Fundação da Cidade de São Paulo
"A fundação de São Paulo está ligada ao
processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos
portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente, os colonizadores
fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente
ameaçada pelos povos indígenas da região."
"Segundo os
relatos dos padres, o lugar foi escolhido por seu clima agradável, sua
vegetação do campo e suas águas limpas e abundantes. E o principal: pela
presença, na região, de uma numerosa população indígena que já convivia
com os portugueses, pronta para ser catequizada, batizada e
transformada em um rebanho de fieis servidores da igreja católica."
"O abandono da antiga Vila Santo André
aconteceu por causa da condição de pobreza e da situação de medo em que
viviam seus habitantes diante das constantes ameaças de ataques dos
Carijós e de outras tribos indígenas inimigas.
Isso levou o primeiro povoado paulista do
planalto a sair da borda do campo e ir reunir-se ao que estava dentro
dos campos de Piratininga para o interior de São Paulo se afirmando como
posto de colonização portuguesa em terras Paulistas."
"A situação não estava nada boa na Vila de
São Paulo, no entanto a pequena vila formada em torno do colégio dos
padres ia crescendo cada vez mais assim como outros aldeamentos
indígenas eram criados pelos jesuítas nas vizinhanças. Aldeamentos que
viriam a ser a origem e dar o nome de atuais bairros paulistanos, como
São Miguel Paulista, Pinheiros, Penha e Santo Amaro, e de cidades da
Região Metropolitana de São Paulo, como Guarulhos, Barueri e
Carapicuíba."
Fonte: http://migre.me/vnVCY
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Capitão Sebastião de Freitas. N. em torno de 1565 em Lagoa, Comarca de Silves, Distrito de Faro, Província do Algarve, Portugal. Cavaleiro Fidalgo da Casa Real Portuguesa. Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia na cidade onde nasceu. Em 1591, passou de Portugal para a Bahia como soldado da Companhia do Capitão Gabriel Soares de Sousa, encarregado de acompanhar o Governador-Geral Francisco de Sousa em expedições destinadas ao descobrimento de minas de prata no Brasil. Da Bahia passou para S. Paulo (SP), onde C. em 1592 c. Maria Pedroso, com quem teve os filhos: Isabel, Maria, Catarina e Mécia de Freitas, Ana Ribeiro, João de Freitas e Antônio Pedroso de Freitas. Em 1594, acompanhou o Capitão Jorge Correia ao sertão em guerra contra os gentios de Mogi que cercavam a Vila de S. Paulo. Em 1595, acompanhou, com seus escravos, o Capitão Jerônimo Pereira de Sousa em nova guerra contra o inimigo gentio. Pelos serviços prestados, foi armado Cavaleiro por D. Francisco de Sousa em 1600, em São Paulo, onde foi pessoa de respeito, autoridade e estima, tendo sempre as rédeas do governo local. Em 2-JAN-1604, recebeu "terras de sesmaria para fazer suas roças", conforme carta de Pedro Vaz de Barros, Governador da Capitania de São Vicente, publicada na publicação "Sesmarias" (Vol. I). Em 1606, recebeu de Jerônimo Correia Souto Maior, Capitão-Mor Governador da Capitania, em nome do Donatário Lopo de Sousa, a patente de Capitão da Gente de Piratininga do Campo de São Paulo, para com ela combater os inimigos da Vila. Em 1628, tomou parte na bandeira de Antônio Raposo Tavares ao Guairá. Fal. em sua fazenda em Juqueri (SP) em 1644.
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Capitão Sebastião de Freitas. N. em torno de 1565 em Lagoa, Comarca de Silves, Distrito de Faro, Província do Algarve, Portugal. Cavaleiro Fidalgo da Casa Real Portuguesa. Foi provedor da Santa Casa de Misericórdia na cidade onde nasceu. Em 1591, passou de Portugal para a Bahia como soldado da Companhia do Capitão Gabriel Soares de Sousa, encarregado de acompanhar o Governador-Geral Francisco de Sousa em expedições destinadas ao descobrimento de minas de prata no Brasil. Da Bahia passou para S. Paulo (SP), onde C. em 1592 c. Maria Pedroso, com quem teve os filhos: Isabel, Maria, Catarina e Mécia de Freitas, Ana Ribeiro, João de Freitas e Antônio Pedroso de Freitas. Em 1594, acompanhou o Capitão Jorge Correia ao sertão em guerra contra os gentios de Mogi que cercavam a Vila de S. Paulo. Em 1595, acompanhou, com seus escravos, o Capitão Jerônimo Pereira de Sousa em nova guerra contra o inimigo gentio. Pelos serviços prestados, foi armado Cavaleiro por D. Francisco de Sousa em 1600, em São Paulo, onde foi pessoa de respeito, autoridade e estima, tendo sempre as rédeas do governo local. Em 2-JAN-1604, recebeu "terras de sesmaria para fazer suas roças", conforme carta de Pedro Vaz de Barros, Governador da Capitania de São Vicente, publicada na publicação "Sesmarias" (Vol. I). Em 1606, recebeu de Jerônimo Correia Souto Maior, Capitão-Mor Governador da Capitania, em nome do Donatário Lopo de Sousa, a patente de Capitão da Gente de Piratininga do Campo de São Paulo, para com ela combater os inimigos da Vila. Em 1628, tomou parte na bandeira de Antônio Raposo Tavares ao Guairá. Fal. em sua fazenda em Juqueri (SP) em 1644.
