domingo, 17 de fevereiro de 2013

O sertão mineiro nas observações de Spix e Martius1

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(Transcrição) - Os sertanejos sofriam principalmente de doenças crônicas no peito, hidropisia e uma “nova doença” causada pelo hábito de se comer terra, “tão estranho que parece ter passado dos animais para os homens”. 6 Conforme os viajantes, por não ser esse material digestoso, o mesmo não poderia ser eliminado pelo organismo, e acabava causando uma inchação abdominal que logo se revelava pela enorme barriga das crianças, pela palidez dos seus rostos e pelos traços “frouxos e balofos”. Essa doença misteriosa fazia com que o crescimento cessasse completamente, e logo levava a “desgraçada” vítima à falência, caso sobrevivesse sofreria eternamente violentas câimbras ou a hidropisia (SPIX, MARTIUS, 1976: 75). A hidropisia 7por sua vez, seria a reação do organismo a uns dos vícios sertanejos: o alto consumo da cachaça. Para os naturalistas, a falta do que fazer e a solidão do sertão faziam com  que seus habitantes, principalmente os pertencentes às classes mais abastadas, se deixassem levar pelos vícios do álcool e do jogo, se tornando “decadentes” e “grosseiros”. Os viajantes, no entanto, negam terminantemente que o consumo da bebida tenha sido introduzido pelos europeus e afirmam que os habitantes originais já conheciam bebidas fermentadas inebriantes (LISBOA, 1997: 153).
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O sertão foi território que se expandiu e contraiu, expressou um espaço ambíguo, um tempo fluido, um jogo de imagens, do possível ao sonho, entretanto, não se pode perder de vista que o sertão foi um discurso sobre espaços e pessoas, uma construção simbólica (ESPINDOLA, 2001: 03- 04). O sertão, sem dúvida, era vasto, era ermo e era longe. Mas já era o Brasil.
Fonte: Marisa Augusta Ramos: Granduanda de História da Universidade Vale do Rio Doce Bolsista de Iniciação Científica – BIC-FAPEMIG Orientador: Prof. Dr. Haruf Salmen Espindola novosfilhosdeclio@gmail.com. (Pesquisa realizada na Internet em 17/02/2013). 

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