sábado, 24 de novembro de 2012

DESCOBRIDORES (Transcrição)

Descobridores








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Depois de Pedro Álvares Cabral (1500) e antes do início da Colonização (1531) diversos indivíduos atravessaram o Atlântico, seja como comandantes ou tripulantes de navio, seja como degredados ou até mesmo náufragos, e pisaram em terras brasileiras, devendo também ser considerados descobridores do Brasil.
Nessa pluralidade, destacam-se três portugueses: Martim Afonso de Souza, Caramuru – Diogo Álvares Correia - e João Ramalho.
“No dia 20 de novembro de 1530, o fidalgo Martim Afonso de Souza foi chamado de Paço de Évora para uma reunião com o rei João III. Aos 30 anos de idade, Martim Afonso era amigo pessoal e convivia com o monarca desde a infância. Mas, até então, nunca tinha sido incumbido de missão tão importante quanto aquela para a qual seria designado - a maior desde a descoberta em 1500 e a primeira comandada por um fidalgo.” Capitães do Brasil, Eduardo Bueno, pág.19
A missão do comandante não era apenas expulsar os franceses traficantes de pau-brasil, dar força às feitorias, e depois, numa tentativa de ocupar as terras, doá-las num regime de sesmarias. Afirmam alguns estudiosos que o principal objetivo da esquadra era descobrir “uma misteriosa Serra da Prata”, minas de ouro.
A chegada de Martim Afonso ao Brasil (Pernambuco) foi em 31 de janeiro de 1531, depois de quase sessenta dias de viagem, a contar da partida em 3 de dezembro do ano anterior. Tratou logo de expulsar os franceses, recuperou a feitoria de Igaraçu (ilha de Itamaracá) saqueada pelos franceses.
O terceiro porto do navegador português foi na baía de Guanabara, aonde chegou no dia 30 de abril. Foi no Rio de Janeiro que Martim Afonso estabeleceu sua primeira base. “Embora soubesse que o Rio de Janeiro se localizava ao norte da região que deveria explorar, Martim Afonso decidiu estabelecer ali sua primeira base no Brasil. Já no dia seguinte ao desembarque, seus homens deram início à construção de uma sólida paliçada de toras pontiagudas. Dentro dela, ao longo das semanas seguintes, ergueram uma casa-forte, um estaleiro rudimentar e uma ferraria. (Obra citada, pág. 47).
Depois de três meses de permanência no Rio de Janeiro, o comandante seguiu para S. Paulo, chegando próximo à fronteira do Paraná em primeiro de agosto de 1531. Após diversas excursões no estuário do Prata, á procura do “ouro branco”, desembarcou numa baía do litoral de S. Paulo, num ponto já habitado e visitado por vários navegadores. “Por coincidência, Martim Afonso desembarcou naquela baia do litoral de São Paulo em 22 de Janeiro de 1532 – o mesmo dia no qual, exatos 30 anos antes, ali haviam chegado Américo Vespúcio e Gonçalo Coelho. Como 22 de janeiro é dia de São Vicente – padroeiro de Portugal -, fora com o nome desse santo que Coelho e Vespúcio tinham batizado o local. Martim Afonso manteve a denominação, mas durante vários anos os portugueses continuaram se referindo ao vilarejo como Porto dos Escravos. (Obra citada, pág. 57 e 58). Além de manter o nome, Martim Afonso tornou o lugar uma vila. Vila de São Vicente, a primeira do Brasil, situada na parte baixa da planície. Na parte alta, no topo, a vila de Piratininga.
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