sábado, 16 de março de 2013

Vestígios indígenas na cartografia do sertão da América portuguesa

“Estradas que andam” 

Em 1725, uma carta dos oficiais da Câmara de São Paulo ao  governador Rodrigo César de Menezes afirma que:

"Sem a gente parda se não podem fazer os descobrimentos do ouro, por ser só ela a que   sabe talar o sertão e navegar os rios, livrando dos perigos que nele se encontram, por causa  das muitas cachoeiras e os mais que embaraçam as navegações, sendo a gente parda a que sustenta os sertanistas assim pelos rios como pela terra, pelo largo conhecimento que têm  de tudo o que pode servir de alimento"33.
Nos caminhos fluviais, os paulistas conservaram praticamente intactas as técnicas indígenas de construção de embarcações e de mareagem pelos rios encachoeirados. Em 1628, Luiz Céspedes y Xeria fez uma viagem de São Paulo à Assunção, onde assumiria o cargo de governador. Depois de ter andado  quarenta léguas por “tierra y a pie, por ser camiño fragosissimo que no se puede andar de otra manera con ynfinitos trabajos de liubias y rios”34, atravessou dezoito  vezes o rio Tietê e chegou a um porto onde mandou construir grandes embarcações.  Fabricou três canoas, uma delas com dezessete metros e sessenta centímetros de circunferência, dezesseis metros e meio de comprimento e um metro de trinta de dois centímetros de boca, capaz de abrigar cinqüenta índios remeiros, outros  tripulantes e mantimentos(35)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v17n2/07.pdf

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...