segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A área da Capitania de São Vicente, junto ao Trópico de Capricórnio, é vista neste detalhe ao Sul o rio Paraguay"; Minas Gerais, Caminho para os Mares do Sul?


America Pars Meridionalis, 1638



Do lago de los Xarayes (que em outros mapas da época aparece também com o nome de Alagoado Eupana) partem três grandes rios. Para o Norte o rio de las Amazones, rumo ao Sul o Paraguay e o Meiari em direção ao Nordeste. Os dois últimos formam os limites naturais de uma vasta região que se prolonga para Leste e que o cartógrafo chamou Brasilia, demarcando, assim, os territórios portugueses na América do Sul.
Ilha das Vaccas, Wanahype, Hibbaawich, Coegemine, Paripore são apenas alguns dos 73 acidentes geográficos da costa oriental assinalados na carta. Do interior, nenhuma informação precisa. Apenas uma rede, três pequenas construções, alguns animais e um grupo de indígenas a indicar as áreas habitadas pela população nativa da terra de Brasilia.
Para além dos domínios portugueses, na margem esquerda do Amazonas, deságua um grande afluente, o rio de Juan de Oregliana, homenagem ao soldado espanhol Orellana, primeiro europeu a explorar o curso do Amazonas, navegando-o dos Andes até a foz em 1541.
O desconhecimento do imenso continente sul-americano foi o maior responsável pela quantidade de acidentes geográficos que jamais existiram e que aparecem nas cartas da época. Um exemplo é o lago de los Xarayes; outro, a extensa formação lacustre paralela ao equador, entre o rio Oronoque e o Amazonas: o Parime Lacus. Tão imaginária quanto o Parime é a cidade indígena de Manoa ou El Dorado, que aparece à sua esquerda.
America Pars Meridionalis é obra do cartógrafo holandês Henricus Hondius e apareceu pela primeira vez em 1638 no Totius Orbis Terrarum, de Gerardi Mercatoris e Jodocus Hondius. (1)
  http://www.novomilenio.inf.br/santos/mapas/mapa68.jpg
 ...................................................................................

