Com o movimento das entradas e bandeiras
chegaram os primeiros povoadores nas terras que formariam, mais tarde, o
município de Mogi das Cruzes. Em 1561, Brás Cubas, após ter recebido uma
sesmaria que começava ao pé da Serra do Mar e se estendia até Mboygi, fundou a
fazenda Pequeri em um local provavelmente próximo da região onde, em 8 de agosto
de 1611, sob aprovação do então governador D. Diniz de Souza, seria criada a
Vila de Sant’Anna das Cruzes de Mogy-Mirim, por Gaspar Coqueiro, capitão-mor da
capitania de São Vicente.
Localizada entre São Paulo e Rio de
Janeiro, a vila costumava ser ponto de passagem obrigatória daqueles que se
dirigiam para uma dessas capitanias. Caracterizou-se, também, como ponto de
parada de bandeirantes e desempenhou importante papel na colonização do Estado
de São Paulo.
Fonte:http://migre.me/7699T
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Fonte:http://migre.me/7699T
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Nota: Guilherme Glymmer, que tomou parte da expedição de Andre de Leão ao Sertão em 1601, no início da descrição do caminho fala de um riacho que nasce nos montes Guarimumis, ou Marumiminis, ou seja:
"Partindo
da cidade de S.
Paulo, na Capitania de S. Vicente, chegamos, primeiro à
povoação de S. Miguel (distante de S. Paulo cinco ou seis léguas para
o Nascente), à margem do rio Anhembi, e nesse lugar
achamos preparadas as provisões, que os selvagens tinham de carregar nos
ombros. Atravessamos, depois, aquele rio e, com uma marcha
de quatro ou cinco dias a pé, através de densas matas, seguimos
rumo de Norte, até um riacho que nasce nos montes
Guarimumis, ou Marumiminis, onde há minas de ouro.
Por conseguinte o relato conclusivo da jornada trás a seguinte sentença:
"..... pelo
mesmo caminho por onde viéramos regressamos àquele rio, onde havíamos
deixado as canoas, e,
revigorados, saltamos nela e subimos o rio até as suas
fontes; e assim gastos nove meses nesta expedição, voltamos primeiro a
Mogomimin, depois, à cidade de S. Paulo"
Desta feita, resulta extreme de dúvida que, o caminho de volta, em direção ao mesmo rio, ou seja, Paraíba, seguindo posteriormente para Mogomimin, que entre outras toponímias também fora designado como; Mboygi ou Vila de Sant’Anna das Cruzes de Mogy-Mirim, foi retornando à Raiz do Monte, após a transposição da Garganta do Meia Lua, Núcleo Embrião de Piquete.
Agora vejamos, o equivoco insustentável da analise do Roteiro da expedição de Andre de Leão, descrito por Guilherme Glymmer.
Augusto de Saint-Hilare, em sua Segunda Viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo, 1822, ao percorrer o trecho entre Cachoeira Paulista a Guaratinguetá assinala:
"Vila de Guaratinguetá, 23 de março, 5 légua. - Continuamos percorrendo região muito uniforme e geralmente arenosa. Até a Vila de Lorena, que fica situada a três léguas de Cachoeira, o terreno, à direita da estrada. é baixo e pantanoso e não oferece em geral, senão vegetação bastante escassa, semelhante à dos brejos da freguesia de Santo Antônio de Jacutinga."
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" Durante muito tempo só existiram canoas para se atravessar o rio, mas acabam de lançar uma balsa semelhante à do Porto da Cachoeira. Aqui, o rio é um pouco menos largo do que nesta última vila e a vista do porto está longe de ser tão agradável quanto ali; canoas descem de Mogi das Cruzes até aqui trazendo tábuas, toucinho e diversas mercadorias. As canoas podem ainda descer daqui a Lorena. Desta cidade a Lorena a navegação. Já se torna difícil e abaixo desta aldeia fica cortada por frequentes catadupas"
Passados 221 anos, mais de dois séculos, do relato de viagem de Glymmer 1601, temos confirmado o limite de navegabilidade do Rio Paraíba em 1822, por Agusto de Saint-Hilaire. Agora vejamos. Considerando o fato de haver retornado pelo mesmo caminho a expedição de Andre de Leão, é possivel sustentar que tenham desembarcado e seguido até a Raiz do Monte, bem como no retorno, embarcado em uma localidade que fosse, além de Lorena, implicando tal hipótes no enfrentamento do trecho de catadupas, no retorno a Mogim das Cruzes, como fizeram?
Fonte:Augusto de Saint-Hilare, Segunda Viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo, 1822, tradução revista e prefácio de Vivaldi Moreira, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974, pág. 65/66.
Fonte: http://migre.me/7696q
Agora vejamos, o equivoco insustentável da analise do Roteiro da expedição de Andre de Leão, descrito por Guilherme Glymmer.
Augusto de Saint-Hilare, em sua Segunda Viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo, 1822, ao percorrer o trecho entre Cachoeira Paulista a Guaratinguetá assinala:
"Vila de Guaratinguetá, 23 de março, 5 légua. - Continuamos percorrendo região muito uniforme e geralmente arenosa. Até a Vila de Lorena, que fica situada a três léguas de Cachoeira, o terreno, à direita da estrada. é baixo e pantanoso e não oferece em geral, senão vegetação bastante escassa, semelhante à dos brejos da freguesia de Santo Antônio de Jacutinga."
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" Durante muito tempo só existiram canoas para se atravessar o rio, mas acabam de lançar uma balsa semelhante à do Porto da Cachoeira. Aqui, o rio é um pouco menos largo do que nesta última vila e a vista do porto está longe de ser tão agradável quanto ali; canoas descem de Mogi das Cruzes até aqui trazendo tábuas, toucinho e diversas mercadorias. As canoas podem ainda descer daqui a Lorena. Desta cidade a Lorena a navegação. Já se torna difícil e abaixo desta aldeia fica cortada por frequentes catadupas"
Passados 221 anos, mais de dois séculos, do relato de viagem de Glymmer 1601, temos confirmado o limite de navegabilidade do Rio Paraíba em 1822, por Agusto de Saint-Hilaire. Agora vejamos. Considerando o fato de haver retornado pelo mesmo caminho a expedição de Andre de Leão, é possivel sustentar que tenham desembarcado e seguido até a Raiz do Monte, bem como no retorno, embarcado em uma localidade que fosse, além de Lorena, implicando tal hipótes no enfrentamento do trecho de catadupas, no retorno a Mogim das Cruzes, como fizeram?
Fonte:Augusto de Saint-Hilare, Segunda Viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo, 1822, tradução revista e prefácio de Vivaldi Moreira, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia; São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974, pág. 65/66.
Fonte: http://migre.me/7696q