quarta-feira, 29 de maio de 2013

O POVOAMENTO DAS TERRAS E SERTÕES DE GUARATINGUETÁ SESMARIAS E SESMEIROS DO SÉCULO XVIII (Transcrião)

A ocupação de terras na vila de Guaratinguetá teve inicio em meados do século XVII, através das chamadas doações de sesmarias, ou sejam, grandes  extensões de terras doadas àqueles que estivessem em condições de nela se fixar  e dela cuidar, juntamente com família e  cabedais. Foi uma das maneiras como se  deu a ocupação de terras no Brasil, principalmente na Capitania de São Paulo,  sem mencionar, é óbvio, outros mecanismos utilizados,  como a posse ilegal e a  compra-venda. Sua extensão variava  de acordo com a localização e com o  solicitante, medindo, em sua maioria, meia légua, uma légua (6.000 m) ou légua  e meia, pelo sertão (fundos) e pela testada (frente). 
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Em sua maioria, as terras eram solicitadas por uma petição dirigida ao  capitão-general da Capitania, se valendo da necessidade de estabelecimento em  terras para o cultivo e sustento da família, declarando, para isso, ter cabedais  suficientes. O individuo que recebia a sua Carta de Sesmaria se via obrigado a  medir e confirmá-la num prazo de dois anos, ocorrendo em perda, caso não cumprisse. Os registros eram feitos em livros próprios do governo da Capitania, hoje conhecidos como Sesmarias, Patentes e Provisões, com exceção do período  de 1748 a 1765, quando foram registradas em livros da Alfândega da Praça de Santos, que por sua vez, estava administrativamente vinculada à Capitania do  Rio de Janeiro. 
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DOMINGOS RODRIGUES CORREIA – Terras entre a Serrada Mantiqueira e o Caminho velho, com meia légua de terra de largo e uma de comprido, que faz um ribeirão que vem da mesma serra e outro chamado do hubahy, no fim das terras da Capoeira Grande
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FRANCISCO NABO FREIRE (ALFERES) – Requereu e recebeu em 24/1/1773, em parceria com Manuel Francisco de Toledo, uns campos nas cabeceiras do ribeirão chamado Guaratinguetá e de outro que se chama Piaguí, até a serra de Sapucaí e Tajuba (5), que em outra parte se chama Mantiqueira. Foi casado com Francisca Xavier de França, irmã do beato Frei Galvão, filhos do Capitão-Mor Antônio Galvão de França.
 Nota - 5. Atual cidade de Itajubá.
Fonte: Joaquim Roberto Fagundes http://migre.me/eMbAV
Observação: O Núcleo Embrião de Piquete em 1773, pertencia as terras da Vila de Guaratinguetá quando então foi objeto de concessão de Sesmarias: Restando necessário o aprofundamento das conclusões trazidas a reflexões nesta oportunidade, é possível antecipar a percepção no sentido que,  a região correspondente ao Núcleo Embrião de Piquete, em se tratando de ocupação,  resultou de concessão de duas sesmarias.  a) Doação de sesmaria concedida a Francisco Nabo Freire em parceria com Manuel Francisco de Toledo em 24 de janeiro de 1773. A assertiva encontra fundamento no fato da serra de Sapucaí e Itajubá, nessa época, em especial, o arraial de Nossa Senhora de Solidade de Itagybá corresponder a área do atual município de Delfim Moreira, estando contido nesse, à época, o Município de Marmelópolis, porta de entrada para outra parte referida, que se chama Mantiqueira, isto é,  via Garganta do Sapucaí, desfiladeiro de Itajubá, Alto da Serra. b) Doação de sesmaria recebida por Domingos Rodrigues Correia, entre a Serra da Mantiqueira e o Caminho Velho. Nesse caso ainda que se pudesse ter dúvida quanto a largura da área em questão, entre a Serra da Mantiqueira e o Caminho Velho, está o Bairro de Itabaquara e seus ribeirões. Sendo certo que, as terras da Capoeira Grande era o topônimo de denominação da região correspondente ao Bairro do Quilombo, pertencente hoje à cidade de Cachoeira Paulista-SP, cujo fim das terras,  faz limite com Vila de Conceição do Embaú. Ou, em conformidade com a cartografia histórica, estamos falando de outro Caminho Velho, dada a localização geográfica, que não fosse o referido no texto?
Caminho Velho




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