Os naturalistas que visitavam o Brasil desde o século XVI vinham atraídos tanto pela natureza exótica quanto pela curiosidade científica. A partir da abertura dos portos, em 1808, o fluxo de viajantes se tornou mais frequente. De volta aos países de origem, eles escreviam e publicavam relatos que hoje são lidos e analisados por historiadores para tentar preencher lacunas de informação sobre o passado brasileiro. Descritivos e impressionistas, os textos auxiliam também pesquisadores de outras áreas. Ao estudar os nomes das cidades que compõem o roteiro da Estrada Real – os vários caminhos que levavam às minas de ouro e diamantes e foram basais na formação de Minas Gerais –, os linguistas viram nas observações dos viajantes naturalistas uma rica fonte de dados que ajuda a recuperar a memória daquelas localidades (ver exemplos nestas páginas). A Estrada Real é um conjunto de quatro vias: Caminho Velho, Caminho Novo, Caminho de Sabarabuçu e Caminho dos Diamantes. Todos foram abertos entre os séculos XVII e XVIII para penetrar sertão adentro numa época em que o Brasil era ocupado praticamente só no litoral.
Fonte: créditos de Neldson Marcolin http://migre.me/dIJ7B
Caminho Velho: Guaratinguetá, Guaipacaré (Lorena-SP), Registro (Piquete-SP), Conceição do Embaú (Cruzeiro-SP).