quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OS GUAIANASES DE PIRATININGA – Capistrano de Abreu - Parte 1 (Transcrição)

OS GUAIANASES DE PIRATININGA – Capistrano de Abreu - Parte 2
capistrano
Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil Capistrano de Abreu.
OS GUAIANASES DE PIRATININGA*
Os índios encontrados pelos colonos europeus que primeiro transpuseram a serra de onde se avista o mar e se estabeleceram nos campos corridos pelo Tietê, são geralmente conhecidos pelo nome de Guaianases, na fé de Pedro Taques, Gaspar da Madre de Deus e seus epígonos.
Submetendo à crítica as diversas narrativas, cuja florescência gradual definiu Cândido Mendes de Almeida, alguém rompeu a unanimidade: os Guaianases, sugeriu, falavam idioma diferente do tupi; não podiam ser guaianases Tibiriçá, Piquerobi e seus comarcãos. A sugestão foi vista com pouco favor em São Paulo; nas revistas do Museu e do Instituto Histórico apareceram artigos combatendo-a; a contribuição mais recente deve-se ao Dr. Afonso de Freitas, monografia erudita e conscienciosa, suculenta síntese de todos os argumentos que reforçam a opinião tradicional.
Começa Afonso de Freitas dizendo que a palavra guainá pertence ao tupi-guarani, e a propósito ventila numerosos pontos sobre os quais o autor destas linhas não pretende, nem mesmo deseja competência. Que a palavra pertença ao abanheenga ou neengatu é natural; com ela designavam os que não falavam esta língua, assegura Ruy Diaz de Guzman, autor da Argentina. Designando-os por um vocábulo seu não fizeram mais que nós brasileiros, desperdiçando o nome dos Coroados desde Mato Grosso e Piauí até Rio Grande do Sul.
Os nomes das localidades de Piratininga não podiam ser dados senão por faladores da linha geral. Sem dúvida; mas se não era esta a língua dos Guaianases, como poderia provir deles a toponímia piratiningana?
Posto nestes termos o debate pode eternizar-se estéril; cumpre descobrir o meio de feri-lo por outro lado, e felizmente existe.
* Artigo publicado no "Jornal do Commercio", de 25 de janeiro de 1 917.

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

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