Fonte: Usina de Letras http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=6801&cat=Ensaios
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JOSÉ CARLOS VILARDAGA - SÃO PAULO NA ÓRBITA DO IMPÉRIO DOS FELIPES: CONEXÕES CASTELHANAS DE UMA VILA DA AMÉRICA PORTUGUESA DURANTE A UNIÃO IBÉRICA (1580 - 1640) Os ingleses destruíram casas, igrejas e engenhos, obrigando o capitão a pedir socorro junto aos moradores da vila de São Paulo, que, simplesmente, se recusaram a prestá-lo. Entre os conflitos do mar e do sertão, optaram pelo do sertão, que lhes dizia respeito. Embora, no planalto, Sardinha tivesse organizado, nos meses de setembro e outubro de 1592, entradas punitivas e estabelecido um sistema de revezamento na vigilância do forte, exemplos de pedidos como os do castelhano João de Santa Anna, que solicitava à Câmara um “chão” no rocio da vila em 1592 por “ ser muito necessário recolherem-se os moradores à vila e nela terem casas por respeito de estarmos em guerra” ,davam mostra de que a situação estava mesmo longe de apaziguar. De fato, apesar de os conflitos serem empurrados para áreas cada vez mais distantes, ainda em 1593 a pressão indígena se fazia sentir, só que agora na área de Mogi, onde atacaram gente de Antonio Macedo e Domingos Luis Grou. Numa única emboscada no rio Jaguari, segundo as Atas, teriam morrido o francês Guilherme Navarro, Francisco Correa, Diogo Dias, Manuel Francisco e Gabriel Pena. Os depoimentos dos sobreviventes assustavam a todos, que, em uníssono, exigiam do capitão Jorge Correa, estante em São Paulo, talvez para acalmar os ânimos, que não voltasse a Santos sem antes dar uma lição nos índios de Bogi. Pressionado pelas ameaças dos corsários no litoral e com o apoio da Companhia de Jesus, Correa se recusou a aceitar a intimação e ainda proibiu a guerra intencionada pelos moradores de São Paulo. Os oficiais, então, escreveram para o Rio de Janeiro, solicitando ajuda ao governador-geral e ao próprio rei. Fatos que talvez expliquem a primeira intervenção do governador-geral, D. Francisco de Souza, em São Paulo, quando mandou que se remetesse Correa preso à Bahia e que fosse designado como novo capitão-mor da capitania João Pereira de Souza Botafogo, enquanto o donatário não nomeasse um substituto. Correa acabou absolvido das acusações e retomou o posto na capitania, mas suas relações com os habitantes de São Paulo continuaram azedadas.
Fonte: http://migre.me/vnV3T
Nota: Itinerários e objetivos, em especial no que diz respeito aos primeiros caminhos, percorridos em busca dos Sertões da América Portuguesa, foram objeto de discussões, envolvendo Historiadores do passado, sabido que no presente, permanentemente são levantadas dúvidas. Entretanto, distante de minha área especifica de interesse, o contraforte da Mantiqueira, Serra de Jaguamimbaba, espaço colonial de Piquete-SP, Sertão dos Índios Bravos, faz-se necessário considerar que o avanço em busca do Sertão, ocorreu de forma planejada, não obstante ao fato de ser às custa de milhares de vitimas. Os ataques das tribos indígenas, não obstante ao fato de serem vistas como constituídas de crueldade, representava indiscutível defesa de seus territórios. Desta feita, os relatos dão conta de que, o avanço se deu paulatinamente, em razão dos conflitos, de Santo Andre, para o Planalto do Piratiningue, São Miguel Paulista, Guarulhos, e a questionável Mogi das Cruzes, como itinerário. artigo de José Carlos Vilardaga, da conta de que Mogi das Cruzes, como posto avançado, em busca do Sertão, não garantia tranquilidade, como se pode ver do relato da emboscada no rio Jaguari, afluente do Paraiba do Sul. Em conclusão, resultado dessa logística as entradas em demanda do Sertão das Gerais, no tempo de Don Francisco de Souza, 7.º Governador do Brasil, tais como, Andre de Leão, Nicolau Barreto, Afonso Sardinha (rumo a Serra de Jaguamimbaba), João Pereira Botafogo, Anthony Knivet (que alcançou o rio paraíba, pelo mesmo Jaguari).
