Francisco de Sousa (c. 1540 — 1611) foi um fidalgo português, sétimo governador do Brasil. É considerado o primeiro marquês das Minas, título que foi efetivamente usado por seu neto, de mesmo nome, Francisco de Sousa.
Governou por dois períodos, no segundo tinha a promessa do título de Marquês das Minas que se haviam descoberto na capitania de São Vicente. Filho de D. Pedro de Sousa, conde do Prado e Beringel, alcaide-mor de Beja, e de Violante Henriques, filha de Simão Freire de Andrade, senhor de Bobadela. Disse-se de sua pessoa: "Como o efeito não correspondeu à esperança, não teve o título e morreu muito pobre na capitania. Era cavaleiro de muitas prendas, grande soldado, grandmente liberal e cortesão. Foi almirante da armada que levou à Africa o rei D. Sebastião, de que era general seu tio Dom Diogo de Sousa."
............................................................................................................................................................................
Na Bahia
D. Francisco chegou à Bahia em 9 de junho de 1591. Enviou ao interior Bento Maciel Parente, Diogo Martins Cão, e não obtendo resultado, decidiu organizar três grandes entradas em 1596. Cão partiu da serra dos Aimorés, Martim Correia de Sá partiu das costas de Parati e da vila de São Paulo partiu João Pereira de Sousa Botafogo capitão-mor da Capitania de São Vicente desde14 de março de 1595, que não a realizou por ter sido preso por ordem real no meio da bandeira. Domingos Rodrigues, fundidor de ferro trazido por D. Francisco do Reino, chefiou então parte dela, que se dirigiu para a bacia do rio São Francisco, em terra atualmente goiana, detendo-se nas regiões de Paraupava).
Trouxe com ele Diogo Quadros, reinol que teria grande papel em São Paulo.
Em São Paulo
D. Francisco chegou a São Paulo em maio de 1599 com grande comitiva. Estava vindo do Espírito Santo, onde havia ficado entre outubro e novembro de 1598 em busca de metais preciosos. Em São Paulo, visitou as minas de Araçoiaba de Afonso Sardinha o Moço; Bacaetava, São Roque e Jaraguá. Ao chegar, encontrou em atividade mineração de ouro, mas em pequena escala, no litoral e vizinhanças da capital. Dizia-se que Brás Cubas, o fundador de Santos, descobrira ouro e metais. Em 1578 seria corrente a notícia da existência das minas de ouro e prata da capitania de São Vicente, segundo súdito inglês residente em Santos.
Nomeou Diogo Gonçalves Laço capitão das minas de ouro e prata do Ibiraçoiaba: na ocasião, declarou seus descobridores Afonso Sardinha o Moço e Clemente Alvares. No regimento a Laço, ordenou aos dois Afonso Sardinha as diligências que Nicolau Barreto executaria no ano seguinte, acompanhado por Sardinha, o Moço, morto no sertão em 1604.
Enviou a primeira grande bandeira paulista, comandada por André de Leão, morador do Rio de Janeiro, ao trecho do rio Paraíba e, transposta a serra da Mantiqueira, entraram em território hoje mineiro, dizendo-se que pode ter chegado à bacia do São Francisco. Nela seguiu como prático o holandês Wilhelm Jost ten Glimmer, morador de Santos, que forneceria o roteiro da jornada a João de Laet (escritor holandês da «Descrição das Indias Ocidentais» em 1625). Como dirigentes, um morador de Santos e outro do Rio, conhecedores da penetração pelas vias do Quilombo e de Parati. A diretriz usual era a de Atibaia ou Sapucaí, através do vago «sertão de Parnaíba». As bandeiras quinhentistas ganhavam com mais facilidade a região do Guairá do que o próximo vale do Paraíba, pela profunda desigualdade da flora desses terrenos. Os santistas foram os primeiros a penetrar ali, seguindo o vale do rio Quilombo e se localizando em Mogi das Cruzes, antiga sesmaria de Brás Cubas, o primeiro a tatear tal caminho para penetrar no sertão das Minas. Os de São Paulo obtinham comunicação penosa com Moji pela via do rio Anhembi. Graças a Dom Francisco, uma estrada ligou os dois núcleos de povoamento. Já os moradores do Rio conheciam bem o vale médio do rio Paraíba, pela via de Parati. Obscuras bandeiras de apresamento, porém, iam pentrando o interior, tanto que não se abandonava a esperança dos achados mineiros.
André de Leão permaneceu nove meses no sertão mas nada encontrou de jazidas. Em agosto de 1602 D. Francisco enviou a bandeira de Nicolau Barreto, com centenas de homens, autorizado a descobrir ouro e prata, mas retornaram em 1604 com desilusões. Voltou-se então o governador para «as minas de ferro e aço». (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.http://migre.me/d5dpO)
Fonte: http://migre.me/d5dfB