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Durante o século XVII, a população se dedicou a captura de indígenas para a escravidão, com o objetivo de cultivar a terra e buscar metais e pedras preciosas, mas logo perceberam que os índios seriam de difícil trato para servirem aos poucos colonos portugueses. Ainda no final do século XVII, os vicentinos aceleraram as buscas por riquezas minerais e descobriram as primeiras jazidas de ouro no sertão, onde hoje está situada a cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais e posteriormente descobriram mais ouro nas terras onde hoje estão os Estados de Mato Grosso e Goiás.
Praticamente todo o deslocamento de exploradores de São Paulo de Piratininga para o sertão do ouro era feito pela Estrada dos Goyazes, que cruzava as atuais terras do triângulo mineiro para alcançarem as minas de ouro.
Até a primeira metade do século XVIII, a área do Povoado de Vila de São Paulo de Piratininga se limitava as Igrejas do Carmo, São Bento e São Francisco e as lavouras ou roças de subsistência dos paulistanos estavam onde hoje se encontram os bairros do Brás, a Rua Santa Efigênia, a Santa Cecília e a Praça da República. Já no campo, mais distante destas localidades, estavam à fartura e a opulência, proporcionadas por uma produção agrícola diversificada, criação de animais e indústrias rudimentares, como engenhos de cana, teares manuais, etc. O ambiente rural, de certa forma lembrava os tempos medievais; os donos das grandes fazendas – a maioria, senão a totalidade, obtidas por doação – em geral eram austeros, tinham autoridade absoluta sobre a esposa, os filhos e os escravos.
A “febre do ouro” no período de 1.730 – 1.750 atraiu um numeroso grupo de paulistas para Minas Gerais e Goiás. Os primeiros anos da exploração do ouro e do diamante foram marcados pela escassez de produtos de primeira necessidade e logo surgiu a necessidade de cultivar roças que foram se estabelecendo ao longo das rotas do ouro, proporcionando comida e pouso aos viajantes, aventureiros, tropeiros e comerciantes.
Em 1.763, a sede do Governo Geral da Colônia foi transferida da Bahia para a cidade do Rio de Janeiro em virtude da importância econômica do ouro e a Vila de São Paulo de Piratininga deixou de ser um ativo entreposto comercial por certo período devido ao desvio das mercadorias do sertão para a nova sede do governo através de uma estrada que ligava Goiás e Mato Grosso ao sul de Minas e a cidade do Rio de Janeiro, deixando a Estrada dos Goyazes praticamente deserta, estagnando a Vila de São Paulo de Piratininga e a exploração das terras as margens do Rio Pardo e Rio Grande e desenvolvendo a região do Desemboque, atual cidade de Sacramento. (Fonte: PORTO DAS CANOAS O RETRATO DE UM DECLÍNIO)
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Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Nota: Esse trajeto, passa pelo Alto da Serra, entre outra toponímias ao logo dos tempos,(Meia Lua, Garganta do Sapucaí, desfiladeiro de Itajubá), espaço colonial localizado em Piquete-SP, onde veio a se instalar o Registro de Itajubá. Por outro lado, fazia ligação com o Caminho da Piedade à partir de Lorena, em demanda da Fazenda Santa Cruz no Rio de Janeiro. Essa estrada teve sua construção autorizada pela Coroa em 1725, objetivando evitar o caminho por Paraty, uma vez que, o trecho entre está ultima localidade, e o Rio de Janeiro por via marítima estava sujeito ao ataque de piratas.