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Na região atual do Estado do Rio de Janeiro, os habitantes que os colonizadores europeus primeiro encontraram foram os TUPINAMBÁS, da família TUPI, espalhados, aos milhares, em aldeias formadas por cerca de 500 a 3000 indígenas cada.
Na região atual do Estado do Rio de Janeiro, os habitantes que os colonizadores europeus primeiro encontraram foram os TUPINAMBÁS, da família TUPI, espalhados, aos milhares, em aldeias formadas por cerca de 500 a 3000 indígenas cada.
Os povos da família TUPI e os da família PURI (menos conhecidos, mas ocupando grande extensão do território do Estado do Rio) foram os que contribuíram, decisivamente, para a formação étnica do povo fluminense.
Pode-se dizer que nas terras do Estado do Rio de hoje viveram indígenas de pelo menos vinte idiomas diferentes, pertencendo todos (menos um não classificado) a quatro grandes família linguísticas (Tupi, Puri, Botocudo e Maxacali). Sua localização é imprecisa: a procura de novas terras para plantio e territórios para caça, os conflitos intertribais, a busca legendária “Terra Sem Males” ou “Paraíso Terrestre” e, sobretudo, a fuga da escravidão pelos colonizadores, provocaram sua constante movimentação.
Grupos indígenas no Estado do Rio de Janeiro em diferentes momentos da Colônia. (Pesquisa realizada pelo Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) :
A família Tupi ou Tupi-Guarani Tupinambá ou Tamoyo nas zonas de lagunas e enseadas do litoral do Cabo Frio até Angra dos Reis;
Temiminó ou Maracajá, na Baía de Guanabara;
Tupinikim ou Margaya, no litoral norte fluminense e Espírito Santo;
Ararape ou Arary, no vale do Paraíba do Sul;
Maromomone ou Miramomim, na antiga missão de São Barnabé.
A família Puri (vinculada pelo pesquisador Aryon Rodrigues ao tronco Macro-Jê).
Puri, Telikong ou Paqui, nos vales do Itabapoana e Médio Paraíba e nas serras da Mantiqueira e das Frecheiras, entre os rios Pomba e Muriaé. Estava dividida em três sub-grupos: Sabonan, Uambori e Xamixuma;
Coroado, em ramificações da Serra do Mar e nos vales dos rios Paraíba, Pomba e Preto. Subdividida em vários grupos entre os quais, Maritong, Tamprum e Sasaricon;
Coropó no rio Pomba e na margem do Alto Paraíba;
Goitacá, Guaitacá, Waitaka ou Aitacaz, nas planícies e restingas do Norte Fluminense, em áreas próximas ao Cabo de São Tomé, no território entre a Lagoa Feia e a boca do rio Paraíba. Subdividida em quatro grupos: Goitacá-Mopi, Goitacá-Jacoritó, Goitacá-Guassu e Goitacá-Mirim;
Guaru ou Guarulho, falada na Serra dos Órgãos e também nas margens dos rios Piabanha, Paraíba e afluentes, incluindo o Muriaé, com suas ramificações por Minas Gerais e Espírito Santo;
Pitá, na região do rio Bonito;
Xumeto, na Serra da Mantiqueira;
Bacunin, no rio Preto e próximo à atual cidade de Valença;
Bocayú, nos rios Preto e Pomba;
Caxiné, na região entre os rios Preto e Paraíba;
Sacaru, no vale do Médio Paraíba; .Paraíba, também no Médio Paraíba.
A família Botocudo (pertencente ao tronco Macro-Jê), Aimoré ou Batachoa, nos vales do rio Itabapoana e na região do rio Macacu) A família Maxacalí ou Mashakali (vinculada por Aryon Rodrigues ao tronco Macro-Jê).
Maxacalí ou Mashakali, falada na área do rio Carangola, nas atuais fronteiras do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
Língua não-classificada .Goianá, Guaianá ou Guaianã, cujos falantes estavam concentrados na Capitania de São Vicente. Alguns foram localizados na Ilha Grande, em Angra dos Reis e em Parati.
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