sábado, 29 de dezembro de 2012

Dúvida injustivicável sobre o roteiro de viagem de D. Rodrigo de Castelo Branco.

A expedição de 1681 (Transcrição)
Em 2 de março de 1681, com aprovação de D. Rodrigo, a Câmara de São Paulo nomeou Estêvão Sanches de Pontes para ir como sargento-mor da sua tropa; como desde 8 de fevereiro de 1679 tinha nomeado para Capitão Manoel Cardoso de Almeida, formaram-se assim três companhias.

A tropa de D. Rodrigo partiu a 19 de março de 1681 com 240 homens, entre os que Matias Cardoso de Almeida como tenente-general adjunto; o capitão-mor Brás Rodrigues de Arzão, o sargento-mor Antônio Afonso Vidal; sargento-mor Estêvão Sanches de Pontes; Manuel Cardoso de Almeida, João Saraiva de Morais, Domingos do Prado (filho de João do Prado da Cunha e Mécia Raposo); Jerônimo Cardoso, o filho deste Francisco Cardoso, João Dias Mendes, André Furtado de Mendonça como capitão de companhia. A morosidade dos preparativos havia irritado os Paulistas mas D. Rodrigo saiu bem apetrechado, tropa de animais, víveres e munições, cuidados especiais. Havia 120 trabalhadores para as minas, 60 indios para condução dos objetos de D. Rodrigo, mais 60 índios de Matias Cardoso. Chegaaram a Atibaia já a 24 de março.

Por grande ironia, data de 27 de março de 1681 carta em que Fernão Dias Pais, do sertão, escreve: Deixo abertas cavas de esmeraldas no mesmo morro donde as levou Marcos de Azeredo, já defunto, coisa que há de estimar-se em Portugal." A tradição quer que tais esmeraldas tenham sido colhidas na região dos rios Jequitinhonha e Araçuaí.

A 19 de abril de 1681 diz-se que «fugiam-lhe índios na passagem de Sapucaí». Assim, o caminho seguido portanto não foi o de Paraíba do Sul. Tal caminho de Atibaia ou de Sapucaí e o do Paraíba do Sul se comunicavam, porém, por diversas gargantas na serra da Mantiqueira. Na região de Santo Antônio da Cachoeira ou Piracaia, as gargantas do rio Cachoeira e Muquem, afluentes do rio Atibaia e situados entre os morros do Lopo e a pedra do Selado; fronteiras a Jacareí, as gargantas do rio do Peixe e do rio das Cobras, afluentes do Paraíba e situados ao sul da pedra do Selado; fronteiras a São José dos Campos, as gargantas do rio Buquira; fronteiras a Pindamonhangaba, e entre os morros do Itapeva e Pico Agudo, a garganta do Piracuama; a partir do Jacareí, as gargantas convergem para a região mineira do Sapucaí, hoje São José do Paraíso, Santana do Sapucaí, etc. Fronteiras a Guaratinguetá, as gargantas do Pragui e Guaratingueta; a fronteira de Lorena a Piquete, fronteira de Cachoeira (Bocaina) há a garganta do Embaú, onde se fez a habitual entrada para as Minas Gerais, ganhando o vale do Passa Vinte depois da travessia da Serra. Os animais levados por D. Rodrigo irão reforçar, com frutas e sementes, os arraiais de Baependi e na Ibituruna, falados antes, de Jaques Felix. E Lourenço Castanho Taqueshavia limpado os caminhos dos índios, conquistados no lugar batizado por isso mesmo Conquista.

