sábado, 20 de outubro de 2012

COSTA DO OURO E DA PRATA (Transcrição)

Enquanto o novo forte era construído, os marinheiros fabricavam um bergantim e o Provedor da Armada Henrique Montes foi encarregado de obter mantimentos suficientes para uma viagem prevista para durar mais de dois anos, enquanto Henrique Montes convencia aos nativos a fornecer grandes quantidades de alimentos, Martins Afonso de Souza decidiu enviar um pequeno destacamento com a missão de explorar o interior da região, que após uma árdua jornada de sessenta léguas pelas escarpadas de uma grande serra os expedicionários chegaram a uma aldeia de um grande rei que recebeu os estrangeiros com grandes honras e concordou em acompanha-los na jornada de volta até ao Rio de Janeiro, e que ao ser apresentado com todas as formalidades a Martins Afonso de Souza, o chefe indígena deu preciosas informações de que no Paraguai havia muito ouro e prata, e após três meses de permanência no Rio de Janeiro, Martins Afonso de Souza zarpou para o sul ao raiar do dia 1 de Agosto de 1531 e que por sugestão de Henrique Montes, seus navios fundearam em frente a Ilha de Cananeia no litoral sul de São Paulo quase na fronteira com o Paraná, onde o marujo Pedro Annes que vivia de longo data no Brasil foi enviado para vistoriar a região e que após alguns dias retornou trazendo para bordo da nau-capitaneia o misterioso Bacharel de Cananeia e alguns de seus homens que haviam desertado da expedição comandada por Dom Rodrigo de Acuña em 1526.
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COSTA DO OURO E DA PRATA
Rota da Expedição de Martins Afonso de Souza
Fonte: http://migre.me/beX4u
BAIA DE PARATY-RJ

Fonte do Mapa: http://migre.me/bgp4l
Nota: Apenas para pontuar, a respeitável trecho transcrito reproduz erros, tais como, a jornada foi de 2 (dois) meses, quando então percorreram 115 léguas, sendo  sessenta e cinco delas por montanhas muito grandes e cinquenta foram por um campo muito grande. Na oportunidade encontraram com  um grande rei Senhor de todos aqueles Campos.  Por conseguinte, considerando que uma légua equivale a 6,600 m o caminho percorrido pelo interior foi de aproximadamente de 759 km. Agora vejamos, os navios partiram para Cananeia, somente após o retorno da expedição, significando que jamais partiram de Cananeia, restando conhecido a latitude onde se encontravam quando da partida e volta, Baia de Paraty-RJ. Ficando por aqui deixando outras informações para um momento oportuno, informo que a fonte foi o Diário da Navegação de Pero Lopes de Souza de 1530 a 1532. - Francisco Adolfo Varnhagem 1839 - Lisboa Typographia da Sociedade Propagadora dos Conhecimento Uteis - Rua Nova do Carmo n.° 39 D.


Fontes dos Mapas: Blog Paraty Cidade onde o Tempo não Para:  http://migre.me/bgnVx

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