quinta-feira, 13 de maio de 2010

REGISTROS DE PASSAGEM: MAPEAMENTO DAS MINAS SETECENTISTAS ATRAVÉS DAS ROTAS COMERCIAIS Matheus Souza Gomes ¹

Registro de Itajubá
O posto fiscal de Itajubá localizava-se na região sul da capitania de Minas, mais precisamente próximo à cidade de mesmo nome, e pertencia à comarca do Rio das Mortes. Pelo fato de estar próximo da fronteira entre São Paulo e Minas, é possível dizer que muitas mercadorias que vinham da região sul da colônia, assim como daquela capitania, foram importadas para a região mineradora por este registro. Apesar da proximidade do registro de Itajubá com a fronteira entra as duas capitanias, não é possível perceber uma grande diversidade de mercadorias que foram introduzidas através do registro no período que vai de 1750 a 1832. Mas a pouca diversidade de produtos não quer dizer que o volume de mercadorias importadas não seja significativo. Para ilustrar tal afirmativa, o rendimento só de impostos cobrados sobre importações chegou a 235$548,60 no período em destaque.Os principais produtos importados e o valor total dos impostos arrecadados sobre eles se encontram no quadro a seguir: Quadro I: Produtos importados pelo registro de Itajubá (1765-1832) Como podemos observar a partir dos valores a maior parte do rendimento do registro de Itajubá no período descrito acima, vem dos impostos cobrados sobre o Sal e a Cachaça. Os dois produtos representam aproximadamente 40% do rendimento total de entradas do registro. O sal, como sabemos, possuía uma importância vital na criação de gado, ele era usado na dieta dos animais para auxiliar na nutrição e engorda dos mesmos. Já a cachaça introduzida nas Minas pelo registro de Itajubá era produzida na capitania de São Paulo, e durante todo o período colonial sempre esteve entre as principais mercadorias produzidas e comercializadas pela colônia lusitana na América, além de ser usada como moeda de troca por vários outros Produtos Comercializados Valor Total de Entradas (Em réis); Cachaça 40$160,00; Vinho 36$839,00; Escravos 25$267,20; Molhado 6$033,90; Seco 2$980,00; rapadura 1$656,20; Fazenda seca 2$830,86; al 71$269,10; Gado cavalar 1$201,10; Ferragem 7$425,00; ferro 6$695,00; Aço 1$417,50; Açúcar 6$587,00; Caixas 4$697,70; Louça 6$450,00; Café 5$100,00; Chumbo 8$939,00, produtos, como por exemplo, o escravo. As cargas de cachaça e sal que eram importadas em Itajubá eram provenientes das localidades de Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Bragança Paulista, Taubaté, e tinham como destinos principais Campanha, São João del Rei e a própria região de Itajubá. (CARRARA, 2007, pág. 143) Uma outra forma de ilustrar o grande rendimento gerado pelas duas mercadorias em destaque é através do gráfico a seguir, que nos apresenta a quantidade de vezes que as duas mercadorias foram registradas nos livros de importação de Itajubá:
Fonte: http://www.ichs.ufop.br/memorial/trab2/ic14.pdf
Mapa: http://www.cp2_parati.blogger.com.br/mapa.JPG
                   CAMINHO  DA GARGANTA DO MEIA LUA
Nota:  Mapa de 1801, possibilita afirmar que o Registro de Itajubá, ficava no Alto do Morro, exatamente na localidade denominada hoje como, Meia Lua. Localidade essa que já fora denominada como, Garganta do Sapucai, Rais do Monte, caminho Geral do Sertão, Caminho da Serra das Vertente e São Francisco, Caminho do Vale do Rio Verde e  Sapucai, Estrada Real.

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...