quarta-feira, 21 de março de 2012

Garcia Rodrigues Pais

Cunhado dos bandeirantes Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, Francisco Pais de Oliveira Horta e do Guarda-Mor Manuel Borba Gato. Garcia Rodrigues Pais Leme casou-se com a prima D. Maria Antônia Pinheiro da Fonseca. Partiu com o pai aos 13 anos. Em 1674 integrou a bandeira que percorreu os sertões por quatro anos. Morto o pai em 1681, foi ao arraial do rio Paraopeba, encontrar D. Rodrigo de Castelo Branco, a quem entregou as amostras das esmeraldas e transmitiu a posse da mina onde haviam sido encontradas. Depois ficou numerosos dias no rio das Velhas, fazendo sondagens, até encontrar o cadáver do pai, naufragado quando transportado em canoa para o Sumidouro.
As amostras de esmeraldas foram divididas entre ele e Francisco da Cunha, para as apresentarem à câmara de São Paulo. Outros pormenores se podem ler no verbete dedicado a D. Rodrigo de Castelo Branco. Datado de 18 de novembro de 1681 guardou-se um atestado do Padre Domingos Dias, reitor do Colégio dos jesuítas, a Garcia Rodrigues Pais, para obter o foro de fidalgo. Diz o padre: «Certifico eu que é verdade manifesta e notória a todos os moradores da dita vila de São Paulo que o governador Fernão Dias Pais, que Deus haja em sua glória, foi um dos homens mais notáveis e principais desta capitania, assim por seus avós como pelos cargos mais honrosos que serviu nesta república, sempre com notável satisfação e inteireza». Seus ossos, trazidos pelo filho, dormiam no mosteiro beneditino em São Paulo.
No dia 11 de dezembro de 1681, Garcia se apresentou perante oficiais da Câmara de São Paulo e expôs as esmeraldas descobertas pelo pai, «as quais eram o resto das que tinha entregue ao administrador D. Rodrigo de Castelo Branco para as remeter a Sua Alteza, e que trazia para serem vistas, contadas e pesadas porque tencionava ir pessoalmente levá-las a Sua Alteza, para consignar o desinteresse com que servia.»
Mostrou 47 esmeraldas (na realidade se verificaria posteriormente serem turmalinas verdes, rejeitadas pelos lapidários da Corte como as colhidas por Tourinho, Adorno e Marcos de Azeredo o velho). Mas eram grandes e pequenas, transparentes, pesando 133 oitavas ou seja todas juntas um arratel e cinco oitavas; mais outro saco de pedras miúdas imperfeitas, e nove grandes, três arráteis e um quarto (um arratel 26 oitavas); e outro de miúdas com dois arrateis e oito oitavas. Mais uma pedra sextavada, seis oitavas; em sacos de tafetá encarnado, todas, metidos em dois sacos de chamalote também encarnado…»

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...