quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

OBSERVANDO O ESPAÇO REAL: Na Capitania de São Vicente (Washington Luís) - Capítulo XVIII - André de Leão - Não pode ser posto em dúvida que d. Francisco de Souza mandou ao sertão André de Leão e mais companhia descobrir minas. Ele transportou-se da Bahia a S. Paulo com o intuito de partindo do Sul, descobrir os metais preciosos que os irmãos João Coelho de Souza e Gabriel Soares de Souza não tinham conseguido achar partindo do Norte.


          Considerações sobre a expedição ao sertão de André de Leão de 1601, em que tomou parte Guilherme Glymmer,  e que dela fez uma descrição, que encontrou abrigo na obra de P. Marcgrave – História Botânica do Brasil. Parafraseando André Resende Guimarães, (Arqueólogo e Mestre em História), quando de suas considerações sobre o “Caminho velho da Minas” no III Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica, realizado em Ouro Preto-MG, em 2009 temos;  
            “.... é preciso, também, desenvolver o habito de observar o espaço real sobre o qual os mapas e cartas discorrem e de fazer referências a cartas produzidas com técnicas modernas, que tem fidelidade bem maior do que àqueles períodos históricos anteriores” (fonte:http://migre.me/74Rjg)
             Nessa direção torna-se oportuno refletir sobre o trecho do percurso no que tange a  catarata do rio Sorobis e mapa:  
             “Processo de ocupação urbana de Guaratinguetá
Ao redor da Matriz de Santo Antônio o sítio urbano de Guaratinguetá surgiu, em 13 de junho de 1630, sobre o alongado do baixo terraço, rodeado por encostas íngremes, e separado das terras vizinhas pelo rio Paraíba e seus afluentes. A planta urbana de Guaratinguetá mostra subjugação às condições topográficas. O revelo da cidade condicionou *uma ocupação alongada e estreita, acompanhado as margens do rio Paraíba, ocupando planícies inundáveis (Figura 2).”
Fonte do mapa e da transcrição:http://migre.me/74j3G

             Eis a descrição do trecho contido no roteiro:
           "Partindo da cidade de S. Paulo, na Capitania de S. Vicente, chegamos, primeiro à povoação de S. Miguel (distante de S. Paulo cinco ou seis léguas para o Nascente), à margem do rio Anhembi, e nesse lugar achamos preparadas as provisões, que os selvagens tinham de carregar nos ombros. Atravessamos, depois, aquele rio e, com uma marcha de quatro ou cinco dias a pé, através de densas matas, seguimos rumo de Norte, até um riacho que nasce nos montes Guarimumis, ou Marumiminis, onde há minas de ouro. Aqui, aparelhadas algumas canoas de cascas de árvores, continuamos rio abaixo, durante cinco ou seis dias, e fomos ter a um rio maior que corria da região ocidental. Aquele primeiro riacho desliza por sobre campos baixos e úmidos, notáveis por sua amenidade. Tendo descido este rio maior, em dois dias, encontramos outro ainda muito maior, que nasce no lado setentrional da Serra de Paranapiacaba (assim como o Anhembi nasce no lado austral da mesma Serra), e correndo, a princípio, para o Ocidente, na mesma direção dos montes, depois, formando um cotovelo, se encaminha por algum tempo para o Norte, e, afinal, como geralmente se crê, se lança no Oceano entre o Cabo Frio e a Capitania de Espírito Santo; chama Rio de Sorobis e é abundantíssimo em peixes, tanto grandes como pequenos. Descendo também este rio, durante quinze ou dezesseis dias, chegamos a uma catarata, onde o rio, apertado entre montanhas alcantiladas, se despenha para o Nascente. Por isso, abicamos neste ponto as nossas canoas e marchamos outra vez a pé, ao longo de outro rio que desce do lado ocidental e não se presta a navegação.
Fonte: http://migre.me/74j6n 
           Nota:  Constituindo a região de Guaratinguetá em uma das mais estreitas do rio Paraiba, parafraseando, rodeado por encostas íngremes, relevo condicionado a uma  ocupação alongada e estreita. É possivel vislumbar outra região que não seja essa, "onde o rio, apertado entre montanhas alcantiladas, se despenha para o Nascente, formadar da catarata, ponto limite de sua navegabilidade ? É possível desconsiderar que, o rio que desce da direção do por do sol (lado ocidental) não seja, o ribeiro do limeira, citado quando da descrição e análise do caminho velho, pela Professora Andrée Mansuy Diniz Silva, contido na Obra de Andre João Antonil? 

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...