sexta-feira, 26 de julho de 2013

Estrada Real

Estrada Real é um conceito amplo que designava, nos séculos XVII, XVIII e XIX, as várias estradas públicas administradas pelo Governo Português. Assim, ela abrange todos os antigos caminhos que em tempos passados foram percorridos por bandeirantes, tropeiros, índios, comerciantes e aventureiros nas capitanias das Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia, etc. Na região sudeste a Estrada Real ligava as áreas de produção de ouro (Ouro Preto) e diamantes (Diamantina) aos portos de Parati e diretamente ao Rio de Janeiro.
Os dois mais conhecidos caminhos que integram o complexo emaranhado de vias de comunicação coloniais são os seguintes:
a) o Caminho Velho, que ligava São Paulo e Rio de Janeiro às minas, passando por Parati, Taubaté, Guaratinguetá, Baependi, Carrancas e São João del-Rei;
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 Mapa da Estrada Real - Edison Vilela
Fonte do Mapa: http://migre.me/fBwH8
(Transcrição) - Roteiro das minas de ouro que descobriu o [revdo.] Vigário João de Faria e seus parentes e do mais que tem em si os campos.
De frente da vila de Taubaté quatro ou cinco dias de viagem se acha estar o rio de Sapucahy, e descendo da dita villa para a de Guaratinguetá tomando a estrada real do sertão dez dias de jornada para a parte do norte sobre o monte de Amantiquira, quadrilheyra do mesmo Sapucahy, achou o padre vigário João de Faria, o capitão Manoel de Borba e Pedro de Avos vários ribeiros com pintas de ouro de muita conta (a outra versão diz “em três ribeiros com pintas de ouro de muita conta( a outra versão diz “em três ribeiros pinta muito boa, e geral de ouro de lavagem de que trouxe a amostra dela a esta cidade); e das Campinas de Amantiquira cinco dias de jornada, correndo para o Norte, estrada também geral do sertão fica a serra de Boa Vista, donde começam os campos geraes até [confinar] com os da Bahia, e da serra da Boa Vista até o Rio Grande são quinze dias de jornada, cujas cabeceiras nascem da serra da Juruoca, em frente dos quaes serros é o rio dos Guanhanhans (Guyanas em outra cópia) e um monte de Ebitipoca tem dez léguas pouco mais ou menos de circuito, toda esta planície com cascalho formados de safiras e de frente do mesmo serro de Juruoca para a parte da estrada, caminho de oeste pouco mais ou menos, estão umas serras escalvadas, na qual achou o dito padre vigário safiras nativas em vieiros de pedras cavadas, entre esta distancia estão muitos montes escalvados pelos campos e muitos rios, e em um destes montes que se chama o Baependi se suspeita haver metal pela informação que deixou oi defuncto. Bartholomeu da Cunha, e adiante passando o rio de Igarahy (Yrigahi na outra cópia) se achava uma campina dilatada de mina, de christaes finíssimo e indo fazendo a mesma derrota se achava muitos morros escalvados e campos geraes, cujos morros mostram terem haver para muitas experiências que se tem feito por falta de mineiros se não sabe o que é, sendo ditos campos muitos férteis de toda a caça.

Fonte:Roteiro da viagem do padre João de Faria Fialho, descoberto e divulgado por Orville Derby na revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, e também por Pandiá Calógeras na obra “As Minas do Brasil Sua Legislação”. http://migre.me/fBvc7
Obs: Parafraseando: O Caminho velho em conformidade com os relatos do Padre João de Faria Fialho, distingue da Estrada Real do Sertão. A assertiva  encontra fundamento no fato de afirmar o vigário que estando de frente da vila de Taubaté quatro ou cinco dias de viagem se acha estar o rio de Sapucahy. Está se referido este definitivamente ao caminho Geral do Sertão, Caminho dos Paulistas,  passando pelo atual municipio de Marmelópolis o qual era alcançado transpondo o monte de Amantiqueira, via alto da Serra, espaço colonial de Piquete. Da mesma forma que, estando em Guaratinguetá tomando a mesma estrada real do sertão, em dez dias de jornada para a parte do norte  por uma garganta do mesmo nome ou seja, Garganta do Sapucahy alcançava-se o já referido rio de Sapucahy.  Por outro lado o Caminho Velho era trilhado transpondo a Serra da Mantiqueira pela Garganta do Embaú, quando então alcançava-se a localidade de Passa Vinte (Passa Quatro).

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...