domingo, 24 de novembro de 2013

Uma breve história das Entradas e Bandeiras (Transcrição)

.............................................................................................................................................
As entradas de Martim Afonso de Sousa (1530-1532)
"As primeiras expedições lusitanas, baseadas em provas incontrastáveis, na fase inicial de nossa História, e em demanda do interior, com o fito de descobrimento de minas ou com outro intuito, devem-se à arma de Martim Afonso de Sousa, e foram em número de três". (MAGALHÃES, 1978, p. 17).


Martim Afonso de Sousa
Martim Afonso de Sousa (1490/1500-1571) embora fosse de descendência bastarda do rei Afonso III de Portugal, Martim se tornara um respeitado nobre e militar do reino. Atuou em expedições em África, nas Índias e no Brasil. Assumiu cargos importantes, incluindo o cargo de governador da Índia entre 1542 e 1545. Em 1530, Martim fora enviado ao Brasil no comando de quatro naus e cerca de quatrocentos homens no intuito de realizar entradas a fim de procurarem por sinais de riquezas minerais. Os relatos de sua missão foram escritor pelo seu irmão Pero Lopes de Sousa (1497-1539) o qual escrevera o Diário da navegação da Armada que foi à terra do Brasil em 1530. Pelos relatos dados por Pero, em 30 de abril de 1531 a expedição aportou na baía de Guanabara, onde Martim ordenou que quatro marujos fossem explorar a região, os mesmos num prazo de 60 dias percorreram 23 léguas. Porém, o relato de Pero aponta o contrário e de certa forma um tanto exagerado. Pero Lopes diz que os quatro marujos teriam percorrido 230 léguas em dois meses, onde teriam encontrado um "rei indígena" o qual os acompanhou na viagem de volta, entregando para o capitão cristais, e dizendo que havia ouro e prata no rio de nome Paraguai.
O problema desta história como aponta Magalhães é que ela pouco improvável. O historiador Derby chegou a dizer que se essa distância tenha sido realmente percorrida que é pouco provável, os quatro portugueses teriam chegado no que hoje é o estado de Minas Gerais. Acerca dos cristais, estes provavelmente foram cristais de quartzo, mas o problema reside acerca do rio Paraguai, pois essa região ainda estava sendo explorada pelos espanhóis e os portugueses naquela época sabiam muito pouco a respeito. Provavelmente Pero Lopes ou se equivocara com o nome do rio ou apenas mencionou um suposto boato.
"Duvidamos muito de que quatro portugueses, sem guias indígenas (exceto na volta) e sem intérprete, se houvessem aventurado a um embrenhamento tão profundo e nosso hinterland. Não é brincadeira palmilhar no curto espaço de 60 dias, 130 léguas sobre serras matagosas e 100 em região campestre, logo após a estação das águas". (MAGALHÃES, 1978, p. 17).
(Fonte:Blog Seguindo os Passos da História  http://migre.me/gKt7B
).
Observação: Não foram percorridas somente 23 Léguas.  Mas algo em torno de  um pouco mais que 100 Léguas.

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...