Em 4 de junho de 1681 D. Rodrigo escreveu carta, do arraial de São Pedro do Paraopeba (Taques ainda diz Paraipeva) em que felicita Fernão Dias Pais pelos seus serviços nos descobrimentos de esmeraldas. Avançavam lentamente pois grande parte da matalotagem de Castelo Branco, em cavalos por falta de índios, dava consideravel trabalho ao ajudante João Carvalho Freire.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.http://migre.me/cA7wf
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Observações: 
1) - As entradas para Minas Gerais; 
Fernão Dias Paes, o Caçador de Esmeraldas Antes de partir mandou na frente Bartolomeu da Cunha Gago e Matias Cardoso de Almeida, com a missão de plantar roças de mantimentos no Sumidouro. A bandeira saiu de São Paulo em julho de 1674. Fernão Dias tinha então 66 anos de idade. Com ele iam seu filho, Garcia Rodrigues Paes, e  seu genro, Borba Gato, além de outros sertanistas experimentados. Eram cerca de quarenta brancos e muitos índios. (Fonte: http://migre.me/cA7Wo)
2) ROÇAS DE BENTO RODRIGUES: O roteiro do caminho contido na Obra de Andre João Antonil, possibilita afirmar que, a realização de lavouras e roças eram privilégios dos descobridores das minas. Todavia não tinha essas roças o propósito de benevolência nem tão pouco caridade. Uma vez que, os produtos eram vendidos por altos preços aos passageiros. Dada a escassez de alimentos, o valor dos produtos eram elevados, ou seja, quanto maior era a necessidade maior o valor. As roças coincidiam com as paragem e estalagem, as quais se constituíam de vendas e pousos. Conseqüentemente os três dias demandados para percorrer as Roças de Bento Rodrigues, a partir do porto Guaipacará, garantia-lhe o monopólio e o privilégio na venda dos produtos que eram vendidos nesse trecho. Em fim, resta incontrastável que, essas paragem e pousos deram necessariamente origem a núcleos populacionais, assertiva contida no próprio roteiro. Ademais, resta 
indubitável pelo prestigio que desfrutava junto a coroa, como descobridor das minas que, essa exploração comercial por Bento Rodrigues, teve inicio muito antes da oficialização da concessão da sesmaria. Sendo certo que havendo passado por esse caminho na expedição do pai quando ainda contava com 13 anos de idade em 1674, soube escolher muito bem o que lhe interessava no caminho das 05 serras altas. Ou às plantas a que se refere na roteiro, de propriedade de Garcia Rodrigues, antes de chegar as serras de Itatiaia, não pertence ao mesmo e indigitado descobridor, caminho percorrido pelos que seguiam pela via da Garganta do Embaú.
3) Também o primeiro historiador das Minas Gerais, Diego de Vasconcellos, ao reconstituir os vários itinerários feitos pelos bandeirantes, relata que em 1692, uma bandeira comandada por Brás Rodrigues Arzão, neto de Antonio Rodrigues Arzão, chegando aos sertões de Guarapiranga, “deparou-se com índios de nação Puri e de Botocudos  do Rio Doce” Fonte: http://migre.me/cAa5n
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Nota: Dada a logística necessariamente demandada, com envio antecipado de Matias Cardoso de Almeida ao Sertão, para preparação do caminho por Fernão Dias Paes. Bem como o posterior estabelecimento do filho, Bento Rodrigues Caldeira na região do Guaipacaré, com suas roças, no caminho dos Paulistas, Estrada Real do Sertão, em demanda do Alto Sapucaí. Possibilita ter alguma dúvida  que pudesse levar os sertanistas a abandonar esse caminho em detrimento de qualquer outro, objetivando alcançar a região do Sabaraçu?  Ou seja, a carta atribuída a Fernão Dias Paes, de 19 de abril de 1681, no sentido que; "fugiam-lhe índios na passagem de Sapucaí", não possibilita afirmar que, a Rota percorrida por D. Rodrigo, conduzido por Matias Cardoso de Almeida entre o outros, não tenha sido a de seu conhecimento, devidamente consolidada, isto é, a do Paraíba do Sul, via Alto da Serra? Ou Antonio Rodrigues Arzão não nasceu em Taubaté, cujo caminho percorrido encontra-se nesse mesmo sertão, indubitavelmente do conhecimento pleno de Brás Rodrigues seu neto?
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)



GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

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