Guilherme
Glymmer, que tomou parte da expedição de Andre de Leão ao Sertão em 1601, cita
o fato de haver encontrado “...aqui e ali aldeias em ruínas”, ou seja (1):
"Em toda a viagem até aqui descrita nada vimos que
denotasse cultura, não encontramos homem algum, apenas aqui e ali aldeias em
ruínas, nada que servisse para alimentação, além de ervas e algumas frutas
silvestres; todavia, observávamos às vezes fumaça, que se erguia no ar, pois
por aquelas solidões vagueavam com suas mulheres e filhos alguns selvagens, que
não tinham domicílio certo e não curavam de semear a terra. Junto a este último
rio, encontramos, finalmente, numa aldeia de indígenas, víveres em abundância,
que vinham muito a propósito, visto que já estavam consumidos os que conosco
tínhamos trazido, e já a fome nos obrigava a comer frutos silvestres e ervas do
campo.
"Tendo-nos demorado aqui quase um mês, abastecidos
de vitualhas, prosseguimos a nossa viagem em rumo de Noroeste e, decorrido um
mês, sem encontrar rio algum, chegamos a uma estrada larga e trilhada e a dois
rios de grandeza diversa, que, correndo do Sul, entre as serras Sabaraasu,
rompem para o Norte; e é minha opinião que esses dois rios são as fontes ou
cabeceiras do Rio S. Francisco."
Em um
outro momento de seus relatos no caminho, volta a falar da presença de índios, agora dos índios bárbaros, encontrados
durante a viagem, afirmando:
"Da aldeia sobredita até estes rios não vimos
pessoa alguma, mas soubemos que além das montanhas vivia uma tribo de selvagens
assaz numerosa. Estes, informados (não sei como) da presença de europeus
naqueles sítios, despacharam um dos seus para nos espreitar. Caindo este em
nosso poder, demo-nos pressa em arrepiar carreira, de medo desses bárbaros e
por nos escassearem os viveres, ficando por explorar o metal por cuja causa
havíamos sido mandados; e, quase mortos de fome, voltamos aquela aldeia de
selvagens.
Assim
temos, mais uma vez parafraseando que; da Aldeia sobredita, ou seja, da Aldeia
citada anteriormente, por onde passaram, souberam que além das montanhas, ou
seja, das montanhas já transpostas, agoraTras-os-Montes, via Núcleo Embrião de Piquete, Raiz do
Monte, Meia Lua, vivia uma tribo de selvagens assaz numerosas que fazia os que por ali passavam arrepiar carreira de medo.
Havendo a expedição retornado pelo mesmo caminho, com destino ao rio Paraíba, isto é, ao Guaipacaré, não estamos falando do mesmo rio, em cuja descrição temos?
"Às margens do rio havia a aldeia de nome Guaypacaré, que segundo Teodoro Sampaio significa, "braço ou seio da lagoa torta", em virtude de um braço do rio Paraíba que ali existia ou, "lugar das goiabeiras", conforme Azevedo Marques, para a variação "Hepacaré". Em 1695, o bandeirante Bento Rodrigues Caldeira alí fixou moradia, dando início às plantações, tão importantes na época, para o abastecimento dos viajantes."(2)
Uma vez considerado o Guaipacaré, fronteira do Sertão, não estamos falando dos Índios Bravos que viviam nesse Sertão, restando indubitável que, o único aldeamento que veio a ser formar no trecho, foi a Aldeia São Miguel do Piquete, 178 anos depois, por volta de 1779, restando claro tabém tratar-se de um núcleo de verdadeiros Herois da recistêcia.
"Às margens do rio havia a aldeia de nome Guaypacaré, que segundo Teodoro Sampaio significa, "braço ou seio da lagoa torta", em virtude de um braço do rio Paraíba que ali existia ou, "lugar das goiabeiras", conforme Azevedo Marques, para a variação "Hepacaré". Em 1695, o bandeirante Bento Rodrigues Caldeira alí fixou moradia, dando início às plantações, tão importantes na época, para o abastecimento dos viajantes."(2)
Uma vez considerado o Guaipacaré, fronteira do Sertão, não estamos falando dos Índios Bravos que viviam nesse Sertão, restando indubitável que, o único aldeamento que veio a ser formar no trecho, foi a Aldeia São Miguel do Piquete, 178 anos depois, por volta de 1779, restando claro tabém tratar-se de um núcleo de verdadeiros Herois da recistêcia.
2) Fonte: http://migre.me/76uNx
1) Fonte: Roteiro de viagem: http://migre.me/76uSq