quarta-feira, 26 de outubro de 2016

HISTÓRIA DAS BANDEIRAS PAULISTAS (Transcrição)

CAPÍTULO IV - O século XVII, a grande era das bandeiras de São Paulo. As entradas de André de Leão e de Nicolau Barreto. Preamar bandeirante. Protestos espanhóis.
 Com o século XVII começa a grande era das bandeiras paulistas. Com ele enceta o Brasil, que amanhecia, a sua penetração definitiva Brasil adentro. O núcleo piratiningano, pião deste movimento, já  compreendia, além dos poucos reinóis, numerosos euro-americanos, uns e outros ávidos de aventuras selváticas. E os espanhóis trouxeram-lhe volumosa afusão a que representam os nomes seculares de Bueno, Camargo, Godói, Lara, Quadros e outros mais. As contribuições italiana, francesa e inglesa nele seriam sobremo do restritas representadas por alguns patronímicos que rapidamente se lusitanizaram. A influência nórdica se faria sentir através das  Flandres documentadas pelos nomes de Taques, Lems, Betting, Wandenburg, lusitanizados em Campos, Leme,  etc. O grande propulsor inicial do movimento entradista seria D. Francisco de Sousa, cuja memória gratamente se gravaria na memória das gerações paulistas. Pertencia o Governador-Geral, senhor de Beringel, à grande raça dos eldorado-maníacos tão largamente representada em sua centúria pelos Cortez, Pizarro, Balbo a, Valdivia, Orellana, Raleighe tantos mais. Já em 1601 despacha André de Leão à testa de grande bandeira a busca de jazigo sargentíferos. Desta importantíssima jornada existe o relato de um de seus componentes, o holandês Glimmer. É fora de dúvida que o seu itinerário encetou-se por largo percurso ao longo do Paraíba. Venceu a entrada a Serra da Mantiqueira e daí e diante a sua caminhada mostra-se tudo quanto há de mais vago. Analisada por Derby e Caló geras admite-se que haja atingido as nascentes do São Francisco, em busca de serra argentífera já então famosa em sua miragem, a de Sabarabuçu. Dela o seu cabo tinha notícia e não foi encontrada como de esperar. Em abril de 1602 voltava Leão a São Paulo. Em fins deste mesmo milésimo partiu nova e  grande expedição,  a de NMicolau Barreto que, no pensar de Derby, chegou ao Rio das Velhas e ao sertão de Paracatu, opinião controvertida por Alfredo Ellis Júnior, com procedentes argumento s deslocadores de tal itinerário para a zona do atual farwest paranaense no Pequiri. Em 1604 regressava Barreto a São Paulo. As referências quase sempre sobremo do lacônicas  da documentação paulista falam-nos de algumas entradas nas duas primeiras décadas do século XVII, como sejam as de Diogo de Quadros (1604) ao s carijós, Manuel Preto (1607) ao Guairá, Belchior Dias Carneiro ao sertão dos bilreiros (1607) onde faleceria em 1608 tendo como sucessor Antônio Raposo, o velho, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1608) Anhembi abaixo ,Clemente Álvares e Cristóvão de Aguiar, aos biobebas do oeste (1610).
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Fonte: AFONSO D’ESCRAGNOLLE TAUNAY HISTÓRIA DAS BANDEIRAS PAULISTAS LEITURA BÁSICA Seleção e introdução de Antonio Paim CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DO
PENSAMENTO BRASILEIRO (CDPB) 2012 - http://www.cdpb.org.br/bandeiras_paulistas.pdf

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

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