II – O PERÍODO COLONIAL: CONSOLIDAÇÃO DO MERCADO
A primeira grande onda de emigração ao planalto central do Brasil pressionou forte demanda por meios de transporte – inicialmente, cavalos. Até meados do século XVIII a demanda por animais de transporte pessoal e de carga supria-se de rebanhos de cavalos já existentes na área do rio São Francisco. A contínua expansão dos pólos auríferos na primeira metade do século XVIII fez incrementar as linhas de abastecimento, tornando a condução de animais do distante sul do país, desde cedo, negócio lucrativo. A ampla utilização de cavalos para o transporte pessoal adiou a pressão de demanda por bestas muares (mulas), cruzamento do gado eqüino com o asinino (burros), mais compactas, fortes e resistentes, melhor adaptadas ao terreno montanhoso Os animais de carga constituíam demanda direta do setor mercantil envolvido na distribuição das importações. Desta forma, deve haver relação direta entre a demanda por bestas muares e o trânsito de entradas de mercadorias nos registros. Em 1716/17, os registros mineiros anotaram 11.612 cargas de secos e de molhados importadas, 83,3% via estrada velha de São Paulo (registro da Mantiqueira), as quais exigiriam cerca de 4.000 viagens de mula. Mais comumente feito em lombo de cavalos, o transporte exigiria mais viagens. Gastavam os paulistas dois meses “desde a vila de São Paulo até as Minas Gerais dos Cataguás” em 1703, ou seja, pelo menos 1.500 animais estavam envolvidos no comércio de importação. Em 1718 aportaram em Portugal 8.926 kg de ouro, os quais poderiam ser conduzidos aos portos do Brasil em apenas 100 viagens de mulas 6.
A primeira grande onda de emigração ao planalto central do Brasil pressionou forte demanda por meios de transporte – inicialmente, cavalos. Até meados do século XVIII a demanda por animais de transporte pessoal e de carga supria-se de rebanhos de cavalos já existentes na área do rio São Francisco. A contínua expansão dos pólos auríferos na primeira metade do século XVIII fez incrementar as linhas de abastecimento, tornando a condução de animais do distante sul do país, desde cedo, negócio lucrativo. A ampla utilização de cavalos para o transporte pessoal adiou a pressão de demanda por bestas muares (mulas), cruzamento do gado eqüino com o asinino (burros), mais compactas, fortes e resistentes, melhor adaptadas ao terreno montanhoso Os animais de carga constituíam demanda direta do setor mercantil envolvido na distribuição das importações. Desta forma, deve haver relação direta entre a demanda por bestas muares e o trânsito de entradas de mercadorias nos registros. Em 1716/17, os registros mineiros anotaram 11.612 cargas de secos e de molhados importadas, 83,3% via estrada velha de São Paulo (registro da Mantiqueira), as quais exigiriam cerca de 4.000 viagens de mula. Mais comumente feito em lombo de cavalos, o transporte exigiria mais viagens. Gastavam os paulistas dois meses “desde a vila de São Paulo até as Minas Gerais dos Cataguás” em 1703, ou seja, pelo menos 1.500 animais estavam envolvidos no comércio de importação. Em 1718 aportaram em Portugal 8.926 kg de ouro, os quais poderiam ser conduzidos aos portos do Brasil em apenas 100 viagens de mulas 6.
Fonte: http://migre.me/5AFwH
Festa do Trapeiro em Piquete-SP - Julho de 2011
Fonte: Sítio Histórico e Ecológico do Caminho do Our Paragy-rRJ
- vereda (ve-re-da): s. f. Caminho estreito, atalho, senda.
- Fig. Via moral: as veredas da salvação.
- Bras. Região com maior abundância de água e vegetação na zona das caatingas.
- (S da BA) Várzea ao longo de um rio.
- (GO) Clareira entre a vegetação rasteira.
- (Centro) Matas cercadas de campo, com buritis e pindaíbas pelos cerrados.
- Fig. Ocasião, momento: naquela vereda, eu fugi.
- Bras. (S) De vereda, de repente.Fonte: http://migre.me/5AQQ0
Nota: Guaratinguetá, foi por mais de 300 anos um grande
entreposto, centro de suprimento
importante dos produtos destinados ao abastecimento das Minas Gerais, bem como,
transporte do ouro destinado a Portugal, via Paraty-RJ. Restando documentada, uma estrada entre
Guaratiguetá e São João Del Rei, indiscutivelmente passando por Piquete e pelo Registro de Itajubá,
localizado na Garganta do Meia-Lua, caminho das Minas de Itajubá, descoberta
atribuida a Miguel Garcia Velho em 1703, que desemboca na cidade de Marmelópolis-MG. Outra e principal alternativa era seguir em direção a Garganta do Embaú, rumo ao Registro da Mantiqueira. Assim como o Grande Sertões Veredas. É
possivel ignorar que as "VEREDAS
DAS BRUMAS DAS TERRAS ERMAS" como definida pelos Portugueses, na palavra
de Rocha Pombo, no que tange ao Núcleo Embrião de Piquete, se constituia pela
própria geografia em indiscutivel caminho, atalho, senda. Ou seja, todos os
Sertões tem nas suas veredas, verdadeiras veias artérias de transição, fato
notório a dispensar esse meu desconforto em busca de provar o óbvio. Piquete-SP, cuja toponímia significa curral
de pedra, potreiro, mangueiro é um legitimo e secular caminho de tropas. Portanto, esse trânsito de entrada de mercadorias, equivalente a 11.612 cargas de secos e de molhados importados em 1716/1717. Sendo 83,3% via estrada Velha de São Paulo (registro da Mantiqueira), passou por Piquete.
Roteiro do Caminho Velho Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, 1707
- vereda (ve-re-da): s. f. Caminho estreito, atalho, senda.
- Fig. Via moral: as veredas da salvação.
- Bras. Região com maior abundância de água e vegetação na zona das caatingas.
- (S da BA) Várzea ao longo de um rio.
- (GO) Clareira entre a vegetação rasteira.
- (Centro) Matas cercadas de campo, com buritis e pindaíbas pelos cerrados.
- Fig. Ocasião, momento: naquela vereda, eu fugi.
- Bras. (S) De vereda, de repente.Fonte: http://migre.me/5AQQ0