Resultado de imagem para PIROGA ENCONTRADA EM ANDRELANDIA MG

Canoa indígena construída em 1610 é encontrada em Minas Gerais (Transcrição)
Teste com carbono 14 indica que a canoa encontrada por pescador no Rio Grande, no Sul de Minas, é de um tronco de araucária e tem 400 anos, anterior à chegada dos bandeirantes
A canoa achada em outubro do ano passado no Rio Grande, na divisa de Andrelândia e Santana do Garambéu, no Sul de Minas, é a mais antiga já identificada no estado. Teste feito com carbono 14 de uma amostra da madeira, no Laboratório Beta Analytics, em Miami, na Flórida (EUA), mostra que a peça inteiriça data de aproximadamente 1610 – sete décadas antes da chegada dos primeiros bandeirantes à região. Outro resultado importante divulgado ontem, desta vez a partir de estudo científico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP), revela que a embarcação foi escavada no tronco de uma Araucaria angustifolia, conhecida popularmente como pinheiro do Paraná.
Encontrada pelo pescador Pedro Fonseca e o filho, Douglas, de 9 anos, que remavam em um fim de semana, a canoa tem 9,10m de comprimento e 70cm de largura e está em exposição na sede do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas (NPA) do Alto Rio Grande, associação que encomendou os dois testes e completa 30 anos em favor da preservação do patrimônio cultural de Andrelândia. Nos últimos 18 anos, seis peças de tamanhos variados foram localizadas em rios. Outra “piroga”, como os índios denominavam esse meio de transporte, foi encontrada em 1999 no Rio Aiuruoca, no limite entre entre Andrelândia e São Vicente de Minas, e recebeu a datação de 1660, também com radiocarbono.
Entusiasmado com a descoberta, o conselheiro do NPA, engenheiro Gilberto Pires de Azevedo, explica que os povos pioneiros que habitavam a região tinham um contato muito grande com a araucária. “Escavações feitas na década de 1980 por arqueólogos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no sítio da Toca do Índio, na Serra de Santo Antônio, encontraram sementes de pinhão, que, possivelmente, eram consumidas como alimento. Os vestígios mais antigos têm 3.500 anos”, afirma Gilberto.
O conselheiro acrescenta que a datação confirma que a canoa tem procedência indígena, fato que já havia sido considerado pelos integrantes do NPA, “pois ela foi escavada num único tronco de madeira, não tem sinais aparentes de uso de ferramentas modernas, como serras ou formões, e traz marcas de fogo, indicando a antiga técnica dos índios”. A partir do século 18, explica, a araucária sofreu processo acelerado de destruição, sobretudo para o uso da madeira em construções civis. “Hoje seu território está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), a coloca em Perigo Crítico de Extinção”, lamenta o engenheiro.
Em 29 de novembro, o Estado de Minas documentou o achado arqueológico, que teve participação fundamental de Douglas. No domingo de sol forte e nível do rio baixo, devido à longa estiagem, o menino teve vontade de mergulhar, quando encostou a mão num pedaço de madeira. Comunicou então ao pais, e a dupla verificou que a embarcação estava enfiada na areia. Retirar a velha canoa não foi fácil, conforme declarou, na época, o arquiteto José Marcos Alves Salgado, também conselheiro do NPA: foram necessários quatro dias para levar a peça até uma trilha no mato e protegê-la. Na sequência, ela seguiu de caminhão até o Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, unidade pertencente ao NPA.
Os achados no Sul de Minas, onde foram localizadas três canoas do século 17, sugerem que pode haver outras supresas, acredita Gilberto, lembrando que os achados arqueológicos se concentram em cavernas, grutas e na terra: “Descobertas desse tipo são muito raras no Sudeste do país e a importância histórica é enorme. É preciso haver mais estudos nos rios da região, ainda nessa época de poucas chuvas”. O conselheiro do NPA adianta que a associação vai construir instalações adequadas para proteger melhor a canoa e garantir mais conforto aos visitantes.
DESCOBERTAS Um desenho feito pelo alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858), em viagem pelo país entre 1821 e 1825, mostra 13 índios numa canoa. Ela tem 10,6m de comprimento e 70cm de largura e foi encontrada em 1999 no Rio Aiuruoca, que integra aa bacia do Rio Grande, em São Vicente de Minas, no Sul do estado.(2)
Nota: A partir do Sul de Minas,  Rio Santo Antônio, Rio Loureço Velho,  Rio Sapucaí, que nascem na Serra da Mantiqueira (Serra de  Jaguamimbaba). Somados ao Rios Verde e Rio Aiuruoca, que  juntos com os demais, também integram bacia do Rio Grande este ultimo, vindo se junta ao Rio Paranaíba, entre ouros, todos tributário do Paraná,  não representavam as vias expressas a caminho dos fundos das capitania de São Vicente? Desta feita, não resulta injustificável a objeção, no sentido que, a região do Guaíra, somente poderia ser alcançada, pela via do via do Tietê, em demanda do Rio Paraná? Por outro lado, não resulta despiciendo a discussão, quando a possível contradição, no que diz respeito a Bandeira de Nicolau Barreto, quanto ao fato de haver tomado o rumo de Mogi das Cruzes, como tantas outras, uma vez que havendo alcançado a região de Paracatu, era plenamente plaussivel bucassse a região de Guaíra. Ou seja, a Bandeira  que estivesse  no Sertão Mineiro, teria que retornar necessariamente a São Paulo se  objetivos também fosse alcançar a região do Prata?.  O caminho de Paracatu, assim como veio a ser o caminho de Pitangui, não eram também caminhos em busca dos limites da Capitania de São Vicente, isto é, o rio Paraguai? Ou as datações das Pirogas, não coincidem, com a datas de algumas  Expedições e Bandeiras, entre outras, que antecederam ou foram muito além, de tais datas como: "João Pereira de Souza Botafogo (1596), de Martim Corrêa de Sá e Anthony Knivet (1597), de André de Leão e Wilhelm Glimmer (1601), Jerônimo da Veiga ( 1643), Sebastião Machado Fernandes Camacho (1645), de Fernão Dias Paes (1674), as quais, atravessaram o Vale do Paraíba, percorrendo o rio e as velhas trilhas, abrindo o chamado "caminho geral do sertão", que ligava a vila de São Paulo aos primeiros núcleos de povoamento nos sertões do Paraíba e daqui às minas dos Cataguás, de Taubaté e da Gerais."(3) E por que não, aos Mares do Sul? Ou Brás Cubas, fundador de uma das mais importante bases avançadas em demanda do Sertões das Gerais não foi o pioneiro?
(1) Fonte: Imagem: Mapas Históricos Brasileiros, da enciclopédia Grandes Personagens da Nossa História, ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1969. Reprodução do fac-simile da mapoteca do Ministério das Relações Exteriores, situada no Rio de Janeiro, no então estado da Guanabara (1) http://migre.me/vrIJD
(2) Fonte: UAI em.com.br postado em 06/03/2015 06:00 / atualizado em 06/03/2015 08:22 http://migre.me/vrH9i
(3) Person Sheet http://migre.me/vrIMJ

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...