quinta-feira, 26 de abril de 2012

CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA DO POVOAMENTO EM SÃO PAULO ATÉ FINS DO SÉCULO XVIII


OS  PRIMEIROS  POVOADORES EUROPEUS 
Náufragos, aventureiros de toda a sorte já estavam, nas primeiras décadas  do século  XVI, estabelecido no litoral e até serra acima. Formavam três núcleos:  São Vicente, Cananéa e Santo André. 
Desses três núcleos o mais importante foi São  Vicente. Servia já naquele tempo de porto de refresco obrigatório para as armadas  em demanda do rio da Prata. Possuía recursos consideráveis, tendo em conta a época e o lugar. Alonzo de Santa Cruz não hesita em chamá-lo de "pueblo de San Vicente".  Descreve seu aspecto parecido  com o de uma aldeia portuguesa do século XVI  com torre de defesa de pedra. Possuía um estaleiro rudimentar para consertos de navios  e até fabricação de bergantins. Seus habitantes europeus cultivavam para seu  sustento e para vender aos navios de passagem, não só os mantimentos da terra  como verduras européias. Criavam galinhas e porcos. São Vicente já era enfim uma verdadeira aldeia, um núcleo de povoamento europeu, o primeiro em toda a costa  da América Portuguesa.  Quanto aos dois outros, parecem ter tido uma importância bem menor.  Celebrizaram-se sobretudo pelos nomes de seus principais habitantes, o misterioso  bacharel de Cananéa e João Ramalho.  A missão de Martim Afonso não foi portanto de fundar um núcleo de  povoamento, mas mui habilmente de se aproveitar do que já existia, de se servir da  base, de lhe dar uma vida oficial e localizar dentro desses núcleos os povoadores  importados. Não é fundador, é colonizador. É o espírito prático, conhecedor das  realidades, que sabe se aproveitar da oportunidade única de apoiar sua colonização  em homens adaptados ao país e que vão em grande parte, garantir-lhe o  suces so.  Martim Afonso oficializa a existência de São Vicente e  com notável visão compreende a importância da aldeia de João Ramalho em pleno sertão, a única em toda a  costa atlântica da América. Cria os cargos de governo, dá existência oficial, distribui  terras pelos imigrantes.  São Vicente, devido a sua situação de porto de mar, prospera rapidamente.  É dele que vai partir a onda povoadora. Já em 1545 Braz Cubas funda a cidade de  Santos em lugar bem escolhido. Mais tarde, em tempos já de Thomé de Souza, Santo  André, a boca do sertão, atrás de seus muros de pau a pique e taipa, constantemente  atacado pelos índios, toma-se um verdadeiro castelo forte de fronteira.  Em torno desses núcleos já se abrem as roças, já se fundam os engenhos de  açúcar, já se cria um povoamento rural. O colono lavra a terra e defende sua fazenda  de armas na mão contra o índio.  Mas em meados do século XVI aparece um novo fator do povoamento  com  um verdadeiro método de colonizador: o jesuíta. Nóbrega  com sua alta visão de  político, Anchieta  com a energia de um santo jesuíta, resolveram fundar serra acima, entre as tribos guaianases, um  colégio para catequizar os silvícolas. A situação  geográfica de São Paulo, sua localização estratégica sabiamente escolhida pelo  instinto guerreiro dos índios, em pouco tempo transformou  e s se novo castelo forte  num núcleo de povoamento de primeira ordem. A política jesuíta de aldeamento  dos índios em pouco tempo esparramou pelos territórios do planalto, em  tomo de São Paulo, uma quantidade de aldeias. Entre essas aldeias  espalharam-se as fazendas. O sertão  começou a recuar.  Por outro lado, já em fins do século XVI  começam a aparecer serra acima  as primeiras povoações de fundação particular. Parnaíba fundada por volta de 1580  por André Fernandes, Mogi das Cruzes e Juqueri. No litoral fundam-se os núcleos  de Itanhaem, Xiririca e Iguape. De tal maneira que ao alvorecer do século XVII a  situação do povoamento de São Paulo era a seguinte.  O litoral sul já era bastante povoado  com as vilas de Cananéa (vila em 1578),  Xiririca, Iguape, Itanhaem (vila em 1561), Cubatão, São Vicente e Santos. O litoral  norte, entretanto, era muito menos povoado, não possuindo nenhuma vila. Algumas  sesmarias tinham sido concedidas em São Sebastião, mas nenhuma aldeia, nenhum  povoamento urbano existia. É que os terríveis Tamoios de seu quartel general em  Ubatuba assolavam a costa Norte toda até o forte construído em Bertioga,  como  sentinela avançada da civilização paulista. O litoral Sul ao contrário, já antes do  povoamento oficial de 1532, todo  ele habitado pelos guaianases aliados dos  vicentinos.  No planalto o núcleo principal era São Paulo. Em torno da futura capital as  inúmeras aldeias de índios fundadas pelos jesuítas: M'Boy, Santo Amaro, Pinheiros, Guarulhos, Carapicuiba, Itaquecetuba, São Miguel, etc. e mais as primeiras  vilas de fundação particular já citadas.  É essa esquematicamente, a situação dos núcleos de povoamento urbano de  São Paulo em fins do século XVI.  (http://migre.me/8PVEP)
..............................................................................................................................................

Um dos caminhos era, Via Registro (Piquete), Conceição do Embaú (Cruzeiro)
Clique na imagem para reduzi-la
Topônimo Alto da Serra, espaço colonial de Piquete-SP, Garganta do Sapucaí, Desfiladeiro de Itajubá, Caminho Velho, Caminho Geral do Sertão, Caminho dos Paulistas, Estrada Real do Sertão.
Fonte Carta corográfica - Capitania de S. Paulo, 1766 (http://migre.me/96jly)

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...