Análises de DNA permitem estabelecer conexão entre antiga tribo
brasileira e ilhas da Polinésia, contrariando teorias que apontavam
apenas uma onda migratória na origem dos povos da América do Sul.
Num estudo que pode embasar novas teorias para determinar os fluxos
migratórios nas Américas, cientistas brasileiros descobriram uma conexão
genética entre índios botocudos que viveram no país no século 19 e a
população polinésia. O artigo científico, assinado por uma equipe
multidisciplinar de diferentes universidades públicas brasileiras, foi
publicado por um jornal técnico internacional na área de ciências
naturais (o PNAS) e acabou repercutindo na conceituada revista de ciência Nature e na imprensa mundial.
O trabalho acadêmico não contesta o caminho percorrido pelos primeiros
homens rumo às Américas, que teria sido através do estreito de Bering,
há 15 ou 20 mil anos. A pesquisa, segundo o médico Hilton Pereira da
Silva, um dos autores, “amplia potencialmente a variedade de pessoas que
chegaram até o continente americano”. O artigo destaca que, segundo
registros, as ilhas da Polinésia passaram a ser habitadas há três mil
anos.
Os pesquisadores escrevem que as análises para identificar a origem dos
povos pré-colombianos eram feitas, tradicionalmente, a partir da
morfologia craniana de ossadas. Algumas análises moleculares sugeriam
que apenas uma onda migratória teria chegado à América do Sul, mas a
presença de traços polinésios coloca essa teoria em xeque. (Fonte:http://migre.me/gcBWq)
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Nota: "A guerra movida no sertão do Rio Doce pelo Império Português contra os índios botocudos, acusados de serem “os mais façanhosos e carnívoros” que “infestam quase toda a baixada daquele rio”, foi marcada por ações militares visando ao seu extermínio, seguida de uma política escravagista como meio de fomentar a ocupação da região".(Fante: http://migre.me/gcC8C)