sábado, 19 de outubro de 2013

As rotas coloniais no Planalto Central (Transcrição)


Roteiro
Em meados do século XVIII, havia três picadas principais que saíam dos centros desenvolvidos do litoral (Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo), que adentravam o ermo sertão brasileiro para alcançar as regiões auríferas localizadas no coração do Planalto Central.
A primeira picada oficial, foi talada por Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera II, em 1725 quando, após a descoberto de ouro nas terras da tribo Goya, chefiou a primeira expedição povoadora e, fundou o arraial de Sant'Ana, depois recebeu o nome de Vila Boa de Goiás, em homenagem ao descobridor de suas minas. Essa estrada saia da Vila de Piratininga, seguia o curso do Tietê, até adentrar a Capitania de Goiás pelo registro do Rio Grande, na divisa, atravessando a atual região do Triângulo Mineiro, que na época pertencia a Goiás, passava por Santa Cruz, Bonfim, Arraial de Meia Ponte e Vila Boa.
Outra antiga rota de comunicação com o Planalto Central era a Estrada da Bahia, que se iniciava em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, passando por Cruz das Almas, Castro Alves, Iramaia até chegar as Minas do Rio de Contas, um antigo ponto de convergência de várias estradas, para seguir rumo ao rio São Francisco, onde havia a cidade de Carinhanha e o registro de Malhada, cujo papel era tributar o gado que saia dos Currais para as capitanias de Goiás, Minas e Mato Grosso. A partir desse ponto, havias duas rotas para chegar ao Planalto, a primeira seguia navegando rio acima, passando por Porto de Salgado (Januária), São 
Francisco, até alcançar o rio Paracatu e, a segunda opção, de Carinhanha seguia em direção ao registro de Santa Maria, em Formoso/MG, na região do Grande Sertão Veredas, onde seguia para o Vão de Paranã, até alcançar o registro de Lagoa Feia, no Arraial dos Couros, hoje Formosa/GO. Nesse ponto a estrada atravessava a região das nascentes, na área onde Cruls demarcou para a construção da Capital, chegando ao Arraial de Meia Ponte, cidade de Pirenópolis.
Para ligar o leste da colônia com as recentes descobertas minas, abriu-se a Picada de Goiás, que interligava as Minas Gerais e o Rio de Janeiro com os arraiais auríferos goianos. Essa rota iniciava no Rio de Janeiro, passava por Minas Gerais, em São João Del Rei, atravessava uma imensa região pouco povoada, para chegar às minas de Paracatu. Daí adentrava a capitania de Goiás pelo importante registro de Arrependidos, na época localizava-se em Santa Luzia ( Luiziânia) e, chegava ao Arraial de Meia Ponte.
Fonte: http://migre.me/glL2g
 Parafraseando, em meados do século XVIII, havia três picadas principais que saíam dos centros desenvolvidos do litoral (Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo), que adentravam o ermo sertão brasileiro para alcançar as regiões auríferas localizadas no coração do Planalto Central. Desta feita, o primeiro caminho utilizado para ligar o leste da colônia com as recentes descobertas minas, não dependeu de abertura de picadas, uma vez que, já se fazia uso da Picada de Goiás, (Caminho Geral do Sertão), que interligava as Minas Gerais e o Rio de Janeiro com os arraiais auríferos goianos e cuiabano, passando por Pitangui, Sabaraçu, Morro Caxambu, Alto da Serra (espaço colonial de Piquete) Porto Guaipacaré, Guaratinguetá, em direção a Paraty-RJ. Tanto é verdade que em sentido contrário essa rota iniciava no Rio de Janeiro, passava por Minas Gerais, em São João Del Rei. Em definitivo faz-se necessário ter em consideração que em 1725 quando, após a descoberto de ouro em 1718 em Cuibá foi determinado em carta a Camaras de Pindamonhangaba, Taubaté e Guaratingueltá, a abertura do camnho Novo da Piedade, objetivando com que o ouro chegasse no Rio de Janeiro via Fazenda Santa Cruz. Assim sendo, é possível cogitar de caminho saindo da Vila de Piratininga, seguindo  o curso do Tietê como principal opção para que se pudesse alcançar a localidade de Vilas Boas de Goais ou Cuiabá? Tenho convicções para afirmar  até mesmo, a região do Potosi, abrangido pela região ocupada hoje pela Bolivia?
 




 

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