quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Seminário internacional “ Herança, identidade, educação e cultura: gestão dos sítios e lugares de memória ligados ao tráfico negreiro e à escravidão”

Nome da Palestra: O que é turismo cultural Palestrante: Hervé Barré, especialista em turismo cultural e desenvolvimento
Data: 20/08/2012 – 12:30
Hervé Barré lamenta o curto tempo que teria sua exposição. E fala da sua percepção e das propostas da Unesco em relação ao turismo de memória, associado à Rota de Escravos. A partir de ações rigorosas de pesquisa, do desenvolvimento, das visitas, da memória partilhada e da memória visitada, criaremos um diálogo que evitará o esquecimento das grandes tragédias da humanidade. Graças à criação da Rota do Escravo podese criar um diálogo entre as raças. Hervé entende a Unesco, há mais de 30 anos, a partir da convenção no México e da cúpula de Johanesburgo, que o turismo cultural é parte do desenvolvimento social. E a cultura é uma identidade social. O turismo cultural é um meio para garantir e assegurar esse desenvolvimento. Turismo é uma das principais atividades para valorizar a cultura no planeta e criar empregos. A cultura se define a partir da declaração da Unesco de desenvolvimento cultural. Os aspectos afetivos, culturais, espirituais e os modos de vidas, os sistemas de valores são agentes desse desenvolvimento. Intentase aproximar o desenvolvimento cultural aos objetivos sociais e econômicos. É importante relacionar os agentes numa dimensão ética. Ou seja, manter o respeito às populações locais e evitar os excessos do turismo. O turismo mudou, e hoje é mais democrático. Nas últimas três décadas, as populações locais têm demonstrado mais interesse em atividades culturais, patrimoniais e ecológicas relacionadas ao turismo. A Unesco, por meio de seus trabalhos, reconhece as capacidades dessas populações. A identidade cultural atribui sentido ao turismo.
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O turismo de memória se baseia na declaração universal dos direitos humanos. A Rota do Escravo é um exemplo de turismo de memória. Ainda que o objetivo principal seja o turismo de massa, sua coabitação com o turismo de memoria é essencial. É  importantíssimo demonstrar que podem agir de forma conjunta. A infraestrutura deve ser pensada de acordo com as especificidades de cada visitante. Como exemplo, um turista jovem, em geral, terá
interesses diferentes de um turista de terceira idade: ambos devem ser contemplados. Restaurantes e lembranças, por sua vez, também devem ser adequados a cada lugar.
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Devemos encorajar as populações locais para que se apropriem dessa realidade e tenham mais autonomia a partir de meios e etapas de evolução. O investimento humano é necessário assim como o investimento financeiro. Para que se garanta a participação de todos devemos integrar os princípios da Unesco aos planos de gestão de governança democrática. É imperativo criar mais empregos e lutar contra a pobreza nos lugares de memória. Assim, serão garantidas melhores condições de vida e valorização de suas culturas. Isto será obtido com o reforço do turismo, da economia, da mobilização de recursos humanos, de aquisição de capacitação técnica e de competências profissionais. Dashur, no Egito, é exemplo desse processo de patrimônio mundial usado para o bem da população local. Com várias instituições envolvidas, é garantida a preservação para as futuras gerações e também a
promoção do desenvolvimento.
Fonte: http://migre.me/apA6j

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...