Elaborada pelo Comité Científico Internacional dos Itinerários Culturais (CIIC) do ICOMOS, ratificada pela 16ª Assembleia Geral do ICOMOS, em 4 de Outubro de 2008, no Québec, Canadá
Classificção dos Itinerários Culturais
Os Itinerários Culturais podem ser classificados da seguinte forma:
-Tendo em conta a sua dimensão territorial: local, nacional, regional, continental ou intercontinental.
.......................................................................................................................................Classificção dos Itinerários Culturais
Os Itinerários Culturais podem ser classificados da seguinte forma:
-Tendo em conta a sua dimensão territorial: local, nacional, regional, continental ou intercontinental.
- Identificação, Autenticidade e Integridade
- Orientações Preliminares
Com vista à identificação e à valorização de um Itinerário Cultural, as indicações seguintes serão retidas como as orientações preliminares, ainda que não conclusivas:
- Expressões de processos dinâmicos sociais, económicos, políticos e culturais que tenham favorecido a existência de trocas entre grupos culturais diversos tendo ligações entre si;
- Características distintivas e partilhadas em diferentes zonas geográficas e culturais com relações históricas;
- Manifestações de mobilidade e relações entre povos ou grupos étnicos de diferentes culturas;
- Traços culturais específicos enraizados na vida tradicional de diferentes comunidades;
- Bens patrimoniais e práticas culturais - tais como cerimónias, festivais e celebrações religiosas representativas de valores partilhados entre diferentes comunidades numa ou em várias regiões culturais e históricas - relacionados com o sentido e funcionalidade do próprio Itinerário.
- Identificação
No processo de identificação de um Itinerário Cultural, será necessário ter em conta a sua funcionalidade específica ao serviço de um fim concreto e determinado, os valores patrimonias tangíveis e intangíveis gerados pela sua dinâmica enquanto resultado das influências culturais recíprocas, a sua configuração estrutural, o seu contexto geográfico e histórico, o seu meio natural e cultural, quer seja urbano ou rural, e os seus valores ambientais característicos, as suas relações com a paisagem, a sua duração temporal, e a sua dimensão simbólica e espiritual, o que contribuirá para identificar e explicar o seu significado.
- Autenticidade
Todo o Itinerário Cutural deve responder aos critérios de autenticidade, que exprimem o seu valor de forma verídica e credível, no seu meio natural e construído, tanto nos seus elementos definidores, como nos seus componentes distintivos de ordem material e imaterial:
- Integridade
A constatação da integridade de um Itinerário Cultural deve basear-se necessariamente num conjunto de evidências e de elementos tangíveis e intangíveis que representem um testemunho suficientemente representativo do sentido global do Itinerário, permitindo uma representação completa das características e da importância dos processos históricos que o geraram, e transmitindo a totalidade dos valores do Itinerário e que contribuam para explicar o seu valor unitário como conjunto. É igualmente necessário observar se se mantém o testemunho das relações e das funções dinâmicas essenciais ao seu carácter distintivo, se o seu tecido físico e/ou as suas características significativas são conservadas em bom estado, e se o impacto dos processos de deterioração está controlado ou se o Itinerário sofre os eventuais efeitos negativos do desenvolvimento, do abandono e da negligência. (Fonte: http://migre.me/etyKv)
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Nota: Venho buscando nos últimos anos despertar a atenção para a relevância Histórica do espaço colonial constituído pela cidade de Piquete-SP. Todavia tenho percebido que, não existe a percepção em se tratando de desenvolvimento de projetos turisticos e culturais, do sentido e natureza jurídica do novo paradigma voltado a proteção do patrimônio. Estou falando de Itinerário Cultural, sendo certo que este, transcende a idéia de roteiro, rota, via, circuíto turistico, circuito cultural, paisagem cultural, caminho etc, os quais nele estão contido. Baseado na proposta trazida pela Carta dos Itinerário Cultural, resta documentalmente comprovado pelas pesquisas realizadas em Paraty-RJ, que o eixo principal de Identidade, Autencidade e Integridade do caminho do ouro, passa por Piquete-SP. A assertiva encontra fundamento nos roteiros documentados e cartografias Históricas. Ou seja, as pesquisas realizadas em especial na cidade Paraty-RJ, exprimem o seu valor de forma verídica e credível. Entretanto, circulando por Minas Gerais, faz quase 15 anos, reconhecendo o indiscutível e competente trabalho do Instituto Estrada Real, vejo na sua configuração estrutural isto é, na definição do caminho, resultando na inclusão da cidade de Piquete-SP em 2011, que a localidade, aparece tão somente como área de influência. Nesse caso, não esta havendo a falta de um melhor diálogo entre Rio, São Paulo e Minas no sentido de se ter superadas as razões pelas quais a atual gestão do Itinerário Estrada Real, com todo o respeito ao valoroso Instituto gestor, e o caminho do ouro de Paraty, de não se encontrar em compatibilidade com as demandas necessárias para o seu reconhecimento como Itinerário Cultura, haja visto que o caminho deve ser pensado em sua totalidade, com foco na Identificação, Autenticidade e Integridade? A começar pelo aspecto geográfico uma vez que, em sentido horário temos: o Sertão do Norte, Sertão do Rio Doce, Sertão do Leste, Sertão da Mantiqueira, passando para o Sertão do Oeste. Quero dizer com isso que, Piquete do Sertão da Mantiqueira, do Sertão Proibido, do Sertão dos Ínidios Bravos, da Amantiqueira Quadrilheira, da Serra de Jaquamimbaba, das Veredas das Brumas das Terras Ermas, das cinco Serras Altas do Rotiro de Andre João Antonil, das Roças de Bento Rodrigues, que veio a se tornar a mais importante porta de entrada na busca do El Dorado, não pode continuar sendo relegado a um segundo plano. Em definitivo, a exemplo do Itinerário Cultural Caminho de Santiago de Compostela, é possível pensar em Itinerário Cultural, em analogia ao referido caminho, desconsiderando a autenticidade de uma rota de peregrinação secular, consolidada e autentica, que passa necessáriamente por Piquete, que não obstante ao fato de se encontrar no eixo principal, reconhecido por Paraty-RJ, infelizmente vem sendo considerada tão somente como área de influência.