quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O TURISMO CULTURAL NO BRASIL (Transcrição)

No Brasil, foi criado em fins de 2003, por iniciativa do Ministério do turismo, um grupo técnico temático sobre turismo cultural, composto de representantes de várias organizações e instituições da área de turismo, o que foi de fundamental importância para que se chegasse a uma definição precisa do termo, de modo a nortear o debate e o desenho de políticas direcionadas ao segmento no país. A partir dos trabalhos desta Comissão, chegou-se a uma segmentação precisa do setor do turismo, expressa no documento “marcos conceituais dos segmentos de turismo”, que veio a público no Salão de Turismo de São Paulo, em Junho de 2006. A definição adotada de turismo cultural é a seguinte:
“Turismo cultural compreende as atividades relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.” (Cartilha da Segmentação, p.13)  O enfoque expresso no documento vai ao encontro daquele encontrado na literatura internacional sobre o tema: o que distingue o segmento do turismo cultural é a motivação do turista de vivenciar outras culturas. A definição ali encontrada de patrimônio histórico e cultural3 e de eventos culturais é a seguinte:
“ Considera-se patrimônio histórico e cultural os bens de natureza materialimaterial que expressam ou revelam a memória e a identidade das populações e comunidades. São bens culturais, de valor histórico, artístico, científico, simbólico, passíveis de atração turística: arquivos, edificações, conjuntos urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas; museus e outros espaços destinados à apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriaismanifestações, como música, gastronomia, artes visuais e cênicas, festas e outras. Os eventos culturais englobam as manifestações temporárias, enquadradas ou não na definição de patrimônio. Incluem-se nesta categoria os eventos religiosos, musicais, de dança, de teatro, de cinemagastronômicos, exposições de arte, de artesanato e outros.”(idem, ibidem)

Cabe destacar que a cartilha da segmentação constrói subcategorias, no interior do segmento de turismo cultural. São elas:
􀁸 Turismo cívico: “Ocorre em função de deslocamentos motivados pelo  conhecimento de monumentos, fatos, observação ou participação em eventos cívicos, que representem a situação presente ou a memória política e histórica de determinados locais”.
􀁸 Turismo religioso: “Configura-se pelas atividades turísticas decorrentes da busca espiritual e da prática religiosa em espaços e eventos relacionados às religiões institucionalizadas.”
􀁸 Turismo místico e esotérico: “Caracterizam-se pelas atividades turísticas decorrentes da busca da espiritualidade e do autoconhecimento em práticas, crenças e rituais considerados alternativos.”
􀁸 Turismo étnico: Constitui-se das atividades decorrentes da vivência das experiências autênticas em contatos diretos com os modos de vida e a identidade de grupos étnicos.” (Cartilha da Segmentação, pgs 15 a 17)  Para nossos propósitos, faremos apenas uma grande distinção: entre o turismo cultural dirigido a locais culturalmente significativos (patrimônio histórico/museus) e aquele dirigido a manifestações artísticas vivas locais (enquadradas ou não na definição de patrimônio). NOTA: O presente documento é propriedade do Governo Federal e é disponibilizado gratuitamente para avaliação dos profissionais do turismo brasileiro. A transcrição do trecho foi obtido na internet no 20 de agosto (grifos meus)

Fonte: http://www.labhoi.uff.br/node/1507
...............................................................................................................................

Trabalho e Cotidiano


......................................................................................................................
Patrimônio Imaterial

Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil
O trabalho de organização do Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil foi coordenado pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da Universidade Federal Fluminense, em parceria com o Comitê Científico Internacional do Projeto da UNESCO “Rota do Escravo: Resistência, Herança e Liberdade”. Reúne 100 Lugares de Memória e foi construído a partir da indicação e contribuição de diversos historiadores, antropólogos e geógrafos do país, após consultas e intensas trocas de informações. Sem essa generosa contribuição, inclusive na redação preliminar dos verbetes e indicação da bibliografia ou fontes de referência, não teria sido possível a reunião desse amplo material.
O avanço da pesquisa histórica sobre o tráfico e a escravidão em nosso país permitiu a reunião dessas 100 indicações, mas temos certeza que estamos longe de esgotar o Inventário. Esse trabalho deve ser entendido como um ponto de partida para novas e futuras ações (nos âmbitos federal, estadual e municipal), tanto no campo da pesquisa histórica, como no do ensino, educação patrimonial, divulgação e desenvolvimento do turismo cultural dos Lugares de Memória do Tráfico e História dos Africanos Escravizados no Brasil.
Demos prioridade às evidências documentais, escritas ou orais, da presença histórica e cultural dos africanos, com o objetivo de centrar o foco na ação e no legado dos recém-chegados. Por outro lado, sabemos que a lista seria interminável se tivéssemos optado por reunir os Lugares de Memória dos descendentes de africanos no Brasil. O inventário é sobre os locais onde é possível lembrar a chegada dos africanos ou identificar as marcas de sua presença e intervenção.
Escravizados em seu continente, entre os séculos XVI e XIX, muitas vezes em guerras internas entre os inúmeros reinos que existiam nas diversas regiões da África tocadas pelo tráfico, africanos de diferentes línguas e origens tornaram-se “escravos”, categoria jurídica de época, no Brasil. Aqui reorganizaram suas identidades, criando novos sentidos para suas referências africanas. Nos verbetes, utilizamos tanto o termo jurídico de época (escravo) quanto o adjetivo “escravizado”, que sublinha o caráter compulsório da instituição. Para referir às novas identidades africanas criadas nas Américas, respeitamos a diversidade de expressões utilizadas pelos especialistas consultados, refletindo diferentes cronologias, abordagens historiográficas e usos regionais.
Se, de início, foi uma tarefa difícil a separação entre africanos e afrodescendentes, o esforço foi recompensado. O leitor também ficará impressionado com as dimensões das ações dos africanos escravizados no Brasil. Para melhor compreensão e maior visibilidade dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos, organizamos os 100 Lugares em 7 diferentes temáticas, apresentadas a seguir:
Portos de chegada, locais de quarentena e venda
Desembarque ilegal
Casas, Terreiros e Candomblés
Igrejas e Irmandades
Trabalho e Cotidiano
Revoltas e Quilombos
Patrimônio Imaterial

http://www.labhoi.uff.br/node/1507





































GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...