" Primeiro sistema de mundialização da história, o comércio
negreiro transatlântico e a escravidão, constituem a matéria invisível das
relações entre a Europa, a África, as Américas e as Antilhas. Este episódio
dramático da história da humanidade chama, devido à seu caráter humano (várias
dezenas de milhões de vítimas), por causa da ideologia que o justificou (a
construção intelectual do desprezo do africano e do racismo para justificar a
venda de seres humanos como bens conforme com à definição do Código negro
francês) e visto o tamanho da desestruturação econômica, social e cultural do
continente africano, a atenção para se interrogar sobre o sigilo histórico que o
rodeou durante muito tempo " (Doudou DIENE).
Sob a proposta do Haiti e países da África, iniciadores do projeto, a
Conferência general da UNESCO aprovou em 1993 o lançamento do projeto "
a rota do escravo " que foi feito oficialmente em 1994 em Ouidah no
Benin.
A ação central da "rota do escravo" é o programa científico
sobre o comércio negreiro (transatlântico, no Mediterrâneo e no Oceano Índico) e
a escravidão. Esse programa foi lançado através de setores temáticos de pesquisa
em três direções :
- O programa de educação e ensino :
Aquele programa estruturado mediante uma " Task Force "
internacional é sustentado por programas nacionais e resultados de pesquisas
científicas. O setor da educação da UNESCO através da Unidade de coordenação
da rede das Escolas associadas, é responsável pelo programa, em relação com a
divisão do diálogo inter-cultural. - O programa sobre a promoção das culturas vivas e das
manifestações artísticas e espirituais :
Trata-se de promover as atividades culturais, artísticas e as
manifestações espirituais nascidas nas interações do comércio negreiro nas
Américas e no Caribe e as tradições africanas, ou seja, o patrimônio comum e
material dos povos africanos, ameríndios e europeus que o comércio negreiro que
levou a existência de sociedades plurais.
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- O programa sobre a memória da escravidão e a diáspora negra
:
O comércio negreiro constitui pela sua ignorância, uma das
formas mais radicais de negação histórica. « A rota do escravo » iniciou-se ,
com a intenção de manter viva a memória do comércio negreiro em dois projetos :
o programa de turismo cultural sobre a " rota do escravo " e a criação de museus
da escravidão.- O projeto da “rota das aboliçoes da escravidao”
participa plenamente dos objectivos liderados pela “rota do escravo” da Unesco,
constituindo uma prolongaçao dele: - no ponto de vista
historico, pois o tema das aboliçoes da escravidao desenvolvido
pelo projeto “da rota das aboliçoes” completa cronologicamente o proceso do
trafico negreiro e da escravidao valorizado pelo projeto da Unesco. -
no ponto de vista geografico, porque, ubicado no
coraçao da Europa, permete para aquele continente ficar daqui para frente
desempenhar um papel ativo no dever de memoria, apôs de ter sido ausente e
atrasado nesse assunto.
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