sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sítio arqueológico em São Paulo intriga pesquisadores. (transcrição)

Gazeta do Povo traz com exclusividade o caso que modifica a história da ocupação do brasil. Arqueólogo da USP diz que achado pode revelar a presença de culturas antigas emuito avançadas Curitiba – OInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) estuda uma estrutura feita de granitos, que pode vir a ser a primeira pirâmide do Brasil. Ogeólogo e especialista em sensoriamento remoto, Paulo Roberto Martini, chegou a uma conclusão inicial. Essa composição de rochas foi feita pelo homem. O monumento foi descoberto por acaso, numa fazenda no município paulista de Natividade da Serra, nos limites do Parque Estadual da Serra do Mar. São imensas pedras cortadas e empilhadas na forma de  degraus até seu topo. "Ainda é cedo para afirmar algo de concreto, mas estamos diante de uma construção feita por uma civilização primitiva avançada", destaca o cientista. Além de um amontoado de pedras, esse também é o mais novo mistério da arqueologia brasileira e coloca sob discussão a historia atual da ocupação do território brasileiro no período pré-descobrimento. Basta ter contato com os milhares de blocos graníticos recortados e distribuídos na encosta de um morro para que surjam inúmeros questionamentos. Que cultura seria está? Em quanto tempo fizeram essa edificação? Por que e quando foi construída? Perguntas que dificilmente serão respondidas de pronto, mas que prometemgerar um turbilhão de dúvidas, polêmicas e especulações. O local fica próximo a um riacho, que poucos metros a frente deságua no Rio Paraibuna. Os imensos blocos graníticos, cortados com precisão, continuam parcialmente empilhados. Com o tempo acabaram por perder o traço construtivo original, mais inclinado e no formato de uma grande escada ascendente. Os imensos tijolos podem ser visto na superfície. Uma boa parte se encontra soterrada pela erosão e outra ainda sustenta a estrutura em largas paredes. Vários, porém, se deslocaram com a ação do tempo. As chuvas e o peso das rochas recalcou o terreno, fazendo-os escorregar ou mesmo criar pequenos empilhamentos. Basta remover um pouco da terra acumulada para se desvendar uma complexa armação. As pedras, geralmente em formato retangular, variam de 1 a 2 metros de comprimento, de 0,40 a 0,70metro de espessura por 0,80 a 1 metro de largura. Foram assentadas bem unidas e os vãos – quando existiam – foram completados com pedras menores e fixadas por uma mistura de barro, semelhante a argamassa. Duas faces do monumento estão recobertas pela mata. Nestes locais se encontram centenas de  pedras, tendo as raízes das árvores tendo movimentado diversas delas. Numa tentativa de desvendar maiores detalhes do monumento, uma das faces acabou sendo alvo de escavações sem qualquer critério feitas pelos empregados da fazenda, incluindo a remoção de grandes pedras com o uso de tratores de esteira. A lateral da esquerda ainda não foi mexida. Entretanto, outro aspecto intrigante está nos ecos que podem ser provocados. As batidas de um vergalhão de ferro dentro dos buracos que surgiram é possível ouvir a ressonância. Provavelmente o efeito do som refletido numa câmara existente no interior da pirâmide. Usando a barra de ferro como instrumento improvisado foi capaz também de se ter uma noção da largura da parede. Provavelmente ela ultrapasse a um metro.
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Para o arqueólogo da Universidade de São Paulo (USP) e  especializado nos sítios na costa paulista, Plácido Cali, essa composição é única no País. E esse achado por revelar a presença de outras culturas, mais avançadas tecnologicamente, que as tradicionais nações indígenas que povoavam essa faixa da América do Sul. "Com certeza isto não é obra dos índios que conhecemos", comenta o pesquisador. As primeiras imagens deste monumento foram encaminhadas ao INPE pelo proprietário da Fazenda Palmeiras, Carlos Frahya, no final do ano passado. As fotos chegaram no final do ano passado ao pesquisador Paulo Roberto Martini. Uma surpresa enigmática, que passou a ser alvo de estudos do cientista. E como qualquer mistério, quanto mais se pesquisa maior é o crescimento das dúvidas. "A textura das pedras é diferente, principalmente em alguns locais da edificação", comenta o geólogo.
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Mistério reforçado.
Na tentativa de evitar algum aspecto meramente especulativo, o geólogo chega a uma conclusão óbvia. "Não há dúvida que aquilo é algo muito antigo e feito pelo homem". O cientista foi buscar outras informações no Manual sobre Arqueologia Brasileira e pode constatar que o uso das rochas cristalinas pelo indígena brasileiro é desconhecido. Embora existam as edificações nas Reduções Jesuíticas, no Sul do país. "Mas lá se trata de arenitos. A típica cultura rochosa-granítica conhecida na América do Sul é a dos Incas", observa. Entretanto, outra formação encontrada na altura da entrada da estrada de Salesópolis, que liga a Rodovia dos Tamoios, no litoral norte paulista até a região metropolitana, foi identificada em pesquisas anteriores feitas pelo INPE a ocorrência de granulitos, rochas muito antigas compatíveis com aquelas próximas do cume da Serra da Mantiqueira. A dúvida agora é saber se há ligação entre a possível pirâmide com outros monumentos e formações encontradas. "Não sei ainda se ela poderia estar alinhada com o que encontramos próximo a Tamoios ou se há ligação entre elas, apesar de esta remrelativamente bem próximas", comentou Martini. A descoberta desta possível pirâmide reabriu a discussão sobre a presença dos Incas no território brasileiro. Eles teriam percorrido um caminho entre os Andes e a costa atlântica, conhecido como Peabiru. Essa antiga estrada e seus ramais cortavam os territórios atuais dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Um possível elo entre ambas ocorrências tem surgido como lógica aos pesquisadores, que dão agora seus primeiros passos para desvendar essemistério.
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Fonte:Reportagem da Gazetas do Povo  http://migre.me/eHyDv

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