segunda-feira, 16 de setembro de 2013

AO SUL DA CAPITANIA DAS MINAS (Transcrição)

2. Formação da Freguesia de Itajubá
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Independente da autoria da descoberta das Minas, alguns  documentos apontam para a formação do povoado, por volta do início do século XVIII, de acordo com a portaria que ordena a Francisco de Godoy a cobrança de quintos de ouro nas minas do Itajubá:
                           Por me constar, q’ das minas de Itajubá, do districto desta Capp. nia vierao, o Guarda mor e Escrivão dellas, com alguas pessoas, e q’trazendo todos ouro p.a o povoado não pagarão q.tos a S. Mag. Q’D.s q.’ como herão obrigados. Ordeno a Francisco de Godoy de Almeida, escrivão do guarda mor das ditas minas q’ se acha nesta cidade, assim q’ se recolhe p.a a villa de Taubaté aonde he orador, cobre logo de todas as pessoas q’ vierem das ditas minas os q.tos q’ devem do ouro q’ trouxerao, os quaes remeterá a esta cidade(...). São Paulo, 14 de fevereiro de 1724. 13

Geraldino Campista também cita alguns documentos pertencentes ao Arquivo de São Paulo, que fazem referência às minas de Itajubá, dentre eles um atestado do Pe. João da Silva Caualo:

Certifico em como entrei nestas minas novas de Itajubá em adjunto com Geraldo Cubas Ferreira com anno de assistir nellas e d’ahi a um mez, pouco mais ou menos, entrou Gaspar Vaz da cunha e contou tanta grandeza do Sapucahy e, com promessas altas que me fizeram elle dito e outras mais, me reduziram a seguir viagem com elles e como depois de chegado ao logar e achasse no engano, tornei para estas ditas minas donde estou assistente por nellas achou ouro de sobra e com conta pelo que tenho visto em algumas

experiências que fez: tem ________ o guarda-mor e seu genro e seus camaradas e o estarem estas minas em má opinião não tem gente a ellas, foi por causa de um cavalheiro escrever cartas a Tabaybathé dizendo não haver ouro nestas minas e que estavam bromados; falso grandioso, porque ao contrario tenho visto e as mais que aqui se acham, não tiram sim de uma cata arrobas de ouro, mas tiram cousa que os agrade e por isto passar na realidade, juro esta verdade in verbo sacerdotis. Novas minas de Itajubá, em novembro – 3 de 1723 annos. O Pe. João da Sylva

Caualo. 14
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Ainda segundo Geraldino Campista, o acesso e a comunicação entre a paragem de Itajubá com as povoações do Vale do Paraíba eram difíceis e a abertura de um caminho pela Serra da Mantiqueira era uma alternativa que encurtava as distâncias entre os povoados do vale com a serrana Itajubá. Esse caminho foi aberto pelo Capitão Lazaro Fernandes, da freguesia de N. Sra. da Piedade(atual Lorena/SP), atraindo novos moradores pra Itajubá. Entretanto, os moradores da freguesia de Itajubá não sofriam apenas com o difícil acesso e a falta de comunicação com outros lugares, mas também com a cobrança de impostos, por parte da Coroa, devido à exploração das minas. Os impostos abusivos era um fator prejudicial aos mineradores do povoado, bem como se viu para muitas regiões auríferas das Minas. Afirma o autor ser o ouro extraído de Itajubá de má qualidade, tendo sempre na permuta, valor inferior, o que atraía a insatisfação do povoado que não conseguia pagar os impostos. 15 Fonte: http://migre.me/g6Ifi
Nota: A separação em duas partes formando a Capitaia de São Paulo e Minas,  possibilita afirmar, haja vista dos termos do documento adrede, que as Minas de Itajubá em 14 de fevereiro de 1724, pertencia a Capitania de de São Paulo. Por outro lado, cartografias históricas  possibilitam afirmar, igualmente que, todas as pessoas que vinham das minas, devendo passar pela cidade de Taubaté ou vice versa,  entravam via Marmelópolis, região que estava contida na área geográfica de Delfim Momeira, que faziam parte da região maior, isto é, arraial de  Soledade de Itajubá (localização geografica das ditas minas de Itajubá), restando como acesso necessário, transposição da Garganta do Sapucaí, Desfilandeiro de Itajubá, em especial  pelo Alta da Serra, Itabaquara de Cima, espaço colonial de Piquete-SP. Onde veio a se instalar o Registro de Itajubá. Desta feita, seguia-se em direção do Rio Paraiba (Porto Guaipacaré) Lorena-SP. Por outro lado considerando que esse caminho resultou da apropriação das expedições e bandeiras, dos muitos  caminhos indigenas, ou seja, pre-colombiano, resta estapafurdica a assertiva no sentido de se querer atribuir a Lazaro Fernandes o mérito pela abertura de um caminho por volta de 1742 e 1745 em direção à indigitada minas, partindo de Guaipacaré atual Lorena-SP, via Piquete-SP, em direção a Serra da Mantiqueira. Eis a pergunta que não quer calar, Lázaro Fernandes era índio?






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