A Estrada Real se une a Paraty (RJ) para concorrer ao título de
patrimônio cultural da humanidade, concedido pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) espera entregar ao
órgão internacional, nos próximos dois anos, o dossiê da candidatura. No
documento, deverá constar a justificativa do valor excepcional do bem e
as estratégias de preservação. A decisão foi tomada depois da reunião
do Comitê do Patrimônio Mundial, órgão que delibera sobre o
reconhecimento dos bens, na Espanha, no mês passado.
Na quarta-feira, o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida,
representante do Brasil no comitê, esteve em Ouro Preto, na Região
Central do estado, para a inauguração das intervenções de qualificação
urbanística da Praça Tiradentes e de um terminal de ônibus no Centro da
cidade. Almeida está confiante no reconhecimento da Estrada Real. “Os
assessores da Unesco avaliaram que, na perspectiva de itinerário
cultural, o município de Paraty deveria apresentar algo mais amplo. Por
isso, a proposta para o município agora se divide em duas: uma da cidade
de sítio misto, ou seja, um local que reúne arquitetura e sítio urbano e
ambiental e outra da Estrada Real”, afirma Almeida. O país é um dos 21
signatários no comitê e tem uma lista de indicações há 12 anos. A
relação está sendo revista e deverá ser apresentada em fevereiro do ano
que vem. Como Paraty já integra a lista, a Estrada Real não precisará
passar por uma pré-seleção para viabilizar a candidatura.
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Nota: Por que Piquete-SP não pode ser tratado tão somente como área
de influência do Circuito Religioso Estrada Real, nem tão pouco como área de
simples abrangência uma vez que se trata de EIXO PRINCIPAL? A noticia relacionada a união de Paraty-RJ e Estrada Real,
entre outras reflexão, informa que, será
concretizado um trabalho que está sendo feito em Minas, Rio de São Paulo. Por
outra lado fala-se em unicidade nas atividades.
Resta certo ainda que essa unicidade não deve destoar da perspectiva trazidas
pelos assessores da Unesco no sentido
que, em se tratando de itinerário cultural Paraty deveria apresentar algo mais amplo (grifo
meu). Então vejamos, as pesquisas
realizada em Paraty em especial pelo “Sítio Histórico e Ecológico Caminho do
Ouro”, no que tange a roteiros e cartografia, traz mapa deixando incontrastável
que o Registro de Piquete, se
constitui no eixo principal do Caminho
Velho. Ao mesmo tempo, a obra intitulada “O Caminho do Ouro em Paraty” da lavra de Marcos Ribas, respaldado em pesquisa histórica
e arqueológica também traz documento cartográfico dando conta da existência do
Registro do Piquete no itinerário cultural em questão (grifos meu). Em São Paulo pesquisadora da USP, a profa. André Mansuy Diniz Silva, com
sua tese de Doutorado na Sorbone na França na década de 60, nos leva a Obra de André João Antonil, em cujo
roteiro temos; “as cinco serras muito altas que parecem os primeiros muros que
o ouro tem no caminho para que não cheguem lá os mineiros”, somado a nota no sentido
que “Para chegar às primeiras encostas, depois de Guaratinguetá, subia-se o
curso de um dos afluentes do Paraíba (talvez o ribeiro da Limeira), antes de
seguir o vale do Embaú...”, haveremos de considerar que a “Bica do Ouro” no
campus da USP em Lorena-SP, corresponde o marco inicial do caminho em direção às
referidas serras altas. Como se não
bastasse o respeitável Instituto Estrada Real, em fevereiro de 2011, em verdadeiro ato de correção de roteiro, manifesta
o reconhecimento de Piquete. Em conclusão é possível que um projeto que se propõe
valer-se do itinerário cultural, caminho velho, não obstante ao ampla documentação
simplesmente excluir Piquete, como se fosse uma rota secundaria, ou seja de
simples influência ? É possível acreditar que as
informações que virão a integrar o
dossiê a ser enviado a UNESCO, não trarão
nenhum dos mapas produzidos pelas pesquisas dos Paratienses, pesquisas produzidas por Universidades
compromissadas com a verdade histórica ?