sexta-feira, 20 de setembro de 2013

1.2.1. Afonso Sardinha (Transcrição)

Em sua Nobiliarquia das principais famílias da Capitania de São Vicente, Pedro Taques identificou Afonso Sardinha como o primeiro descobridor de minas de ouro, prata, ferro e aço em todo o Brasil. Datou de 1589, o início de suas descobertas nas serras:
“Jaguaminbada, que ao presente tempo se conhece com o nome de Mantiqueira; no sítio que agora se diz Lagoas velhas do Geraldo, districto da freguezia da Conceição dos Guarulhos, termo da cidade de S. Paulo; na de Jaraguá, onde fez seu estabelecimento minerando, e ahi falleceu; na de Voturuna, termo da villa de Parnahyba: e na de Byraçoiaba.”
Natural de São Paulo, filho de uma índia e do português Afonso Sardinha, cognominado o Velho (Antonil, 1982:349). Afonso Sardinha, o Moço, morou em um sítio localizado em Emboaçava, junto ao rio Jurubatuba (hoje rio Pinheiros), onde construiu o primeiro trapiche de açúcar da cidade (Marques, 1980:34). Em 1589, identificou ocorrências de ferro em Araçoiaba (próximo a atual cidade de Sorocaba),
onde dois anos depois foram instaladas forjas catalãs, as primeiras do Brasil. Nesta região construiu a primeira represa (barragem de terra) da América, donde se infere ter feito também o primeiro levantamento topográfico, ainda que rudimentar. Em 1597, Afonso Sardinha empreendeu a primeira tentativa de produção de ferro em escala comercial. Neste mesmo ano, juntamente com Clemente Álvares, descobriu as minas de ouro (faisqueiras) do Jaraguá, Vuturuna e Jaguamimbaba. Em 1580, o minerador tentara fixar-se no Jaraguá, mas não foi possível em virtude dos freqüentes ataques dos nativos que defendiam suas terras. Só após tantos anos é que ele conseguiu lá se instalar e dar início à exploração do ouro. “Foi Afonso Sardinha de altos merecimentos pelo ardor que teve do real serviço: porque tendo cedido o seu engenho de fundir ferro a D. Francisco de Souza, fez construir outro à sua custa para nele laborar a fundição por conta d’El-Rei, a quem fez esta doação”, assim ensina Pedro Taques (In Marques, 1980:33). Faleceu em 1604. Ao ditar suas últimas vontades ao padre João Álvares deixou consignado um legado de alto valor: 80 mil cruzados de ouro em pó, enterrados num botelho de barro, ouro este extraído das minas de Jaraguá e Santa Fé.
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Fonte: http://migre.me/g9glf 
Fonte: http://migre.me/g9h8C
 Nota: O valor do "ponto e virgula" - Pedro Taque, não deixa dúvida ao  afirmar que:  Jaguaminbaba,  onde encontrou ouro Afonso Sardinha, era conhecida na atualidade com o nome de Mantiqueira"(grifos meus). Nesse caso, está se referindo extamente a região que veio a ser definidora das divisas, entre as Capitanias de São Paulo e Minas. Desta feita, Jaguamimbaba era a designação dada a Serra  do lado paulista assim como,  Mantiqueira era a designação relativa ao lado Mineiro. Consequentemente em momento algum fez qualquer inferição no sentido de localização da Serra de Jaguamimbada como sendo na região de Guarulhos. Definitivamente quanto a região de Guarulho-SP, deixa claro, que está relacionada a Lagoas velhas do Geraldo, essa sim no distrito da freguezia da Conceição dos Guarulhos, termo da cidade de S. Paulo.  Consequentemente, a região onde se deu as descobertas das minas de Jaguamimbaba por Afonso Sardinha em 1589, coincide exatamente com a mesma região onde se deu as descobertas das minas de itajubá, lavrinhas, rio verde e outras no Sul de Minas, correspondente a região do Alto do Sapucai. Ou seja, caminho Geral do Sertão, Caminho dos Paulista, Estrada Real do Sertão, via espaço colonial de Piquete-SP pelo Alto da Serra entrando pela região ocupada hoje por Marmelópolis-MG.

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

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