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JOSÉ CARLOS VILARDAGA - SÃO PAULO NA ÓRBITA DO IMPÉRIO DOS FELIPES: CONEXÕES CASTELHANAS DE UMA VILA DA AMÉRICA PORTUGUESA DURANTE A UNIÃO IBÉRICA (1580 - 1640) Os ingleses destruíram casas, igrejas e engenhos, obrigando o capitão a pedir socorro junto aos moradores da vila de São Paulo, que, simplesmente, se recusaram a prestá-lo. Entre os conflitos do mar e do sertão, optaram pelo do sertão, que lhes dizia respeito. Embora, no planalto, Sardinha tivesse organizado, nos meses de setembro e outubro de 1592, entradas punitivas e estabelecido um sistema de revezamento na vigilância do forte, exemplos de pedidos como os do castelhano João de Santa Anna, que solicitava à Câmara um “chão” no rocio da vila em 1592 por “ ser muito necessário recolherem-se os moradores à vila e nela terem casas por respeito de estarmos em guerra” ,davam mostra de que a situação estava mesmo longe de apaziguar. De fato, apesar de os conflitos serem empurrados para áreas cada vez mais distantes, ainda em 1593 a pressão indígena se fazia sentir, só que agora na área de Mogi, onde atacaram gente de Antonio Macedo e Domingos Luis Grou. Numa única emboscada no rio Jaguari, segundo as Atas, teriam morrido o francês Guilherme Navarro, Francisco Correa, Diogo Dias, Manuel Francisco e Gabriel Pena. Os depoimentos dos sobreviventes assustavam a todos, que, em uníssono, exigiam do capitão Jorge Correa, estante em São Paulo, talvez para acalmar os ânimos, que não voltasse a Santos sem antes dar uma lição nos índios de Bogi. Pressionado pelas ameaças dos corsários no litoral e com o apoio da Companhia de Jesus, Correa se recusou a aceitar a intimação e ainda proibiu a guerra intencionada pelos moradores de São Paulo. Os oficiais, então, escreveram para o Rio de Janeiro, solicitando ajuda ao governador-geral e ao próprio rei. Fatos que talvez expliquem a primeira intervenção do governador-geral, D. Francisco de Souza, em São Paulo, quando mandou que se remetesse Correa preso à Bahia e que fosse designado como novo capitão-mor da capitania João Pereira de Souza Botafogo, enquanto o donatário não nomeasse um substituto. Correa acabou absolvido das acusações e retomou o posto na capitania, mas suas relações com os habitantes de São Paulo continuaram azedadas.
Fonte: http://migre.me/vnV3T
Nota: Itinerários e objetivos, em especial no que diz respeito aos primeiros caminhos, percorridos em busca dos Sertões da América Portuguesa, foram objeto de discussões, envolvendo Historiadores do passado, sabido que no presente, permanentemente são levantadas dúvidas. Entretanto, distante de minha área especifica de interesse, o contraforte da Mantiqueira, Serra de Jaguamimbaba, espaço colonial de Piquete-SP, Sertão dos Índios Bravos, faz-se necessário considerar que o avanço em busca do Sertão, ocorreu de forma planejada, não obstante ao fato de ser às custa de milhares de vitimas. Os ataques das tribos indígenas, não obstante ao fato de serem vistas como constituídas de crueldade, representava indiscutível defesa de seus territórios. Desta feita, os relatos dão conta de que, o avanço se deu paulatinamente, em razão dos conflitos, de Santo Andre, para o Planalto do Piratiningue, São Miguel Paulista, Guarulhos, e a questionável Mogi das Cruzes, como itinerário. artigo de José Carlos Vilardaga, da conta de que Mogi das Cruzes, como posto avançado, em busca do Sertão, não garantia tranquilidade, como se pode ver do relato da emboscada no rio Jaguari, afluente do Paraiba do Sul. Em conclusão, resultado dessa logística as entradas em demanda do Sertão das Gerais, no tempo de Don Francisco de Souza, 7.º Governador do Brasil, tais como, Andre de Leão, Nicolau Barreto, Afonso Sardinha (rumo a Serra de Jaguamimbaba), João Pereira Botafogo, Anthony Knivet (que alcançou o rio paraíba, pelo mesmo Jaguari).