domingo, 6 de outubro de 2013

A grande FARSA da abolição da Escravatura (Transcrição)

O temor dos brancos os levaria a algumas medidas que implicaria na redução da população de negros. Primeiro foi a Guerra do Paraguai (1864-1870), que funcionou como um excelente instrumento para aliviar a elite dominante da ameaça de o povo negro tomar o poder, pela força, em função da sua superioridade numérica que se acentuava em relação à população branca.
Caça ao negro - Guerra do Paraguai
Caça ao negro – Guerra do Paraguai
A promessa de liberdade para os negros escravos e de terras para os negros livres que lutassem na guerra foi uma armadilha para a dizimação de grande parte dos negros. Ademais, aos fazendeiros brancos havia o privilégio de enviar negros escravos para a guerra em seus lugares e nos lugares de seus filhos. A Lei do Ventre Livre (1871), festejada como uma conquista, viria a ser um fator de desagregação da família negra e daria origem aos primeiros meninos de rua; ela, na prática, apenas desobrigava os fazendeiros de sustentar as crianças negras, improdutivas sob o ponto de vista econômico. A Lei do Sexagenário (1875) não seria diferente da primeira: sob o manto de um falso humanismo que premiava com a liberdade os escravos idosos e decrépitos, essa lei permitia aos fazendeiros se despojarem do ônus da manutenção de escravos improdutivos pela velhice e criaria uma multidão de mendigos negros que, de repente, se viram livres do trabalho escravo, mas sem qualquer meio de se sustentar.
Por ocasião da Abolição da Escravatura já havia o investimento na vinda de imigrantes europeus, que logo depois foi intensificado, para ocupar o lugar dos negros, porém, como mão-de-obra assalariada. Era a busca do embranquecimento da população brasileira. Uma grande massa de população negra vai se concentrar nos centros urbanos e o processo de industrialização emergente no país não os absorve enquanto classe trabalhadora. Cresce nas ruas o número de mendigos, alcoólatras e de pessoas que se vêem obrigadas a praticar pequenos delitos para sobreviverem; esse fenômeno alimenta o preconceito contra os negros que se mantém até os dias atuais.
O fim da escravidão no Brasil foi fruto de um processo que envolve a resistência de parte da população negra, a ação de abolicionistas e a exigência do próprio sistema capitalista que via nisto a ampliação de um mercado consumidor. A “Lei Áurea” é uma referência, mas não trouxe a abolição, como prega a ideologia da classe dominante, e os efeitos do período de escravidão ainda se fazem presentes. Apesar dos avanços sociais, econômicos e políticos que alcançamos, ainda há muitos afro-descendentes sem acesso ao trabalho, à educação, à saúde, a condições dignas de vida. Fonte: http://iconoclastia.org/2013/05/13/a-grande-farsa-da-abolicao-da-escravatura/
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Evidência subliminar da Farsa - Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888.
Declara extinta a escravidão no Brasil. A princesa Imperial, Regente em Nome de Sua Majestade o Imperador o Senhor D. PedroII, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
 Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário, cada um por si, e o diabo que carregue o ultimo.

 

 

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