assoreado por invasão do mar e, em 1624, a sede da capitania passou para Itanhaém que, por sua vez a perdeu para São Paulo em 1681. Apenas quando findou o ciclo do ouro, já no século XVIII, e o açúcar do planalto requeria melhor acesso ao porto de Santos, o caminho do mar passou a receber sucessivas melhorias, iniciando-se então o movimento inverso do tráfego e do desenvolvimento, agora do planalto para o litoral. Fonte: http://migre.me/9E5q9
 
Fonte: http://migre.me/9E67j
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 MAPAS DE SANTOS
Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766

Apresentando  o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais.(http://migre.me/9E6rD)

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...