domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Memória toponímica da Estrada Real e os escritos dos viajantes naturalistas dos séculos XVIII e XIX

 III - MEMÓRIA TOPONÍMICA
Na Estrada Real, os nomes não omitem, naturalmente, o lado mais materialista e econômico, sobretudo no que se refere à corrida do ouro e à busca das pedras preciosas: Diamantina, Ouro Preto, Ouro Branco, Lavras Novas, Catas Altas, Tabuleiro etc. Os caminhos e as viagens constituíram uma parte importante e difícil no desbravamento do Sertões Mineiros. Detectamos isso devido ao fato de os caminhos naturais das costas e dos rios terem sido aproveitados para a motivação toponímica. Há muitos nomes que remontam ao tempo dos Bandeirantes: Ressaquinha, Ponte Nova, Passabém, Passa Quatro, Pouso Alto, Cruzília, Entre Rios de Minas, Paraíba do Sul, Passa–Tempo etc. Podemos ainda evidenciar nomes ligados diretamente à Natureza e, principalmente, topônimos que guardam a memória do importante papel de localização à beira da água. Nesse sentido Dick (1990, p. 80) ressalta que a água é “tão necessária e imprescindível à vida humana que, dentro da agressividade regional, os pontos de seu aparecimento revestem-se de tanta significação que se torna obrigatório registrá-los, toponomasticamente”. Na Estrada Real temos: Rio de Janeiro, Rio Pomba, Alto Rio Doce, Rio Piracicaba,  Senhora do Porto, Alagoa, Córregos, Rio Acima, Entre Rios de Minas, Desterro de entre Rios, Lagoa Dourada, Cachoeira Paulista etc. A vegetação também não passa despercebida pela memória toponímica da Estrada Real: Marmelópolis, Jaboticatubas, Cachoeira do Campo, Serra do Cipó, Serra Azul de Minas, Itambé do Mato Dentro, Cocais, Cipotânea, Milho Verde etc. Para Dick (1990, p. 64) “o recorte de um “morro”, os contornos de uma “serra”, o “monte” singular em sua morfologia. Tudo pode ser causa de motivações toponímicas”. As montanhas e montes estão muito bem delineados pela memória toponímica da Estrada Real quando encontramos: Monte Serrat, Santana dos Montes, Morro do Pilar etc. Fonte: http://migre.me/di7ar
 Nota: Restando comprovado que Mamelópolis-MG, se constitui em espaço colonial, em conformidade com o Mapa, faz-se necessário ter em conta que, a continuidade do caminho, entrando para o Estado de São Paulo, pelo Caminho Geral do Sertão se dá pela conexão direta com Piquete-SP, via Alto da Serra, Garganta do Sapucaí, desfiladeiro de Itajubá, Meia Lua.
Fonte do Mapa: http://migre.me/f4Jub


GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...