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O governador D. Francisco de Sousa permaneceu inicialmente em Santos e São Vicente, mas as Atas da Câmara de São Paulo atestam sua presença serra acima em 16 de maio de 1599 (20). Acompanhado por um séquito qualificado de mineradores – Geraldo Betting e Jacques de Oalte –, dado que os motivos de sua nomeação como governador da então criada Repartição do Sul era organizar e motivar a população de São Paulo a percorrer o sertão em busca de ouro e pedras preciosas, trouxe também consigo dois importantes engenheiros italianos: Massai e Baccio da Filicaia. As notícias de mineração de ouro no Jaraguá reorientaram a política colonizadora nos tempos da União das Coroas Ibéricas, e D. Francisco foi deslocado às terras meridionais para estimular pesquisas e dar um caráter sistemático às incursões de entradas e bandeiras nos sertões. A Massai são atribuídas as Relaciones Geográficas da costa da Repartição do Sul; já a Baccio da Filicaia, o primeiro esforço para estabelecer alguma disciplina no urbanismo da vila de São Paulo e orientar o seu crescimento. Segundo Nestor Goulart, teria sido Baccio da Filicaia (21) o responsável pelo traçado das duas ruas retas fora dos muros do povoado: a rua Direita de São Bento e a rua Direita. Em tempos do domínio felipino, também se atribui (22) o projeto inicial da Fortaleza de S. Amaro da Barra Grande a outro engenheiro militar italiano, Giovanni Battista Antonelli, que a teria projetado em 1583. Trata-se, quiçá, de um terceiro personagem ilustre que por aqui passou, deixando vestígios materiais. Observa-se longa ausência de engenheiros militares na região vicentina entre o fim da União das Coroas Ibéricas e a incorporação das capitanias de São Vicente e Santo Amaro pela Coroa, em decorrência das descobertas auríferas além serra da Mantiqueira. A documentação do Conselho Ultramarino existente no Arquivo Histórico Ultramarino, de Lisboa, atesta um único mapa, anônimo, datável desse ínterim – a [Planta da baía de Paranaguá/.../ e a perspectiva da cidade de Paranaguá] (c. 1653) –, contemporâneo da época de criação da vila (1649) e decorrente do período da mineração de ouro na região, aliás, bastante significativa. As minas ao redor da Baía de Paranaguá estão perfeitamente documentadas no mapa (23)
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Fonte: Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno http://migre.me/cShVK
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Parafraseando: A presença de D. Francisco de Sousa na serra acima, como governador da Repartição do Sul, objetivando motivar a população de São Paulo a percorrer o sertão em busca de ouro, não foi pelo Alto da Serra, espaço colonial de Piquete-SP, em demanda da Região do Alto Sapucaí? Ademais, a expedição de Andre de Leão enviada ao Sertão pelo mesmo Governador, bem como, pelo menos 2 das incoursões de Anthony Knivet, não foi pela Montanha dos Pinheiros? Não resulta justificável as dúvidas relativamente aos caminhos percorridos na visão de renomados históriadores, somado ao segredo de Estado, o fato da longa ausência de engenheiros militares na região vicentina entre o fim da União das Coroas Ibéricas e a incorporação das capitanias de São Vicente e Santo Amaro pela Coroa, em decorrência das descobertas auríferas além serra da Mantiqueira? Existe outra razão para que apareça essa região serrana, tão somente como, a Amantiqueira quadrilheira, em conformidade com o roteiro de viagem do Padre vigário, João Faria Fialho, ou seja, Amantiqueira vigiada? (grifos meus).
Parafraseando: A presença de D. Francisco de Sousa na serra acima, como governador da Repartição do Sul, objetivando motivar a população de São Paulo a percorrer o sertão em busca de ouro, não foi pelo Alto da Serra, espaço colonial de Piquete-SP, em demanda da Região do Alto Sapucaí? Ademais, a expedição de Andre de Leão enviada ao Sertão pelo mesmo Governador, bem como, pelo menos 2 das incoursões de Anthony Knivet, não foi pela Montanha dos Pinheiros? Não resulta justificável as dúvidas relativamente aos caminhos percorridos na visão de renomados históriadores, somado ao segredo de Estado, o fato da longa ausência de engenheiros militares na região vicentina entre o fim da União das Coroas Ibéricas e a incorporação das capitanias de São Vicente e Santo Amaro pela Coroa, em decorrência das descobertas auríferas além serra da Mantiqueira? Existe outra razão para que apareça essa região serrana, tão somente como, a Amantiqueira quadrilheira, em conformidade com o roteiro de viagem do Padre vigário, João Faria Fialho, ou seja, Amantiqueira vigiada? (grifos meus).